Antes de qualquer coisa, essa semana está sendo incrível! Os assuntos foram bem diferentes do que estamos acostumados, mas adorei
fazer esse especial! Aceito dicas para os próximos...
Vamos lá, o assunto do dia é cosplay.
Mas... que raios é cosplay?
Cosplay s.m. Neologismo. Pronuncia-se: /cósplêi/. Comportamento que consiste em caracterizar-se (em festas e convenções realizadas com essa finalidade) de personagens fictícios de desenhos animados, mangás, filmes e/ou séries televisivas; geralmente, as pessoas caracterizadas ou fantasiadas passam a expressar características particulares desses personagens.Dicio
Eu adoro os eventos que tem por aí:
Potter Picnic, Gallifrey Con, Trekker ABC, Battlestar Galactica...Já me
aventurei a fazer alguns cosplays, mas grande parte é de armário.
Comecei tem um tempinho, já fui
Starbuck (BSG), Jadzia Dax (Star Trek), Weasley (Harry Potter), Rose Tyler
(Doctor Who), Coraline (Neil Gaiman), Rattattouille, vampira, zumbi, chapeleira etcs... Adoro a
ideia de me deixar em casa umas horinhas e sair como a personagem escolhida
(sim, eu saio de casa prontinha!).
Fotos amanhã! Muahahaha!
Faço uma coisa ou outra... mas tem
gente muito mais experiente do que eu. Por isso resolvi entrevistar alguns
cosplayers para saber mais sobre este universo.
Os entrevistados
1 Alexandre Cavalcante (31 anos, funcionário
público, 1 ano de cosplay)
2 André Luiz da Silva (40 anos, comissário
da infância, 5 anos de cosplay)
3 César Patoulos (40 anos, professor,
3 anos de cosplay)
4 Daniele, Dandi LePirate (29 anos, ilustradora/designer,
12 anos de cosplay)
5 Erick Andrade (29 anos, engenheiro
químico/farmacêutico, 10 meses de cosplay)
6 Fernando Afonso (32 anos, advogado
e professor, 20 anos de cosplay)
7 Gislene Cardoso (34 anos, contadora,
5 anos de cosplay)
8 Jéssica Almeida da Silva ( 24 anos,
PSTE em uma autarquia Federal, 2 anos de cosplay)
9 Jéssica Barbara (25 anos, intérprete
de Libras, 5 anos de cosplay)
10 Judith Arantes (32 anos, professora,
10 anos de cosplay)
11 Kleber Mulero de Toledo (42 anos,
professor, 2 anos de cosplay)
12 Letícia Maria dos Santos (21,
analista química, 3 anos de cosplay)
13 Luciano Marzocca (38, jornalista,
1 ano de cosplay)
14 Marcos Maziviero (30 anos, designer
gráfico, 15 anos de cosplay)
15 Maxx Figueiredo (42 anos, analista
de marketing, 1 ano de cosplay)
16 Nat Borges, Ino (auxiliar
financeiro, 11 anos de cosplay)
17 Rafael Martins (29 anos, advogado,
10 anos de cosplay)
18 Sheila Uberti (47 anos, assistente
administrativo, 1 ano de cosplay)
19 Thalita de Lima (22 anos,
procastinadora/desempregada, 7 anos de cosplay)
MUITA GENTE BOA!!!!
A maioria faz por diversão,
hobby, sair com amigos, fugir da rotina e da realidade, dar vida aos
personagens
Alexandre: Eu precisava de um
novo hobby, antes tinha teatro como válvula de escape, mas aí comecei a
trabalhar não dava pra continuar. Depois frequentava cinemas e meio que foi
deixado de lado, então comecei com os cosplays.
Dandi: Cosplay é uma forma gostosa de expressar seu carinho
por uma personagem ou série que ama. Ao usar cosplay, você se sente até mesmo
inspirada pela segurança e poder da personagem, o que ajuda muito a se libertar
da maioria das vezes... fora que é um processo divertido de criar a roupa, e
mergulhar no processo do início ao fim, até aquele momento mágico que outro fã
da personagem te vê vestido e expressa sua felicidade nisso.
Fernando: Meu primeiro cos eu
tinha 12 foi pra uma convenção de star trek, fiz pra entrar no clima e na
brincadeira, depois agente vai querendo melhorar o cos, e fazer outros
personagens que gostamos, é uma grande homenagem na verdade fazer o cos de algo
q vc admira, afinal as pessoas usam a camisa de seus times de futebol pra
homenagear os mesmos e mostrar sua paixão, porque eu não posso fazer o mesmo
por uma série, um filme ou um livro?
Jéssica A.: Sempre gostei de me
"fantasiar" quando criança, quando cheguei à adolescência descobri
que não precisava fazer isso só em festas a fantasia e adorei a ideia, acho
legal homenagear um personagem que gosto muito.
Leticia: Faço cosplay porque
gosto de interpretar uma personagem na qual me identifico, me sinto a vontade
por estar me vestindo daquela maneira por aquilo fazer parte de mim e da minha
personalidade. Acho que cosplay é uma válvula de escape, de toda pressão que sofremos
no cotidiano por você ter sempre ser aquilo que outros querem que você seja
(digo desses comportamentos pré-estabelecidos perante nossa sociedade) e quando
você faz cosplay, você pode ser aquilo que quer que seja, isso é o mais
importante.
Luciano: Faço cosplays porque gosto da brincadeira, da
homenagem aos personagens que me visto igual, da oportunidade de copiar o
comportamento deles em situações específicas.
Marcos: Nunca sei como responder
isso, mas não é nada além do óbvio, sempre gostei de cosplay, quando criança
adorava me fantasiar, já gostava de participar de concursos e também sempre
gostei de fazer meus próprios cosplays, é um tipo de trabalho manual que me
agrada muito.
Rafael: Pela diversão
de poder se vestir e representar um personagem que você admira ou tem alguma
afinidade, sendo reconhecido pelas pessoas que visitam os eventos e interagindo
com estas de forma bem humorada e animada (na maioria das vezes XD), o que por
vezes resulta em novos contatos e amizades.
Thalita: Não tenho um motivo
específico. Fui apresentada por uma amiga ao mundo cosplay na época do
colegial, curti e continuo fazendo. Acho que tem sempre aquele sentimento de
nostalgia, de algo que é próximo de um sonho, algo que você pode ser por um dia
e pode até fazer alguém feliz só por estar representando aquele determinado
personagem.
2.- Semelhança física é essencial?
NÃO! Todos concordam que ajuda
bastante, mas o importante é se divertir!
César: Isso
depende dos objetivos do cosplayer: se pretende participar de um concurso, uma
competição séria, com direito a prêmios e divulgação de seu trabalho, a
semelhança física ajuda bastante. Mas se for algo despretensioso, apenas para
"brincar" com os amigos e curtir o momento, aí vale tudo!
Dandi: Isso JAMAIS deveria ser considerado essencial! A
semelhança ajuda em casos de personagens interpretados por atores, até torna
interessante, mas podar a qualidade física de um fã à uma indústria que por si
só já estipula padrões quase sempre irreais, além de prejudicial ao psicológico
vai contra o conceito de superação que a maioria das obras (quadrinhos, cinema,
literatura etc) estimula.
Erick: Não. Ajuda bastante,
principalmente na preparação do cosplay, uma vez que o objetivo geralmente é
ficar parecido com o personagem, serão necessários mais detalhes na sua roupa
como peruca, lentes, para que você fique o mais próximo de seu personagem caso
não tenha semelhanças. Mas não é essêncial.
Jéssica B.: Não, faço cosplay de
várias personagens lolis (baixinhas e "lisas") e tenho bastante
busto, coxa, etc, acho que você curtir a personagem é essencial, semelhança
física podemos disfarçar com enchimentos, faixas, posição para fotos, etc
Luciano: Essencial não é. É
preferível. Por exemplo, não ficaria bem um homem de 90kg e 1,70m de altura
vestido de Ikari Shinji de uniforme, hahaha. Tratar de essencialidade para
fazer um cosplay é a questão que mais merece a resposta "depende". Eu
não me sinto bem com traje agarrado, portanto, não farei um cosplay de roupa
colada. Cosplay é 50% roupa, 50% brincadeira. Acho ridículo quando aparecem
aquelas meninas ultra decotadas querendo esconder o que a roupa exigiu que
fosse mostrado. É um contrassenso! Escolher o personagem deve ser de acordo
mais com a personalidade e o gosto do que com o tipo físico, isso sim.
Rafael: Não acho que
seja essencial, porém muitas vezes o fato de possuir alguma semelhança física
com o personagem ajuda na decisão de fazê-lo, seja pela animação de ficar mais
parecido com o que foi escolhido ou até mesmo pela economia que possa ocorrer,
como o exemplo da pessoa que possui o cabelo semelhante ao do personagem e
assim não precisa comprar peruca ou aplique, ou já possui a cor dos olhos
parecida e não precisar de lentes. Mas semelhança física não é essencial,
inclusive hoje em dia tendo muitos cosplays incríveis com formas físicas
opostas ao personagem representado, assim como versões femininas de personagens
masculinos (e o contrário também).
3.- Qual quesito para você escolher o personagem?
A afinidade pelo personagem,
carisma, semelhança física ajuda sempre, além da facilidade em confeccionar a
roupa.
Dandi: Eu preciso gostar dele, ou pelo menos admirar a obra
e sua presença nela (como o caso dos vilões muita vezes). A compreensão da obra
e carinho por ela é o que muitas vezes nos distingue, levando sua mensagem
antes da sua aparência. Fora isso, existem milhares de pequenas questões como:
financeira (o quanto eu tenho para gastar nesse cosplay?), estrutural (se o
personagem for um alien de 3
metros, eu consigo reproduzir isso?), tempo (para criar
as peças, tenho tempo para isso?) e grupos (se eu combinei com meus amigos de
fazer isso, pra quando tenho que terminar isso?), entre outros.
Marcos: Bom, eu sempre escolho
algum personagem que eu gosto mesmo, ou que sempre fui fã. Mas também é bem
comum fazer cosplay de alguém que você simplesmente achou legal, que gostou do
visual, mesmo sem conhecer.
4.- Dos que já fez, qual deles é seu favorito?
Dandi: Difícil escolher um favorito! Tenho carinho pro
todos eles, pois cada um me afetou de uma maneira diferente, sejam por
lembranças da infância, pela história que me captou, pelo trabalho incrível que
tive nele ou pela identificação pela personagem...
Fernando: Mas meu favorito senpre
é Fazer o Capitão Kirk, tenho diversas roupas q ele usa e sou mais conhecido
por fazer o Cos dele, além dele ser o meu herói de infância.
Letícia: É difícil escolher um
que seja meu favorito, adoro todos eles, mas se for pra escolher apenas um,
acho que seria a Esmeralda. Adoro ele por diversas razões,
por ser uma personagem que me identifico tanto como personalidade, quanto pela
aparência. Meu primeiro ensaio fotográfico foi com ele e obtive ótimos
resultados, conheci pessoas incríveis e passei por momentos memoráveis por
causa dele.
Nat: Eu amo
todos os que fiz, não tenho um favorito. Talvez tenha só um mimo a mais paro os
de Ino, pois foi assim que fui reconhecida como cosplayer, e até hoje me chamam
de Ino, e não pelo meu nome, pois quando comecei a fazer, cosplayers de Naruto,
eram praticamente inexistentes em 2005, acredite ou não.
5.- O que acha dos “cosplays de armário”? Já fez algum?
Alexandre: Acho interessante, tem
muitos cosplays que foram feitos de armário e ficaram excelentes usando
criatividade e bom humor. Eu mesmo já fiz minha adaptações para um Comensal da
Morte.
Cosplay de armário é aquele que você monta com o que já tem em casa |
Cesar: Num
momento de aperto financeiro, os cosplays de armário são e$$enciai$!! Sim,
claro: o de 10th Doctor foi todo de armário! (e com este cosplay, fiquei em 2º
lugar no concurso da GallifreyCon, a convenção anual dos fãs da série Doctor
Who)
Dandi: Já fiz muitos! Eu comecei o cosplay como jogadora de
RPG na verdade, então criar personagens originais com roupas de armário era bem
comum. Algumas personagens usam roupas comuns, não é algo muito complexo, e até
mesmo podemos criar versões civis de personagens. Apesar de com a experiência
nos distanciarmos um pouco desse tipo de cosplay, voltar à eles é muitas vezes
gratificante pelo conforto que eles têm.
Jéssica B.: Meu primeiro cosplay
foi um da Ginny Weasley de Harry Potter com peças que eu já tinha e eu curti
muito. Acho que pela diversão é muito legal e você pode curtir bastante, mas se
pretende participar a sério de competições precisa usar algo mais elaborado
Leticia: Já fiz cosplay de
"armário", mas não cheguei a tirar foto. É da Villetta Nu do anime
Code Geass (essa mulher é linda). Acho até que poderia ser considerado um
cosplay, porque é uma das roupas bem simples, que você encontra no gurada roupa
mesmo; a roupa é um blusão verde em que usa durante um trecho do anime.
Luciano: Fiz e não fiz. É meio estranho, pois não uso a
camisa polo do Charlie Brown para sair na rua, mas é só uma camisa! O Doof é só
uma calça cinza com camisa preta e jaleco - mas eu não uso jaleco pra nada! Por
isso é meio estranho eu falar de cosplay de armário. São personagens com os
quais me sinto à vontade para ir a eventos, não para sair na rua normalmente
como eles.
Marcos: Vish, já fiz muitos,
hahaha. Acho totalmente válidos, porque às vezes tem personagem que usa mesmo
alguma roupa comum, do dia a dia ou que faz parte do seu estilo. Eu também
costumo improvisar bastante, então é uma mistura de armário, com peças de
outros cosplays, talvez uma ou outra nova e assim faço um Frankenstein de
cosplay
Maxx: Quando criança tinha um
personagem, o Super Padre. Era uma camisa preta do meu primo que ficava grande
em mim, parecia uma bata de padre. Peguei uma espuma velha de um sofá de casa e
fiz um furo pra passar a cabeça. Era minha capa fofa de 7cm de espessura. Pra
dinalizar um óculos mestilo Harry Potter da minha irmã. Mas fiz outros, Múmia
capoeirista, ataduras e calça de capoeira. Tinha uma máscara de terror uma vez
fui a uma festa com ela e uma jaqueta do exercito. Era a alucinação do vietinã.
Nat: Acho que se
o que vc tiver no armário for legal pra aproveitar no cosplay, tem que usar
mesmo, contanto que fique igual à roupa do personagem escolhido, não saindo
muito fora o tipo de tecido também. Já fiz pra algumas festas de halloween,
pois tenho roupa preta demais e isso sempre ajuda na hora de criar um visual
legal.
Rafael: Acho que tudo é válido e
o importante é a diversão e alegria independente de tudo, pois nem todos tem o
dinheiro necessário ou as habilidades pra fazer uma réplica perfeita das vestes
e acessórios, sendo assim acho totalmente válidas as adaptações (e gambiarras)
pra tentar representar quem você admira. Meus primeiros cosplays de Sasuke
foram “de armário”, mesmo porque na época eu ainda não trabalhava e também não
vendiam em lojas roupas e acessórios pra cosplay prontos como hoje então tive
que adaptar com o que tinha
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