terça-feira, 14 de julho de 2015

ESPECIAL QUADRINHOS: Entrevista Fernanda Nia - Como eu realmente




Tem uma tirinha da Mini-Má ao estilo Como eu realmente,
no momento que eu recebi o email... Espero que gostem!



Fernanda Nia é uma publicitária e ilustradora carioca aficionada desde cedo por livros e histórias em quadrinhos. Começou seu trabalho autoral em 2011, ao criar o site Como eu realmente. Desde então, concilia sua carreira como freelancer nas áreas de comunicação e ilustração com as aventuras de Niazinha e Srta. Garrinhas, que em 2014 começaram uma série de livros publicados pela Editora Nemo.

Contato



Todas as infos dos livros aqui: http://www.comoeurealmente.com/p/livros.html

1.     Como e quando você começou a se interessar pelas Hqs?

Leio quadrinhos desde que me entendo por gente. Não sei como começou o interesse, mas provavelmente foi vendo animes na televisão. Me lembro como se fosse ontem o primeiro quadrinho que comprei sem ser turma da Mônica, um Dragonball número 6. Depois, não parei mais.

2.     Lembra qual foi o primeiro quadrinho que te cativou?

Opa, acho que respondi isso sem querer já, hahaha. O primeiro que comprei foi Dragonball. Mas saiu mais ou menos na mesma época que Sakura Card Captors, pelo qual eu também era apaixonada. Cansei de copiar os desenhos e os figurinos das páginas nos meus cadernos, quando eu tinha uns dez anos.

3.     Como os quadrinhos influenciaram sua vida?

Primeiro que me estimularam a desenhar e me transformar na profissional que sou hoje, inclusive possibilitando minha carreira no ramo. Segundo que a leitura também expandiu muito meus horizontes culturais e me enriqueceu como pessoa.

4.     Na hora de ler, qual gênero de HQ prefere?
Sempre gostei muito de mangás, mas, hoje em dia, gasto mais tempo com webcomics e material independente, principalmente brasileiro.

5.     Qual seu quadrinho favorito? Por quê?

Não tenho um favorito, uma vez que os estilos são diferentes demais para serem comparados. Gosto de Guerreiras Mágicas de Rayearth tanto quanto gosto de Orange, do Benjamin.

6.     Onde busca inspiração para criar?

Na temática, minha inspiração pode ser literalmente qualquer coisa. Muitas das ideias de tirinhas tiro do meu cotidiano. Como inspiração visual, acompanho o trabalho de diversos grandes artistas mundiais, e às vezes perco horas em galerias de ilustrações no Deviantart. Tudo me inspira.

7.     Na hora de trabalhar/criar, tem alguma mania?

Hum, não, acho que não. Só preciso do computador e minha tablete.

8.     Existe algum tema que se recusaria a usar nos seus trabalhos? Por quê?

No Como eu realmente, limito os temas abordados por às vezes não se adequarem ao público ou ao universo das tirinhas. Mas para outros trabalhos, pessoalmente, não tenho muitos tabus.

9.     O que vem por aí?

Já estamos pensando em novas edições do Como eu realmente, e quem sabe eu parta para o universo de prosa também. Fora isso, participarei de uma série de eventos e encontros literários nos próximos meses, como Bienal do RJ, FIQ e CCXP. Estou ansiosa!

10.  Existe preconceito por parte dos criadores/roteiristas/desenhistas de Hqs?

Às vezes existe preconceito com relação ao material sim. Quadrinhos femininos ou delicados são considerados subquadrinhos por alguns, já que o machismo (ainda amplamente disseminado no universo de quadrinhos) de inferiorização dessas temáticas.

11.  As mulheres ainda sofrem preconceito por gostarem de quadrinho?

Hoje, tem diminuído bastante. Não acho mais que as mulheres têm vergonha de dizer que gostam. Mas sim, ainda sofrem preconceito. Tem sempre os homens que questionam a sua posição ou o seu conhecimento, dizendo que é “só para chamar atenção”, ou que as objetificam, sexualizam ou as julgam pela aparência. Eventos estilo comic-con são bem marcados pelo assédio às mulheres. E também tenho a impressão que o público nerd não é tão inclusivo quanto imaginávamos. Tanto que surgem sempre diversas reclamações de homens indignados quando algum quadrinho tenta diversificar seus personagens para agradar a um público mais amplo, como o feminino.



12.  Como isso pode mudar?

Com muita conversa para ensiná-los a ter empatia. Isso se consegue, a meu ver, de duas formas: com o próprio público feminino mostrando que também é digno e que deve ser respeitado, e com as histórias em quadrinhos trabalhando seu conteúdo com cada vez mais personagens tridimensionais de outros gêneros, para ensinar aos leitores sobre como é a vida do próximo, e como é linda a nossa diversidade.

13.  Algum recado para os leitores?

Obrigada pela leitura! Se quiserem continuar a conversa, é só passarem lá no site ou nas minhas redes sociais. Até lá!


Nia, muito obrigada pelo carinho!

Um comentário:

  1. Foi um prazer estar aqui com vocês, queridos! E adorei, a tirinha, Marcia, HAHAHAHAH. Sim, eu já te disse isso, mas quero repetir. <3
    Beijos!

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