sexta-feira, 29 de maio de 2015

SEMANA NERD - PARTE 5: Cosplay



Antes de qualquer coisa, essa semana está sendo incrível! Os assuntos foram bem diferentes do que estamos acostumados, mas adorei fazer esse especial! Aceito dicas para os próximos...



Vamos lá, o assunto do dia é cosplay. Mas... que raios é cosplay?


Cosplay s.m. Neologismo. Pronuncia-se: /cósplêi/. Comportamento que consiste em caracterizar-se (em festas e convenções realizadas com essa finalidade) de personagens fictícios de desenhos animados, mangás, filmes e/ou séries televisivas; geralmente, as pessoas caracterizadas ou fantasiadas passam a expressar características particulares desses personagens.Dicio 



Eu adoro os eventos que tem por aí: Potter Picnic, Gallifrey Con, Trekker ABC, Battlestar Galactica...Já me aventurei a fazer alguns cosplays, mas grande parte é de armário.

Comecei tem um tempinho, já fui Starbuck (BSG), Jadzia Dax (Star Trek), Weasley (Harry Potter), Rose Tyler (Doctor Who), Coraline (Neil Gaiman), Rattattouille,  vampira, zumbi, chapeleira etcs... Adoro a ideia de me deixar em casa umas horinhas e sair como a personagem escolhida (sim, eu saio de casa prontinha!).  

Fotos amanhã! Muahahaha!

Faço uma coisa ou outra... mas tem gente muito mais experiente do que eu. Por isso resolvi entrevistar alguns cosplayers para saber mais sobre este universo.

Os entrevistados

1 Alexandre Cavalcante (31 anos, funcionário público, 1 ano de cosplay)
2 André Luiz da Silva (40 anos, comissário da infância, 5 anos de cosplay)
3 César Patoulos (40 anos, professor, 3 anos de cosplay)
4 Daniele, Dandi LePirate (29 anos, ilustradora/designer, 12 anos de cosplay)
5 Erick Andrade (29 anos, engenheiro químico/farmacêutico, 10 meses de cosplay)
6 Fernando Afonso (32 anos, advogado e professor, 20 anos de cosplay)
7 Gislene Cardoso (34 anos, contadora, 5 anos de cosplay)
8 Jéssica Almeida da Silva ( 24 anos, PSTE em uma autarquia Federal, 2 anos de cosplay)
9 Jéssica Barbara (25 anos, intérprete de Libras, 5 anos de cosplay)
10 Judith Arantes (32 anos, professora, 10 anos de cosplay)
11 Kleber Mulero de Toledo (42 anos, professor, 2 anos de cosplay)
12 Letícia Maria dos Santos (21, analista química, 3 anos de cosplay)
13 Luciano Marzocca (38, jornalista, 1 ano de cosplay)
14 Marcos Maziviero (30 anos, designer gráfico, 15 anos de cosplay)
15 Maxx Figueiredo (42 anos, analista de marketing, 1 ano de cosplay)
16 Nat Borges, Ino (auxiliar financeiro, 11 anos de cosplay)
17 Rafael Martins (29 anos, advogado, 10 anos de cosplay)
18 Sheila Uberti (47 anos, assistente administrativo, 1 ano de cosplay)
19 Thalita de Lima (22 anos, procastinadora/desempregada, 7 anos de cosplay)

 MUITA GENTE BOA!!!!


1.- Por que faz cosplay?

A maioria faz por diversão, hobby, sair com amigos, fugir da rotina e da realidade, dar vida aos personagens

Alexandre: Eu precisava de um novo hobby, antes tinha teatro como válvula de escape, mas aí comecei a trabalhar não dava pra continuar. Depois frequentava cinemas e meio que foi deixado de lado, então comecei com os cosplays.

Dandi: Cosplay é uma forma gostosa de expressar seu carinho por uma personagem ou série que ama. Ao usar cosplay, você se sente até mesmo inspirada pela segurança e poder da personagem, o que ajuda muito a se libertar da maioria das vezes... fora que é um processo divertido de criar a roupa, e mergulhar no processo do início ao fim, até aquele momento mágico que outro fã da personagem te vê vestido e expressa sua felicidade nisso.

Fernando: Meu primeiro cos eu tinha 12 foi pra uma convenção de star trek, fiz pra entrar no clima e na brincadeira, depois agente vai querendo melhorar o cos, e fazer outros personagens que gostamos, é uma grande homenagem na verdade fazer o cos de algo q vc admira, afinal as pessoas usam a camisa de seus times de futebol pra homenagear os mesmos e mostrar sua paixão, porque eu não posso fazer o mesmo por uma série, um filme ou um livro?

Jéssica A.: Sempre gostei de me "fantasiar" quando criança, quando cheguei à adolescência descobri que não precisava fazer isso só em festas a fantasia e adorei a ideia, acho legal homenagear um personagem que gosto muito.

Leticia: Faço cosplay porque gosto de interpretar uma personagem na qual me identifico, me sinto a vontade por estar me vestindo daquela maneira por aquilo fazer parte de mim e da minha personalidade. Acho que cosplay é uma válvula de escape, de toda pressão que sofremos no cotidiano por você ter sempre ser aquilo que outros querem que você seja (digo desses comportamentos pré-estabelecidos perante nossa sociedade) e quando você faz cosplay, você pode ser aquilo que quer que seja, isso é o mais importante.

Luciano: Faço cosplays porque gosto da brincadeira, da homenagem aos personagens que me visto igual, da oportunidade de copiar o comportamento deles em situações específicas.

Marcos: Nunca sei como responder isso, mas não é nada além do óbvio, sempre gostei de cosplay, quando criança adorava me fantasiar, já gostava de participar de concursos e também sempre gostei de fazer meus próprios cosplays, é um tipo de trabalho manual que me agrada muito.

Rafael: Pela diversão de poder se vestir e representar um personagem que você admira ou tem alguma afinidade, sendo reconhecido pelas pessoas que visitam os eventos e interagindo com estas de forma bem humorada e animada (na maioria das vezes XD), o que por vezes resulta em novos contatos e amizades.  
Thalita: Não tenho um motivo específico. Fui apresentada por uma amiga ao mundo cosplay na época do colegial, curti e continuo fazendo. Acho que tem sempre aquele sentimento de nostalgia, de algo que é próximo de um sonho, algo que você pode ser por um dia e pode até fazer alguém feliz só por estar representando aquele determinado personagem.


2.- Semelhança física é essencial?
 
NÃO! Todos concordam que ajuda bastante, mas o importante é se divertir!

César: Isso depende dos objetivos do cosplayer: se pretende participar de um concurso, uma competição séria, com direito a prêmios e divulgação de seu trabalho, a semelhança física ajuda bastante. Mas se for algo despretensioso, apenas para "brincar" com os amigos e curtir o momento, aí vale tudo!
Dandi: Isso JAMAIS deveria ser considerado essencial! A semelhança ajuda em casos de personagens interpretados por atores, até torna interessante, mas podar a qualidade física de um fã à uma indústria que por si só já estipula padrões quase sempre irreais, além de prejudicial ao psicológico vai contra o conceito de superação que a maioria das obras (quadrinhos, cinema, literatura etc) estimula.

Erick: Não. Ajuda bastante, principalmente na preparação do cosplay, uma vez que o objetivo geralmente é ficar parecido com o personagem, serão necessários mais detalhes na sua roupa como peruca, lentes, para que você fique o mais próximo de seu personagem caso não tenha semelhanças. Mas não é essêncial.

Jéssica B.: Não, faço cosplay de várias personagens lolis (baixinhas e "lisas") e tenho bastante busto, coxa, etc, acho que você curtir a personagem é essencial, semelhança física podemos disfarçar com enchimentos, faixas, posição para fotos, etc

Luciano: Essencial não é. É preferível. Por exemplo, não ficaria bem um homem de 90kg e 1,70m de altura vestido de Ikari Shinji de uniforme, hahaha. Tratar de essencialidade para fazer um cosplay é a questão que mais merece a resposta "depende". Eu não me sinto bem com traje agarrado, portanto, não farei um cosplay de roupa colada. Cosplay é 50% roupa, 50% brincadeira. Acho ridículo quando aparecem aquelas meninas ultra decotadas querendo esconder o que a roupa exigiu que fosse mostrado. É um contrassenso! Escolher o personagem deve ser de acordo mais com a personalidade e o gosto do que com o tipo físico, isso sim.
Foto: Calendário Geek

Rafael: Não acho que seja essencial, porém muitas vezes o fato de possuir alguma semelhança física com o personagem ajuda na decisão de fazê-lo, seja pela animação de ficar mais parecido com o que foi escolhido ou até mesmo pela economia que possa ocorrer, como o exemplo da pessoa que possui o cabelo semelhante ao do personagem e assim não precisa comprar peruca ou aplique, ou já possui a cor dos olhos parecida e não precisar de lentes. Mas semelhança física não é essencial, inclusive hoje em dia tendo muitos cosplays incríveis com formas físicas opostas ao personagem representado, assim como versões femininas de personagens masculinos (e o contrário também).

3.- Qual quesito para você escolher o personagem?

A afinidade pelo personagem, carisma, semelhança física ajuda sempre, além da facilidade em confeccionar a roupa.

Dandi: Eu preciso gostar dele, ou pelo menos admirar a obra e sua presença nela (como o caso dos vilões muita vezes). A compreensão da obra e carinho por ela é o que muitas vezes nos distingue, levando sua mensagem antes da sua aparência. Fora isso, existem milhares de pequenas questões como: financeira (o quanto eu tenho para gastar nesse cosplay?), estrutural (se o personagem for um alien de 3 metros, eu consigo reproduzir isso?), tempo (para criar as peças, tenho tempo para isso?) e grupos (se eu combinei com meus amigos de fazer isso, pra quando tenho que terminar isso?), entre outros.

Marcos: Bom, eu sempre escolho algum personagem que eu gosto mesmo, ou que sempre fui fã. Mas também é bem comum fazer cosplay de alguém que você simplesmente achou legal, que gostou do visual, mesmo sem conhecer.



4.- Dos que já fez, qual deles é seu favorito?

Dandi: Difícil escolher um favorito! Tenho carinho pro todos eles, pois cada um me afetou de uma maneira diferente, sejam por lembranças da infância, pela história que me captou, pelo trabalho incrível que tive nele ou pela identificação pela personagem...

Fernando: Mas meu favorito senpre é Fazer o Capitão Kirk, tenho diversas roupas q ele usa e sou mais conhecido por fazer o Cos dele, além dele ser o meu herói de infância.

Letícia: É difícil escolher um que seja meu favorito, adoro todos eles, mas se for pra escolher apenas um, acho que seria a Esmeralda. Adoro ele por diversas razões, por ser uma personagem que me identifico tanto como personalidade, quanto pela aparência. Meu primeiro ensaio fotográfico foi com ele e obtive ótimos resultados, conheci pessoas incríveis e passei por momentos memoráveis por causa dele.

Nat: Eu amo todos os que fiz, não tenho um favorito. Talvez tenha só um mimo a mais paro os de Ino, pois foi assim que fui reconhecida como cosplayer, e até hoje me chamam de Ino, e não pelo meu nome, pois quando comecei a fazer, cosplayers de Naruto, eram praticamente inexistentes em 2005, acredite ou não.




5.- O que acha dos “cosplays de armário”? Já fez algum?

Alexandre: Acho interessante, tem muitos cosplays que foram feitos de armário e ficaram excelentes usando criatividade e bom humor. Eu mesmo já fiz minha adaptações para um Comensal da Morte.

Cosplay de armário é aquele que você
monta com o que já tem em casa
André: É uma boa opção pra quem nunca fez cosplay na vida, ainda sim alguns mesclam trajes normais com seus personagens, penso que  que se deve “Reviver ou colocar vida” naquele personagem que aguarda o momento para aparecer, tenho três personagens no “armário” Justiceiro (aproveitei a calça, jaqueta couro, oculos e luvas comprei somente a camisa e armas)

Cesar: Num momento de aperto financeiro, os cosplays de armário são e$$enciai$!! Sim, claro: o de 10th Doctor foi todo de armário! (e com este cosplay, fiquei em 2º lugar no concurso da GallifreyCon, a convenção anual dos fãs da série Doctor Who)
Dandi: Já fiz muitos! Eu comecei o cosplay como jogadora de RPG na verdade, então criar personagens originais com roupas de armário era bem comum. Algumas personagens usam roupas comuns, não é algo muito complexo, e até mesmo podemos criar versões civis de personagens. Apesar de com a experiência nos distanciarmos um pouco desse tipo de cosplay, voltar à eles é muitas vezes gratificante pelo conforto que eles têm. 
Jéssica B.: Meu primeiro cosplay foi um da Ginny Weasley de Harry Potter com peças que eu já tinha e eu curti muito. Acho que pela diversão é muito legal e você pode curtir bastante, mas se pretende participar a sério de competições precisa usar algo mais elaborado

Leticia: Já fiz cosplay de "armário", mas não cheguei a tirar foto. É da Villetta Nu do anime Code Geass (essa mulher é linda). Acho até que poderia ser considerado um cosplay, porque é uma das roupas bem simples, que você encontra no gurada roupa mesmo; a roupa é um blusão verde em que usa durante um trecho do anime.

Luciano: Fiz e não fiz. É meio estranho, pois não uso a camisa polo do Charlie Brown para sair na rua, mas é só uma camisa! O Doof é só uma calça cinza com camisa preta e jaleco - mas eu não uso jaleco pra nada! Por isso é meio estranho eu falar de cosplay de armário. São personagens com os quais me sinto à vontade para ir a eventos, não para sair na rua normalmente como eles.

Marcos: Vish, já fiz muitos, hahaha. Acho totalmente válidos, porque às vezes tem personagem que usa mesmo alguma roupa comum, do dia a dia ou que faz parte do seu estilo. Eu também costumo improvisar bastante, então é uma mistura de armário, com peças de outros cosplays, talvez uma ou outra nova e assim faço um Frankenstein de cosplay

Maxx: Quando criança tinha um personagem, o Super Padre. Era uma camisa preta do meu primo que ficava grande em mim, parecia uma bata de padre. Peguei uma espuma velha de um sofá de casa e fiz um furo pra passar a cabeça. Era minha capa fofa de 7cm de espessura. Pra dinalizar um óculos mestilo Harry Potter da minha irmã. Mas fiz outros, Múmia capoeirista, ataduras e calça de capoeira. Tinha uma máscara de terror uma vez fui a uma festa com ela e uma jaqueta do exercito. Era a alucinação do vietinã.  

Nat: Acho que se o que vc tiver no armário for legal pra aproveitar no cosplay, tem que usar mesmo, contanto que fique igual à roupa do personagem escolhido, não saindo muito fora o tipo de tecido também. Já fiz pra algumas festas de halloween, pois tenho roupa preta demais e isso sempre ajuda na hora de criar um visual legal.

Rafael: Acho que tudo é válido e o importante é a diversão e alegria independente de tudo, pois nem todos tem o dinheiro necessário ou as habilidades pra fazer uma réplica perfeita das vestes e acessórios, sendo assim acho totalmente válidas as adaptações (e gambiarras) pra tentar representar quem você admira. Meus primeiros cosplays de Sasuke foram “de armário”, mesmo porque na época eu ainda não trabalhava e também não vendiam em lojas roupas e acessórios pra cosplay prontos como hoje então tive que adaptar com o que tinha




 

 

 

 

A entrevista continua amanhã, 

com as fotos de cada entrevistado

 e um recadinho de cada um para vocês!

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