quarta-feira, 25 de setembro de 2019

O Melhor de John Williams no Teatro UMC


Estivemos no último domingo, 22 de setembro, no Teatro UMC pela terceira vez, agora para conferir O Melhor de John Williams. Este é “apenas” um dos maiores e mais aclamados compositores e maestros da atualidade, responsável por várias trilhas sonoras que fazem parte das alegrias e sonhos de gerações de amantes do cinema!

As músicas de John Towner Williams, seu nome completo, foram apresentadas pela São Paulo Pop Symphonic, orquestra formada por alguns dos melhores músicos da cena instrumental paulistana. A regência foi de nosso conhecido maestro e arranjador Ederlei Lirussi, que mais uma vez esbanjou simpatia e conhecimento, apresentando ao público várias informações pouco conhecidas sobre Williams.

A viagem sonora e cinematográfica foi nada menos que espetacular! Magnífica! Maravilhosa! Linda! Faltam realmente adjetivos para descrever como foi muito especial presenciar essa apresentação. A primeira música foi a Fanfarra Olímpica, o tema dos Jogos Olímpicos de 1984 em Los Angeles. E vejam só, conseguimos encontrar um vídeo da época com o próprio John Williams regendo!



Para delírio de todos os nerds presentes, a música seguinte foi nada menos que o tema do maior herói que o cinema já viu: Indiana Jones! Ederlei comentou algo que eu já sabia, que o tema do arqueólogo aventureiro  é a combinação de dois temas que John Williams apresentou a Steven Spielberg. O cineasta adorou tanto que perguntou ao maestro se não poderiam fundir os dois em uma música, e nisso nasceu a música, uma das mais sensacionais entre todas! Confiram um vídeo sobre a elaboração desse tema:



Assistir à SP Pop Symphonic executar essa música realmente trouxe lágrimas nos olhos, demais!

A orquestra e seu maestro absolutamente arrasaram na música seguinte, nada menos que o tema do clássico Contatos Imediatos do Terceiro Grau. Ederlei comentou que, se ele enviasse a partitura que estava usando para músicos no Japão, eles tocariam sem problemas, mostrando que a música é uma linguagem universal. E falou ainda sobre o método de Zoltán Kodály mostrado no filme, que traduz as notas em linguagens de mãos:


Depois quase que dava para ver as cenas do diálogo entre a Nave-Mãe alienígena e os cientistas, quando a orquestra tocou o fantástico diálogo musical que é o clímax do filme. Estou ficando carentes de palavras para elogiar a magnífica performance! E claro, para quem não sabe, as famosas cinco notas são Ré, Mi, Dó, Dó, Sol.



ET: O Extraterrestre. A Má não é muito fã do alienígena mais adorável do cinema, mas assistiu bravamente à apresentação absolutamente triunfal de um dos mais bonitos temas compostos por John Williams. Emocionante, demais! Ela se animou mais com o divertido tema de Hook (A Volta do Capitão Gancho).

Sobre ET, aliás, creio que todos que assistem a esse filme se maravilham com o “casamento” absolutamente primoroso entre as cenas do trecho final, a fuga dos garotos e a perseguição dos agentes, até a partida do ET. Pois Spielberg fez mais uma das suas, já que disse a Williams para compor a trilha sem se preocupar com o filme, e foi o cineasta que montou as cenas para combinarem com a música.


Sim, ET não ter vencido o Oscar (coisa que até o diretor de Gandhi cobrou, diga-se de passagem) é uma das mais odiosas injustiças da história de Hollywood! O clima, como não poderia deixar de ser, ficou mais dramático com o tema de A Lista de Schindler. O maestro Ederlei contou como Williams, desta vez, pediu para Spielberg chamar outro compositor, mas o cineasta argumentou que Beethoven e outros já não estavam entre nós, e só lhe restava ele. Felizmente acabou aceitando, criando uma composição muito triste e tocante.

Quando a SP Pop Symphonic tocou o líndíssimo tema de Jurassic Park, palavra que só faltou aparecer um dinossauro andando pelo palco! Lindo, lindo demais, é um de meus temas preferidos!



Outro tema que não fazíamos ideia de ser tão rico e genial foi o de Tubarão. O maestro Ederlei explicou que, quando foi mostrar a música para Spielberg, Williams apresentou a composição minimalista com somente duas notas. O cineasta achou que ele estava brincando, mas o compositor disse que daria voz ao tubarão. E deu mesmo, porque é demais!



Star Wars.

Sim, o tema, mais precisamente os temas, toda a trilha sonora, o trabalho mais conhecido do gênio John Williams. Precisa dizer alguma coisa? Foi triunfal!

Harry Potter se seguiu, também um tema muito legal, e outro que nos faz “assistir” ao filme em nossa mente enquanto ouvimos a música. Mais um tema muito clássico, e um dos melhores e mais bonitos, o de Superman, veio a seguir. Bem que poderiam continuar usando nos novos filmes, e foi emocionante ver as imagens no telão dos atores que já interpretaram o kryptoniano.

A noite fantástica foi encerrada com o tema de Perdidos no Espaço, a série original, também composto por John Williams. Uma noite com uma viagem cinematográfica na imaginação e nos sonhos, de produções que entraram para a história do cinema, com as músicas daquele que muitos chamam de o Mozart do século XX. E com a execução primorosa da São Paulo Pop Symphonic regida pelo maestro Ederlei Lirussi em uma apresentação inesquecível! Parabéns a eles e ao Teatro UMC, ao Nelson e a todas as pessoas que têm tornado isso possível, fazendo um trabalho magnífico para popularizar a música instrumental e sinfônica, nos trazendo as melhores trilhas sonoras dos maiores e mais amados filmes de nossa adorada cultura nerd!

Até a próxima!

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