segunda-feira, 20 de julho de 2015

ESPECIAL QUADRINHOS: Entrevista HitGirl - Feminismo na real






Falando com uma boa turma sobre as mulheres nos quadrinhos, me deparei com a Hit-Girl, escritora, desenhista, apaixonada por animações, fã de Rock' n' Roll e muita cerveja! 





Como e quando você começou a se interessar pelas HQs?

R: Na verdade quando a extinta Manchete exibia animes eu me apaixonei por desenhos e descobri que tinham muitos em quadrinhos que nem passavam na tv. Foi então que comecei a ler mangás e HQs.  

Lembra qual foi o primeiro quadrinho que te cativou?

R: Meu primeiro mangá foi Inu-yasha e meu primeiro HQ foi dos X-Men.

Como os quadrinhos influenciaram sua vida?

R: Eles me mostraram mulheres fortes, tão competentes quanto os homens e trabalho em equipe. Os HQs me ajudaram a amadurecer e no final me apaixonei tanto que comecei a escrever estórias.

Na hora de ler, qual gênero de HQ prefere?

R: Não tenho um gênero em especial, leio tudo que acho! 

Qual seu quadrinho favorito? Por quê?

R: Escolha difícil, acredito que entre meus favoritos está o HQ especial da X-23 onde você vê uma garota forte tentando se achar, no final não tem amor que a salve, seu final feliz é ela com ela mesma, mais madura, mais em paz e continuando sua jornada. 


Onde busca inspiração para criar?
 
R: Normalmente dos meus sonhos lunáticos e de alguma mensagem que eu gostaria de passar. 

Na hora de trabalhar/criar, tem alguma mania?

R: Quando eu paro para escrever ou desenhar eu preciso do meu óculos de leitura, cigarro, água e música instrumental.

Existe algum tema que se recusaria a usar nos seus trabalhos? Por quê?

R: Acredito que me recusaria a trabalhar com temas como racismo, homofobia, xenofobia, etc se fosse para fazer uma estória pró eles, agora se fosse para usar os mesmo mostrando como sãos danosos eu não teria problema.

O que vem por aí?

R: No momento estou mas focada no meu Blog onde abordo temas feministas, com enfoque na igualdade.

Existe preconceito por parte dos criadores/roteiristas/desenhistas de HQs?

R: Acho que nós queremos acreditar que não, mas infelizmente ainda existe. Exemplo disso é a autora de Harry Potter, que após muitos nãos foi aconselhada a assinar como J. K. Rowling para não sofrer com o preconceito de acharem que o livro seria necessariamente um romance uma vez que é de uma mulher. No meu ponto de vista ainda existe uma preferência por homens, se vê isso pelo número assombrosamente maior de homens do que mulheres no meio, mas acredito que as coisas estejam mudando.

As mulheres ainda sofrem preconceito por gostarem de quadrinho?

R: Com o Geek em alta por causa dos filmes da Marvel acredito que muito do preconceito se foi.
Como isso pode mudar? 

R: Acredito que a mudança já está em curso, o que ajuda é as mulheres que gostam falarem que gostam, postarem coisas no facebook, sem vergonha de falar para que assim ajudem a quebrar estereótipos

Algum recado para os leitores?

 R: Não se acomodem em algum estilo ou autor, leiam tudo que acharem e não deixem de ler as obras nacionais! :)



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