terça-feira, 7 de julho de 2015

ESPECIAL QUADRINHOS: Entrevista Maurício Muniz







A Divulgação Cultural conta com uma série de pessoas interessantes, esta semana entrevistei algumas delas e já começamos com Maurício Muniz, responsável pela Mundo Nerd! Semana passada aconteceu o lançamento da Mundo Nerd Terros e nós estávamos lá!






Maurício Muniz é jornalista e editor de livros e quadrinhos. No meio da década de 1990, foi colunista da revista Wizard, da editora Globo. Em 1997, passou a editar quadrinhos para várias editoras e, entre as séries nas quais trabalhou estão Sandman, Sin City, Preacher, Star Wars, Hellblazer e Transmetropolitan. Foi responsável por trazer ao Brasil alguns dos quadrinhos mais aclamados dos últimos anos, como A Liga Extraordinária, Authority, Planetary, Tom Strong, Halo Jones, Zenith e O Corvo. É colaborador da revista Mundo dos Super-Heróis, produz revistas e quadrinhos institucionais e edita os álbuns da Gal Editora, como Fracasso de Público, Filósofos em Ação e Invasão dos Mortos. É coautor do livro Vampiros na Cultura Pop, da Editora Europa, além de ser editor da revista Mundo Nerd.



Pequena amostra da biblioteca pessoal
1.               Como e quando você começou a se interessar pelas HQs?

Desde criança, mas não lembro um momento específico. Meu herói da infância era o Batman, devido ao seriado dos anos 1960, e ele pode ter influenciado meu interesse em HQs.

2.               Lembra qual foi o primeiro quadrinho que te cativou?

Meu primeiro gibi foi um da Turma da Mônica, mesmo antes de saber ler, aos quatro ou cinco anos. Alguém me deu, alguém leu pra mim as histórias e decorei tudo, daí ficava contando pras pessoas – tão literalmente, me disseram, que até parecia que eu sabia ler. Acho que poderia dizer que foi esse o primeiro que me cativou. Mas os primeiros que me fizeram apaixonar por essa mídia foram os quadrinhos da Marvel e da DC que eu li quando criança, publicados por editoras como Ebal, Bloch, Abril etc.

3.               Como os quadrinhos influenciaram sua vida?

Boa pergunta. Talvez me influenciaram ensinando os bons exemplos dos super-heróis e esse tipo de coisa brega que ninguém gosta de admtir abertamente. Hahah. Mas influenciaram ao me dar uma carreira, quando me tornei jornalista especializado na área, depois tradutor, depois editor e assim por diante.

4.               Na hora de ler, qual gênero de HQ prefere?

Ainda gosto dos super-heróis, mas amo cada vez mais os quadrinhos independentes de vários gêneros: mistério, terror, ficção científica, humor, espionagem, quadrinhos “pé no chão, sobre pessoas normais e outros.

5.               Qual seu quadrinho favorito? Por quê?

Essa resposta muda de tempos em tempos. Hoje, eu diria que há um empate entre A Liga Extraordinária, de Alan Moore e Kevin O’Neil, por misturarem tão habilmente vários personagens da literatura fantástica em uma história empolgante; e Love and Rockets, de Gilbert e Jaime Hernandez, que fala sobre pessoas reais com humor, drama e de maneira mais que inteligente.


6.               Quando e como começou a trabalhar na área?

Entrei na área por volta de 1995, escrevendo para algumas revistas especializadas em quadrinhos, como a Herói e a Wizard, da editora Globo. Depois, me tornei tradutor da Metal Pesado e, em seguida, editor da Metal Pesado.

7.               Trabalhar com HQ/cultura sempre foi um objetivo de vida?

Acho que inconscientemente, sim. Ao menos desde que assisti o filme Caçadores da Arca Perdida e decidi que queria trabalhar com entretenimento, aos 13 anos.

8.               Como surgiu a Mundo Nerd?

Em um bate-papo com o Manoel de Souza, que é editor da Mundo dos Super-Heróis, ele perguntou se eu não gostaria de trabalhar com ele para criar uma revista sobre cultura nerd. Topei e fazemos a revista juntos desde então.


9.               Como é trabalhar na “área nerd” hoje em dia?

É interessante, porque a cultura nerd parece ter se difundido e hoje as pessoas parecem gostar mais e mais de nerdices. Então, quando digo que faço uma revista para o público nerd, as pessoas têm uma ideia do que é. Se fosse há 10 anos, seria diferente, talvez. Do ponto de vista pessoal, é um prazer, já que os temas nerds são, em grande parte, a alegria da minha vida.

10.            Algum trabalho mais marcante?

Tenho orgulho em ter trazido ao Brasil séries em quadrinhos como A Liga Extraordinária, Fracasso de Público, O Corvo, Mundo Fantasma, Astro City, Authority, Planetary... e por editar a Mundo Nerd, claro.

11.            O que vem por aí?


Mais nerdices. Uma nova coleção de especiais da Mundo Nerd, outras traduções pra Abril e mais alguns títulos de quadrinhos pela Gal Editora, pra quem trabalho. Além disso, tem o blog O Pastel Nerd, no qual eu e outros profissionais do mercado editorial nos unimos pra apresentar matérias sobre o universo geek.

12.            Algum recado para os leitores?

 Nunca deixem de gostar do mundo da fantasia e da aventura. É isso que dá direção à vida e alivia as dores deste mundo insano em que vivemos.

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