sexta-feira, 4 de setembro de 2020

QUADRINISTA: GISELLA PIZZATTO


1. Como e quando você começou a se interessar pelas HQs?
Sempre gostei. Desde o inicio da alfabetização meu pai comprava Disney pra nós.sempre esteve presente na minha vida.

2. Lembra qual foi o primeiro quadrinho que te cativou?
Acho que apaixonante mesmo foi Holy Avenger, da Awano sensei  e do Cassaro. Primeiro quadrinho que me fez chorar. E os Livros da Magia, do Neil Gaiman. Estes foram marcantes.



3.  Como os quadrinhos influenciaram sua vida?
Os quadrinhos são parte da minha vida e uma parte do que sou e do que eu faço. Não sei se tiveram influência direta sobre minha "vida", mas acho que toda boa literatura é capaz de nos transformar e nos levar a reflexões sobre uma série de coisas. Os quadrinhos se encaixam aí. Quando são bons, são como boa literatura, amigos que nos levam a mundos diferentes, olhares diferentes e à uma reflexão do nosso próprio universo pessoal.



4.  Na hora de ler, qual gênero de HQ prefere?
Prefiro mangá, qualquer gênero, desde que bem feito e bem escrito. Mas também leio outros tipos, não me apego muito a gêneros. Quero ler coisa boa, bem feita, bacana.



5.  Qual seu quadrinho favorito? Por quê?
Pergunta difícil. São muitos. Mas os que encabeçam a lista dos top 5 estão Full Metal Alchemist e XXXHolic, devido à temática por trás da história principal: o conceito de que para conseguir algo é preciso sempre ceder algo de equivalente valor.



6.  Quando e como começou a desenhar? Acompanhou algum curso/livro?
Comecei a estudar desenho com 11 anos e não parei mais. Fiz um curso por 10 anos que envolveu desenho clássico e ilustração além de estudos de várias técnicas. Depois disso, continuo a estudar mangá, aquarela e desenho clássico, fazendo cursos eventuais e exercitando bastante. O estudo precisa ser diário.

7.  Como surgiu seu personagem?
Cada um surgiu de um jeito. Alguns surgiram para encaixar em uma história pronta, outros se desenvolveram primeiro e depois a historia em torno dele foi sendo criada. Como as pessoas, cada personagem tem uma historia diferente.



8.  Onde busca inspiração para criar?
Sou formada em História, e dela tiro muita coisa. Normalmente gosto de misturar também com fantasia e literatura. Mas tudo é inspiração para uma boa história. Basta saber contar direitinho.

9. Na hora de trabalhar/criar, tem alguma mania?
Mania acho que não... Mas gosto de ouvir música enquanto trabalho, ou gente falando sobre literatura.



10. Qual a maior dificuldade encontrada na hora de criar?
Não tenho muito isso... As vezes, quando o roteiro não é meu, sinto dificuldades na hora de acertar um estilo. Mas vou persistindo até que sai como eu quero.

11. Existe algum tema que se recusaria a usar nos seus trabalhos? Por quê?
Não faço nada com conotação muito sexual ou explicitamente sexual, e acho que não faria nada que fosse contra minhas crenças e valores. Já recusei trabalhos assim. Não acho que tudo é "trabalho". Alguns podem até discordar. Sim, é verdade que o que fazemos é entretenimento. Mas também temos de ter responsabilidade sobre o que passamos através deste entretenimento. Já recusei também trabalhos que queriam surfar na onda do "politicamente correto" só para terem visibilidade ou ganharem apoio financeiro do governo e de outras entidades. Não concordo com esse tipo de postura. Acredito que devemos fazer um trabalho em que acreditamos naquilo e não porque "vai vender".



12. O que vem por aí?
Vixe, tanta coisa!

No momento estou ativamente trabalhando em 3 projetos como desenhista:

Saint Seiya Episódio Oculto: um projeto para fazer Cavaleiros do Zodíaco no Brasil. Minha parte é a história do cavaleiro de Peixes, Afrodite. O primeiro capítulo já saiu e estou produzindo o segundo.

Divine Sparkles: uma produção para a plataforma americana Webtoon. É uma aventura de fantasia que será lançada em 2021. O prólogo deve sair ainda este ano.



O Caso da Possessão de Madalena Shoefield : um one shot curto em parceria com o escritor Raphael Albuquerque. É uma historia que mescla terror e suspense, bem fora do que eu costumo fazer, mas está sendo bem desafiador e bacana de fazer.

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