sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Onde Kombi Alguma Jamais Esteve - Gilson Luis da Cunha



Onde Kombi Alguma Jamais Esteve

Gilson Luis da Cunha




SINOPSE

E se o destino da espécie humana dependesse de um octogenário moribundo, ranzinza e sem o ensino fundamental? A má notícia: Agora depende. A boa:  Ele é um casca-grossa altamente motivado, dotado de uma tecnologia bilhões de anos mais avançada do que a humana, de muito tempo livre, e da mais absoluta falta do que fazer. Arrancado (contra sua vontade) das garras da morte e lançado num conflito de proporções cósmicas, esse velho "mais grosso que dedo destroncado" e que adora ser grosso, e seu amigo, um jovem estudante de filosofia e da paranormalidade, terão que superar suas diferenças para vencer diabólicos adversários, que já eram antigos quando a própria Terra era jovem, antes que seja tarde demais...




O AUTOR
 

1) Fale um pouco sobre como foi seu começo como autor.
Sempre fui fascinado por ficção científica. No início dos anos 80, tentei escrever um romance no gênero. Mas a história era fraca e, mais importante, os personagens não me convenciam. Me faltava tanto experiência de vida quanto domínio da estética do gênero. Quando entrei para a UFRGS, em 1986, vi um anúncio sobre uma antologia de conto e poesia formada só por estudantes da universidade, a Escreva-se: Antologia Universitária, da Ed da UFGRS. Foi nela que estreei, com dois contos, em 1987.
 
2) Quais suas principais influências no desenvolvimento de sua narrativa?
São muitas. Mas destaco, em língua inglesa, Douglas Adams, Harry Harrison e Robert Sheckley. No Brasil, tenho uma grande afinidade com o estilo de Luis Fernando Veríssimo, Millor Fernandes e Jovane Nunes.

3) A qual gênero literário você se dedica e por quê?
Ficção científica, pois o considero o mais completo, o mais versátil e universal. Nele podemos encontrar todas as narrativas que encontramos na literatura mainstream, mas com uma estética e um senso de encantamento que, frequentemente, está ausente da maior parte dos textos “realistas”. Pode-se discutir a condição humana, do mesmo modo que nas tramas tradicionais, mas com um leque infinito de possibilidades narrativas.

4) Apresente seu livro e diga o que o levou a se tornar autor com ele. Como faço para adquirir seu livro?
Onde Kombi Alguma Jamais Esteve é uma comédia dramática de aventura. Conta a história de Alfredo, um motorista aposentado, gaúcho do interior do Rio Grande do Sul, que, graças a um experimento paranormal do qual participou, involuntariamente, quarenta anos antes, acaba ressuscitando num corpo especialmente clonado para ele, por uma raça de alienígenas que acham que ele é o sujeito certo para uma tarefa: salvar a humanidade de outra raça alienígena, os tarv,  que desejam moldar a humanidade a sua imagem e semelhança, influenciando pontos chave da história humana. Para evitar isso, os “cabeçudos”, como Alfredo os chama, o equipam com novas e extraordinárias habilidades físicas e mentais, além de uma tecnologia bilhões de anos à frente da nossa. Um desses “presentes” é o upgrade de sua Kombi, que, depois de passar pelas mãos dos aliens, agora pode viajar no tempo e no espaço, além de ser capaz de cruzar as barreiras entre universos alternativos. Alfredo se adapta como pode a essa nova vida. Contudo, um dia, séculos depois de começar a servir aos cabeçudos, durante uma missão na Área 51 ele conhece Otávio, um jovem ufologista e ativista político que foi aprisionado na instalação americana devido a sua ligação com os posadistas, uma exótica organização que mistura elementos de trotskismo com discos voadores, e que foi, em parte, responsável pelo incidente que deu origem ao novo e aperfeiçoado corpo. Juntos, Alfredo e Otávio descobrirão uma trama que envolve humanos e tarv em uma conspiração cujo alvo pode não ser exatamente quem eles imaginam. A bordo de Cremilda, sua Kombi, agora convertida em nave multidimensional, ambos partirão numa jornada pela pré-história e pelos séculos XIX e XX, sem saber que a verdade terá consequências devastadoras sobre o passado de Alfredo.
O livro está sendo lançado pela editora Estremoz e pode se adquirido aqui:

O livro também será lançado em Portugal com o título de “Onde Pão de Forma Alguma Jamais Esteve”. Em Portugal, a famosa van da Volkswagen é conhecida como Pão de Forma.

5) Como você analisa o comportamento do mercado literário nacional de hoje?
Bastante confuso, principalmente no que diz respeito as grande livrarias.

6) Como é sua rotina de escrita e o que faz para se preparar para ela?
Aproveito cada momento livre. E bebo muito café. Sou um cara sonolento pela manhã. Produzo mais à tarde. Mas, quando a inspiração vem, preciso ouvi-la. Isso significa que, se for 3 da manhã e eu tiver uma ideia boa o bastante, terei que acordar e pegar o laptop.

7) Você trabalha exclusivamente com escrita ou também flerta com outras mídias? Mesmo que não faça isso, qual seria sua mídia alternativa e por que? Eu só lido com livros. Mas adoraria escrever roteiros para cinema e TV. Tenho um roteiro de episódio piloto de uma série de comédia que fiz para um concurso da Amazon, faz alguns anos. Está disponível em :

Gosto de roteiros pela possibilidade de traduzir texto em imagens. Acho isso fascinante.

8) Você acompanha, lê ou incentiva o consumo de outras obras nacionais? Por quê? Sim, há vários autores que admiro e cujas obras recomendo, como Simone Saueressig e Gerson Lodi-Ribeiro. Eles escrevem ficção científica e fantasia com uma apelo bem brasileiro, mas são universais.

9) Como foi sua experiência como autor independente e como se vê agora como autor publicado?
Acho que é uma única batalha, chegar ao público via autopublicação ou por editoras. Contudo, não é fácil. Sempre há algo que pode ser melhorado. É um aprendizado constante.

10) Como você encara o papel dos blogs literários na divulgação das obras?
Acho muito importante, dada a relevância da internet no dia-a-dia dos leitores. Para muitos, o primeiro contato com uma obra pode ser através de uma resenha num blog, ou conversando nas redes sociais.

11) Quais são seus projetos futuros?
Há outras histórias, passadas no universo de Onde Kombi Alguma jamais Esteve, que eu  gostaria de contar. Uma delas está vindo aí: a noveleta O Horror Indizível, que será parte da coletânea Guerras Cthulhu Space Opera, o segundo volume da série de histórias baseadas em HP Lovecraft, organizada por Maurício RB Campos. No momento, estou escrevendo uma comédia de aventura que usa a estética das histórias em quadrinhos, levando humor anárquico a tramas que normalmente funcionam  como épicas. Também tenho uma romance de história alternativa sobre uma guerra dos farrapos que se passa num Rio Grande do Sul ecologicamente muito diferente do que conhecemos, pois, nesse universo, a última era glacial terminou pouco antes da construção das pirâmides.

12) O que espera alcançar com a publicação de seu livro?
Saber que consegui entreter e divertir os leitores. A literatura de entretenimento é cada dia mais necessária no mundo em que vivemos. Ter a consciência de que pude fazer algo para tornar o cotidiano dos leitores mais leve e divertido é minha maior ambição.

13) O mercado literário nacional está em crise?
O mercado livreiro, das grande livrarias, talvez. Quanto à literatura, sempre haverá alguém interessado me ler. A questão é encontrar seus leitores.

14) Como é o seu relacionamento com seus leitores nas redes sociais?
Bastante agradável. Hoje mesmo um leitor me deu um retorno sobre o andamento de uma história e me pediu uma continuação. Acho genial esse recurso, que permite conhecer os gostos e opiniões dos leitores. De certo modo, temos uma vantagem com que os escritores do passado jamais sonhariam.

15) Quais autores nacionais você indicaria e por quê?
Além dos já citados, recomendo Thiago Lee, autor de O Homem Vazio,  Maurício RB Campos, autor de Incompatível, Danny Marks, autor de Sobreviventes, e Ursula MacKenzie, autora de Portal de Capricórnio. Todos eles escrevem dentro dos gêneros de fantasia ou ficção científica. Num drama mais realista, recomendo José Waeny, autor de Memórias de um passado Perdido.


16) Mande uma mensagem para os leitores do Corujice Literária:
Sigam seus instintos. Não há livro perfeito ou imune a críticas. Há apenas os livros que nos apaixonam e aqueles que não nos chamam a atenção. Se você sente que gostou do início, vá até o fim. A crítica literária pode ser muito bem informada. Mas, no final, é você quem dirá se o tempo gasto com uma história valeu a pena. Muito obrigado por sua leitura.



CONTATO




Site do autor – www.gilsonluisdacunha.com.br

Arquivo de artigos de cultura pop – www.gilsonluisdacunha.tk




Sobre a editora

Fundada em 2013, a Estremoz Editora tem por principal objetivo descobrir, divulgar novos autores e satisfazer os nossos leitores, que já contam com um público de 29.000 leitores fidelizados. Leva os livros dos autores pelas diversas escolas de Portugal (em breve do Brasil) e já realizou naquele país mais de 600 atividades ligadas à leitura em colégios.
Publica em todos os estilos literários e, além de se expandir para o Brasil, está em países como Espanha, França e Inglaterra. Em breve lançará uma seleção de 25 autores brasileiros dos mais variados gêneros. Os principais lançamentos daqui e de Portugal podem ser vistos e adquiridos no site www.estremozeditora.com.




Nenhum comentário:

Postar um comentário