segunda-feira, 8 de junho de 2020

QUADRINISTA: GRAZI DIFFONSO







Contato
Grazi Diffonso, designer gráfico / diretora de arte e criadora da página @sincerigrazi 

Obra publicada:
Quadrinho ANSIEDADE, publicação independente feita coletivamente com os artistas do Paralelo.lelo 

      1. Como e quando você começou a se interessar pelas HQs?
Assim como grande parte dos fãs brasileiros de histórias em quadrinhos, comecei na infância com os gibis da Turma da Mônica. Um pouco mais tarde conheci a Revista W.I.T.C.H e acompanhei a HQ por um bom tempo, tenho as revistas até hoje (infelizmente uma coleção incompleta rs!)

2. Lembra qual foi o primeiro quadrinho que te cativou?
Foi justamente a HQ da Revista W.I.T.C.H, além de ficar fascinada com o traço que era lindo, a história de meninas adolescentes com poderes mágicos me ganhou de primeira. 

3.  Como os quadrinhos influenciaram sua vida?
Eu acredito que tenha influenciado em muito mais do que eu imagino, inclusive na personalidade. Mas com certeza influenciou desde cedo o meu interesse pela leitura, a paixão por personagens, ilustrações e coisas fofas. E, sem sombra de dúvidas, a criatividade! 


4.  Na hora de ler, qual gênero de HQ prefere?
Atualmente eu tenho investido mais em HQs independentes e acabo curtindo vários gêneros diferentes, mas fantasia e ficção fantástica são dois gêneros que me atraem bastante. 


5.  Qual seu quadrinho favorito? Por quê?
Aaahh posso citar dois? Esses estão muito empatados no meu Top 1: 

Légume e o Tempo,  do Michel  Ramalho. É um quadrinho que, além de ser esteticamente lindo, tem uma mensagem profunda e filosófica. E uma surpresa tão emocionante no final que me fez terminar de ler com os óculos embaçados de tanto chorar. 

Eventos Semiapocalípticos, do Yoshi Itice. É uma série de quadrinhos muito divertida, com personagens super carismáticos e uma narrativa intrigante que a cada edição te faz desejar logo a próxima. Ah, também é graficamente muito bonito! 

6.  Quando e como começou a desenhar? Acompanhou algum curso/livro?

Minha história com o desenho é um amor de longa data, mas cheio de términos no meio do caminho. Eu sempre fui apaixonada por ilustração, mas não achava que poderia aprender a desenhar. Por várias vezes eu voltava a tentar e acabava desistindo. Em 2018 essa vontade bateu de novo, acho que influenciada pelos eventos de criatividade, quadrinhos e publicação independente e eu resolvi que dessa vez iria tentar aprender mesmo que fosse pra desenhar por hobby. Comprei um curso on-line pra ter um ponto de partida e me inscrevi no aulão presencial do Hiro Kawahara, que é uma versão compacta do curso dele de melhoria de desenho, eu curti tanto a abordagem do Hiro a respeito de reduzir a ansiedade e ganhar mais confiança ao desenhar que me inscrevi também para o curso semestral e aí minha relação com o desenho começou a mudar.  

7.  Como surgiu seu personagem?
Minha personagem é baseada em mim e ela surgiu da necessidade que eu tinha de expressar alguns sentimentos e dizer umas verdades de um jeito fofinho. Hahahah
Eu nunca tive muita paciência e desconfio que os anos sendo imposta a um monte de regras furadas, por simplesmente ser quem eu sou, me deixaram muito reativa e estressada. Regras do que fazer e não fazer por ser mulher, por ser baixinha ou por “ter que parecer” feminina e educada sempre me irritaram muito, isso acabou me afetando tanto que chegou um ponto em que eu rebatia qualquer um e distribuía grosserias gratuitas. Passei então por um período de desenvolvimento pessoal e refleti isso também na minha personagem, tanto que reiniciei o projeto, trazendo interpretações mais leves e com a proposta de fazer o leitor tentar primeiramente ser sincero com ele próprio. 

8.  Onde busca inspiração para criar?
Praticamente em tudo! Nas minhas experiências cotidianas, nas relações interpessoais, nas músicas que ouço, nas séries que assisto... tudo é repertório criativo. 

9. Na hora de trabalhar/criar, tem alguma mania?
Hmm, acho que não. Pelo menos não de forma consciente. Hahahah 

10. Qual a maior dificuldade encontrada na hora de criar?
Lidar com a autocrítica. 

11. Existe algum tema que se recusaria a usar nos seus trabalhos? Por quê?
Acho que qualquer tema que não seja do meu lugar de fala, porque não me sentiria confortável para usar algo que não condiz com a minha vivência. Exceto se o trabalho for em parceira com um alguém que represente o tema em questão. 

12. O que vem por aí?
Mais um quadrinho autoral com o coletivo Paralelo.lelo e continuar produzindo conteúdo para o @sincerigrazi para, quem sabe, virar algum projeto impresso também. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário