Beatriz Lopes, estudante de Gravura da
UFRJ, feminista, carioca, catlover, começou a fazer quadrinhos em 2012 e
publicou seu primeiro zine solo em 2013.
Contato:
email: bleatrizlopes@gmail.com
https://www.facebook.com/blearghh
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OBRAS
- Libre!, revista, 2013
- Mofo, zine, 2013
- Zine XXX, coletivo,
2014
- Plantis, zine, 2015
Quando eu era criança eu lia
muita Mônica (como qualquer criança normal) mas o interesse por quadrinhos
voltou quando eu fiz 14 anos e me mudei pra Tijuca onde tinha uma biblioteca
estadual perto da minha casa. Lá tinha uma coleção enorme de gibis. Li os gibis
do Batman de 1996 do zero ao duzentos e pouco. Quando acabou o Batman comecei a
comprar quadrinhos em livrarias. O primeiro quadrinho que eu comprei depois
disso foi Scott Pilgrim.
2.
Lembra qual
foi o primeiro quadrinho que te cativou?
O primeiro quadrinho que
realmente causou impacto em mim foi ´Umbigo sem Fundo´, Dash Shaw.
3. Como os quadrinhos influenciaram sua vida?
Eu gostava de desenhar e em algum
momento da minha vida já pensei em fazer cinema. Acho que os quadrinhos acabam
sendo uma junção dessas duas plataformas e eu sou muito atraida pelas
possibilidades.
4.
Na hora de
ler, qual gênero de HQ prefere?
Atualmente ando lendo mais
quadrinhos escritos por mulheres. Mas no geral gosto muito de quadrinhos
underground com uma pegada mais experimental.
5.
Qual seu
quadrinho favorito? Por quê?
Lucille e Umbigo Sem Fundo estão
como meus preferidos. Acho que pelas inovações estéticas e profundidade no
roteiro.
6. Onde busca inspiração para criar?
Histórias pessoais, filmes,
livros, músicas e outras bads.
7.
Na hora de
trabalhar/criar, tem alguma mania?
Eu só posso parar de desenhar
quando eu terminar o quadrinho se não eu largo na metade e nunca mais volto. E
eu gosto de andar em circulos na hora hora de pensar, haha. E ouvir música.
8.
Existe algum
tema que se recusaria a usar nos seus trabalhos? Por quê?
Qualquer tema com cunho
machista/racista/opressor. Porque ia bater de frente com todos os meus ideiais.
9.
O que vem
por aí?
Esse ano: um monte de zines
pequenos e autorais.
Ano que vem: talvez outro Zine XXX.
Ano que vem: talvez outro Zine XXX.
10.
Existe
preconceito por parte dos criadores/roteiristas/desenhistas de HQs?
Existe muito machismo e misoginia
da parte de homens que fazem quadrinho. É muito raro achar uma personagem
feminina que não tá ali apenas como objeto/cenário/fetiche. É muito difícil
achar uma personagem feminina minimamente real e com tanta profundida quanto os
personagens masculinos.
11.
As mulheres
ainda sofrem preconceito por gostarem de quadrinho?
Acho que não. Mesmo representadas
de maneira inferior, mulheres consumiam quadrinhos, mesmo não sendo bem vindas,
iam para eventos de quadrinhos, acho que é quase a mesma cena que rola com as
gamers. O mercado de quadrinhos feito por e para mulheres está crescendo e com
isso acho que ambas as partes (produção e consumo) irão crescer.
12.
Algum recado
para os leitores?
Façam zines. Mesmo sem saber
desenhar. Façam qualquer zine (desenho, colagem, rabisco, foto). Vá em feiras
de zine, troque zines, acho que é sempre valido fazer uma coisa como essa só
pra ter história pra contar.
perfeita
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