sexta-feira, 20 de setembro de 2019

The Art of the Brick - DC Super Heroes

Tivemos a oportunidade nesta última quinta-feira, 19 de setembro, junto a outros membros da imprensa, de conferir em primeira mão a exposição The Art of the Brick: DC Super Heroes na Oca, no Parque do Ibirapuera. A mostra tem seu início marcado para 20 de setembro e deve seguir até novembro, e se eu fosse os caros leitores, aproveitaria e iria conferir!


Depois de descer a rampa da Oca fomos brindados com um excelente brunch (o pão de queijo, os croissants, as esfihas e as carolinas de limão estavam ótimos!), e conferimos rápidas declarações do artista responsável pelas obras, Nathan Sawaya. Atuando como advogado corporativo em Nova York, ele descobriu as peças de Lego em 2002 como forma de combater o estresse. Logo estava criando todo tipo de esculturas, e não demorou para ser reconhecido como um artista. Ele na verdade é considerado o primeiro escultor a levar as peças de Lego para o mundo da arte, e inclusive foi agraciado com o Unique Awards em 2011, que premia artistas que realizam trabalhos não convencionais.

No próprio salão onde o brunch era servido havia várias miniaturas expostas, e eu quero muito aquela Bat-Caverna! Detalhada como somente os kits Lego conseguem ser, vemos o Batmóvel, o Batman, Robin e variados elementos. Outra caixa de vidro abrigava o apartamento do Flash, com o herói apressadinho jogando pingue-pongue consigo mesmo. Sets do Aquaman e do Ciborgue completavam esse aperitivo da mostra, antes da grande atração desse local: o Coringa em tamanho natural, sentado em uma poltrona e com um balde de pipoca!

É claro que formou fila para bater fotos, ainda mais com a segunda poltrona vazia ao lado. Foi ótimo!


Continuando, no salão seguinte um telão passava vídeos de Natham Sawaya, e finalmente fomos convidados para iniciar a excursão através da exposição!

A primeira obra é um boneco amarelo, construído do peito para cima, abrindo o peito e deixando cair uma torrente de Legos. Será o Coringa, com aquela máscara? Com as paredes forradas por páginas em preto e branco dos quadrinhos da DC Comics, a sala exibe ao centro prateleiras com os personagens dessa casa quadrinística com pouco mais de 90 cm de altura. Ao lado dos mais conhecidos, como a Trindade formada por Batman, Mulher-Maravilha e Superman, há outros como Caçador de Marte, Besouro Azul, Gavião Negro e Star Girl. Aquaman, Ciborgue, Zatanna também estão lá, além de Robin, Asa Noturna e Batgirl (minha primeira crush entre as super-heroínas, graças à maravilhosa Yvonne Craig na série do Batman de 1966, ai, ai...).


Mas as grandes atrações mesmo estão próximo às paredes. Entre outras temos o cetro do Aquaman, uma Lanterna Verde, a icônica imagem da Action Comics 1, e a da estreia da Liga da Justiça contra Starro. Vale muito a pena passar um tempo observando os detalhes de todas essas! Destaque vai mesmo para o Flash, cuja sensação de velocidade é impressionante!


Na sala seguinte, Ícones, os heróis são apresentados de forma mais minimalista, suas figuras concentradas em uma ou poucas cores de destaque. E um detalhe precioso, prestem atenção nas paredes, onde balões de diálogo como os vemos nos quadrinhos trazem frases de artistas, personagens e outros. Um dos que vale destacar é:

“A aventura bem-sucedida do herói é desbloquear e liberar novamente o fluxo da vida no corpo do mundo”. Joseph Campbell, O Herói de Mil Faces.

E sim, não importa o mimimi de uns e outros, TODA história pode ser encaixada na Jornada do Herói.


A sala seguinte, toda azul, é do Superman. E são sensacionais as obras de Nathan Sawaya nesta, como em todas as demais! O herói como um anjo, com os olhos em vermelho pronto a lançar seus raios, e nossa preferida foi a pose em voo, com peças de Lego saindo da capa!

Construindo um Herói, a fase seguinte da exposição, tem peças mais minimalistas, e adoramos um boneco em pose de herói com capa esvoaçante, identificado pela placa como O Herói de Dentro de Você. Irresistível para fotos, sensacional!


Themyscira, claro, é a área da Mulher-Maravilha, e de todas as belas esculturas o maior destaque é o Avião Invisível! É lindo como seu aspecto muda conforme o ângulo, arte digna de passar um bom tempo indo para lá e para cá e admirando cada detalhe. DC Light tem um enfoque mais humorístico, com destaque para Aquaman na banheira e com um pato de borracha, e a presença de Krypto, o Super-Cão! Além, claro, do magnífico Batmóvel da série de 1966, baseado no concept car Lincoln Futura, com mais de 1,60 m de comprimento e formado por 23.166 peças, deu vontade de trazer para casa...


DC Dark, a sala seguinte, tem uma galeria de vilões do Batman, com destaque para o Coringa, claro, e um grande quadro formado por uma reprodução em Lego da clássica capa da ainda mais clássica A Piada Mortal. Precisa escrever mais alguma coisa?


Sala da Justiça exibe vários heróis da Liga em variados formatos, e finalmente chegamos ao grande destaque da mostra, porque afinal todos sabemos que é o maioral, não é mesmo? Intitulada Gotham, a sala tem gárgulas, uma parede formando o panorama da cidade do Morcego, capuzes, o Bat-Sinal, uma linda escultura com o tema da Detective Comics 27 (que você que está lendo deveria saber que é a edição de maio de 1939 que marcou a estreia do Batman!), e o próprio Cavaleiro das Trevas ameaçador diante do painel de Gotham.


Um pequeno túnel, guardado pelas gárgulas, dá passagem para a maior peça da mostra, o Batmóvel! Com mais de 5,5 metros de comprimento, formado por quase 490.000 peças, é simplesmente maravilhoso! Vale sim dar voltas e mais voltas em torno dele admirando cada detalhe. Obra de arte sem dúvida!


Por fim, lamentando que o tempo sempre passa mais depressa quando estamos nos divertindo, tomamos o rumo da saída, para uma área de interatividade onde se pode brincar com as peças de Lego, e claro, visitar a loja da exposição. Vale pesquisar os preços, pois tem muitas coisas legais, incluindo o livro oficial da The Art of the Brick: DC Super Heroes.

Gostaríamos de agradecer à assessoria de imprensa da exposição, aos organizadores desta visita sensacional, a todos que tornaram essa mostra possível, e ao próprio Nathan Sawaya. Mais uma prova de que a arte pode ser linda e instigante, nos entusiasmar e fazer pensar. E acima de tudo, absolutamente livre. Nosso conselho: não se atreva a perder!

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