sábado, 11 de julho de 2015

ESPECIAL QUADRINHOS: Entrevista com Leo Bussadori do ENPE



Leo Bussadori, Diretor de Arte da Revista Planeta (Editora Três), do canal ENPE (E no próximo episódio) falou conosco!

No final da entrevista tem um dos vídeos do ENPE, confira!




1. Como e quando você começou a se interessar pelas HQs? Lembra qual foi o primeiro quadrinho que te cativou?

Arte sempre foi uma veia familiar. Vários artistas na família e com várias coleções de quadrinhos pra ler a cada visita na casa do primo. A que eu passava horas lendo e me fez amar quadrinhos até hoje foi Mortadelo e Salaminho, do Ibáñez. Na mesma prateleira, emendava com Asterix. Daí, para Tintim e drogas mais pesadas foi um pulinho.
 
2. Como os quadrinhos influenciaram sua vida?

Como quase todo mundo, comecei coleções intermináveis de Mônica e Cebolinha disputando espaço no armário com Disney. Depois vieram os heróis: quando o caminho artístico me levou pra redação de super-heróis da Abril, já estava tão familiarizado que era como viver ao lado de amigos de longa data.  Passei boa parte da vida profissional ao lado de ilustradores, redatores, diretores de arte sensacionais na redação da Abril e participando de momentos épicos do quadrinhos, como Crise nas Infinitas Terras.

3. Na hora de ler, qual gênero de HQ prefere?

Atualmente, estou relendo a coleção completa de Sandman, de Neil Gaiman. Mas preferido mesmo é humor.

4. Qual seu quadrinho favorito? Por quê?

Ainda sou viciado em Asterix e sempre dou uma aliviada nas tensões revendo os quadrinhos clássicos.

5. Trabalhar com cultura sempre foi um objetivo de vida?
 
Não vejo como objetivo, algo a se alcançar, mas como parte integrante da vida, do dia-a-dia, uma coisa que não dá pra viver sem. Se a cultura não te faz uma pessoa curiosa, se não te faz querer mais, sua vida vai ser uma coisa muiiito chata.



6. Quando e como começou a trabalhar na área?

Bom, tá respondido lá em cima... rs

7. Como surgiu o ENPE?
 
Conheci o Roosevelt na extinta Forbidden Planet, uma livraria no centro da cidade há mais de 20 anos. Séries de TV sempre foi a paixão dele e a pequena coleção de episódios raros (numa época onde apenas o VHS era a mídia existente) era uma diversão atrás da outra. Descbrimos aos poucos outras pessoas que gostavam do assunto e porque não fazer um fanzine que integrasse essas pessoas com o conhecimento que o Roosevelt tinha? Foi graças ao ENPE que virei um "fazedor de revistas"!

8. Como é trabalhar na “área nerd” hoje em dia?

Ser nerd hoje é fácil! Todo mundo assistiu Guerra nas Estrelas, Jornada nas Estrelas e vibrar com Vingadores é moleza. Na nossa época, dizer que ficava em casa vendo filmes repetidas vezes ou procurando episódios raros de Jeannie era coisa de quem tem poucos amigos e não se relaciona. A vantagem é que hoje somos os "veteranos", a fonte de conhecimento da cultura eletrônica. Mesmo na redação, sou chamado para opinar ou rever informações sobre assuntos da cultura nerd.

9. Algum trabalho mais marcante?

Definitivamente, o ENPE foi uma diversão nos anos 90 que abriu as portas para nossas profissões atuais e até mesmo atividades paralelas, como, no meu caso, a Memorabilia. Trazê-lo de volta na versão digital era obrigatório, não apenas pela diversão mas por ver que falta informação organizada, falta juntar esse pessoal que fica solitário em casa achando que só ele curte séries clássicas e que tem muito mais a trocar do que mensagens no celular.

10. O que vem por aí?

Já fizemos nosso primeiro encontro de amigos numa tarde de hamburguers e assados! Mais importante que ter uma coleção de vídeos em casa é ter amigos divertidos e momentos inesquecíveis falando de nossas paixões. Mais encontros virão! Isso nos deixa sempre com mais vontade de gravar os novos episódios do ENPE.

11. Algum recado para os leitores?

Quadrinhos é um mundo ilimitado. Não carece de dinheiro para efeitos especiais, mas de boas histórias e bons leitores. O mundo eletrônico hoje permite que vc conheça um universo infinito de autores e ilustradores e, até mesmo, troque ideias com eles. Faça isso! Elogie (principalmente!!) seu artista favorito, critique (com inteligência!) sempre que achar que deve e COMPRE seus trabalhos!! Seja na forma digital, seja na impressa, seja dando uma força naquele crowdfunding do cara desconhecido mas com um traço incrível com história maluca. Seja você o responsável por um artista crescer, evoluir, se tornar um dos grandes mestres dos quadrinhos do futuro.







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