Taís Koshino nasceu em Brasília em 1992. Atualmente é estudante de Comunicação Social na UnB, tendo feito programa de intercâmbio na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa. Escreveu e dirigiu o curta Corpo às Avessas. É co-fundadora do selo editorial de quadrinhos Piqui, criado em 2011, com mais de dez publicações
Contato:
www.cargocollective.com/taiskoshino
OBRAS
Piqui 1, Selo Piqui, Brasília,
2011 (conjunto com Livia Viganó)
Em caso de perda retornar para: ,
Selo Piqui, 2012 (conjunto com Livia Viganó)
tzourinha #1, #2, 2012 (coletiva)
zine artemis #1, #2,2013
(coletiva, org: Lovelove6)
Mundo Anão, Selo Piqui, 2013
Gume, Selo Piqui, 2013 (conjunto
com Livia Viganó)
Piqui 2, Selo Piqui, 2013
(conjunto com Livia Viganó)
fuio, Selo Piqui, 2013
junho, mês zines, 2013 (contribuição)
mr spoqui #41, 2013 (contribuição)
Refractions delay/Refração do
atraso, Selo Piqui, 2014
UMBEAGLE, Selo Piqui, 2014
Bem-vindo ao tumblr, Selo Piqui,
2014
Respiração, Selo Piqui, 2014
Coral, Selo Piqui, 2015
1.
Como e
quando você começou a se interessar pelas HQs?
Por volta de
2011, quando entrei em contato com uma graphic novel para adultos, percebi que
os quadrinhos eram uma forma de narrativa muito interessante, misturava texto e
imagens se aproximando muito da linguagem do cinema, porém com a vantagem de
que eu podia fazer sozinha e sem um orçamento milionário para contar histórias
extravagantes.
2.
Lembra qual
foi o primeiro quadrinho que te cativou?
Lembro de quando era criança ler
quadrinhos da Turma da Mônica ou até mesmo da Disney que me cativavam, não sei
muito bem qual foi o primeiro, mas depois quando jovem, a primeira graphic
novel que li (tirando umas do Will Eisner que meu pai tem na biblioteca dele)
foi Como uma luva de veludo moldada em
ferro do Daniel Clowes, tem uma onda meio surrealista e uma narrativa
suspense pulp nonsense que me agradou muito.
3.
Como os
quadrinhos influenciaram sua vida?
Fazer quadrinhos me fez voltar a
desenhar e, ao desenhar e contar histórias (ou não), é uma experiência
incrível, eu me encontrei muito dentro disso.
4.
Na hora de
ler, qual gênero de HQ prefere?
Meu gênero favorito são
quadrinhos experimentais, que as vezes as pessoas nem classificam como
quadrinhos, mas são os que mais me interessam.
5.
Qual seu
quadrinho favorito? Por quê?
Não sei se eu tenho um quadrinho
favorito haha. Gosto muito do Baby Boom do Yuichi Yokoyama, também das histórias
da Amanda Baeza lá de Portugal, mas talvez o Hey Wait do Jason.
Baby Boom, Yuichi Yokoyama |
6.
Onde busca
inspiração para criar? (histórias pessoais, amigos...)
Não sei se busco inspiração para
criar, talvez se for encarado como uma busca contínua, como um estar aberto. Estou
sempre observando as coisas ao meu redor, às vezes uma ideia surge de apenas
uma imagem e a partir daí se desenvolve. Talvez seja algo de observar mais as
coisas que leio (textos de literatura, cinema, quadrinhos, arte, linguagem no
geral) que somam e geram uma inspiração.
7.
Na hora de
trabalhar/criar, tem alguma mania?
Hahaha, acho que tomar café e
procrastinar.
8.
Existe algum
tema que se recusaria a usar nos seus trabalhos? Por quê?
Não sei, porque depende do
trabalho e da forma como esse tema vai ser trabalhado.
Aumentar o Selo Piqui, talvez
tornar ele uma editora, estou com vários projetos de livros para fazer, também
tenho que formar na universidade hahaha
10.
Existe
preconceito por parte dos criadores/roteiristas/desenhistas de HQs?
Ah, sim. Existe um preconceito
escrachado que é quando diminuem os quadrinhos que são feitos por mulheres por
supostamente serem "coisas de garota", por serem sentimentais ou
serem de "dramas femininos", e usam isso como algo realmente
pejorativo. E existe também o famoso "clube do bolinha": os caras
chamam seus amigOs para trabalhos, para formar coletivos, para publicar juntos,
assim, fortalecendo a presença masculina, por exemplo: uma revista que só tem
histórias de homens é algo super normal e aceito, ninguém questiona(va) nada,
agora, se é uma revista só de mulheres já vem todo um preconceito e crítica em
cima.
11.
As mulheres
ainda sofrem preconceito por gostarem de quadrinho?
Hmm, por gostarem não sei, mas
por fazerem acho que sim.
12.
Como isso
pode mudar?
Isso já vem mudando, as mulheres
que produzem, pelo menos uma cena mais jovem, vem se conhecendo, conversando e
se incentivando a produzir, principalmente pela internet, assim surgem cada vez
mais quadrinistas mulheres reconhecidas.
13.
Algum recado
para os leitores?
Gente, vamos ler e comprar
quadrinhos nacionais! Vamos às feiras, eventos, encontros!
Nenhum comentário:
Postar um comentário