Tem uma tirinha da Mini-Má ao estilo Como eu realmente,
no momento que eu recebi o email... Espero que gostem!
Fernanda Nia
é uma publicitária e ilustradora carioca aficionada desde cedo por livros e
histórias em quadrinhos. Começou seu trabalho autoral em 2011, ao criar o site Como eu realmente. Desde então, concilia
sua carreira como freelancer nas áreas de comunicação e ilustração com as
aventuras de Niazinha e Srta. Garrinhas, que em 2014 começaram uma série de
livros publicados pela Editora Nemo.
Contato
Todas as infos dos livros aqui:
http://www.comoeurealmente.com/p/livros.html
1.
Como e quando você começou a se interessar pelas Hqs?
Leio quadrinhos
desde que me entendo por gente. Não sei como começou o interesse, mas
provavelmente foi vendo animes na televisão. Me lembro como se fosse ontem o
primeiro quadrinho que comprei sem ser turma da Mônica, um Dragonball número 6.
Depois, não parei mais.
2.
Lembra qual foi o primeiro quadrinho que te cativou?
Opa, acho que
respondi isso sem querer já, hahaha. O primeiro que comprei foi Dragonball. Mas
saiu mais ou menos na mesma época que Sakura Card Captors, pelo qual eu também
era apaixonada. Cansei de copiar os desenhos e os figurinos das páginas nos
meus cadernos, quando eu tinha uns dez anos.
3.
Como os quadrinhos influenciaram sua vida?
Primeiro que me
estimularam a desenhar e me transformar na profissional que sou hoje, inclusive
possibilitando minha carreira no ramo. Segundo que a leitura também expandiu
muito meus horizontes culturais e me enriqueceu como pessoa.
4.
Na hora de ler, qual gênero de HQ prefere?
Sempre gostei muito
de mangás, mas, hoje em dia, gasto mais tempo com webcomics e material
independente, principalmente brasileiro.
5.
Qual seu quadrinho favorito? Por quê?
Não tenho um
favorito, uma vez que os estilos são diferentes demais para serem comparados.
Gosto de Guerreiras Mágicas de Rayearth tanto quanto gosto de Orange, do
Benjamin.
6.
Onde busca inspiração para criar?
Na temática, minha
inspiração pode ser literalmente qualquer coisa. Muitas das ideias de tirinhas
tiro do meu cotidiano. Como inspiração visual, acompanho o trabalho de diversos
grandes artistas mundiais, e às vezes perco horas em galerias de ilustrações no
Deviantart. Tudo me inspira.
7.
Na hora de trabalhar/criar, tem alguma mania?
Hum, não, acho que
não. Só preciso do computador e minha tablete.
8.
Existe algum tema que se recusaria a usar nos seus
trabalhos? Por quê?
No Como eu
realmente, limito os temas abordados por às vezes não se adequarem ao público
ou ao universo das tirinhas. Mas para outros trabalhos, pessoalmente, não tenho
muitos tabus.
9.
O que vem por aí?
Já estamos pensando
em novas edições do Como eu realmente, e quem sabe eu parta para o universo de
prosa também. Fora isso, participarei de uma série de eventos e encontros
literários nos próximos meses, como Bienal do RJ, FIQ e CCXP. Estou ansiosa!
10. Existe
preconceito por parte dos criadores/roteiristas/desenhistas de Hqs?
Às vezes existe
preconceito com relação ao material sim. Quadrinhos femininos ou delicados são
considerados subquadrinhos por alguns, já que o machismo (ainda amplamente
disseminado no universo de quadrinhos) de inferiorização dessas temáticas.
11. As
mulheres ainda sofrem preconceito por gostarem de quadrinho?
Hoje, tem diminuído
bastante. Não acho mais que as mulheres têm vergonha de dizer que gostam. Mas
sim, ainda sofrem preconceito. Tem sempre os homens que questionam a sua
posição ou o seu conhecimento, dizendo que é “só para chamar atenção”, ou que
as objetificam, sexualizam ou as julgam pela aparência. Eventos estilo
comic-con são bem marcados pelo assédio às mulheres. E também tenho a impressão
que o público nerd não é tão inclusivo quanto imaginávamos. Tanto que surgem
sempre diversas reclamações de homens indignados quando algum quadrinho tenta
diversificar seus personagens para agradar a um público mais amplo, como o
feminino.
12. Como
isso pode mudar?
Com muita conversa
para ensiná-los a ter empatia. Isso se consegue, a meu ver, de duas formas: com
o próprio público feminino mostrando que também é digno e que deve ser
respeitado, e com as histórias em quadrinhos trabalhando seu conteúdo com cada
vez mais personagens tridimensionais de outros gêneros, para ensinar aos
leitores sobre como é a vida do próximo, e como é linda a nossa diversidade.
13. Algum
recado para os leitores?
Obrigada pela
leitura! Se quiserem continuar a conversa, é só passarem lá no site ou nas
minhas redes sociais. Até lá!
Nia, muito obrigada pelo carinho! |
Foi um prazer estar aqui com vocês, queridos! E adorei, a tirinha, Marcia, HAHAHAHAH. Sim, eu já te disse isso, mas quero repetir. <3
ResponderExcluirBeijos!