Feliz
dia 21/10/2015! Para muitos nerds o dia é incrível! Marcado por muita
coisa boa desde 1984! Graças a Doc Brown e Martin McFly, que trouxeram
uma ideia do que seria o futuro.
Sei que estou atrasada com vocês, mas escrevi um sonho que tive e hoje é o dia perfeito para publicá-lo!!!
Espero que gostem! Deixem comentários, please!!!
SONHO COM TUDOJUNTOMISTURADO
Eu estava em uma CON da vida, quando parei em um stand cheio de nerdices. A responsável estava com uma cara de entediada. Parei ali para ficar babando nas peças: milhares de HotWheels edições especiais, HQs que poucos haviam visto ao vivo, mas muitos comentavam, acessórios... Eu admirei um casaco antigo feito de (tweed?) marrom que estava li, como sendo uma peça comum, sem proteção alguma, mas me deu um calor no coração por me lembrar Dele! Era muito igual. Nas mesas, estas protegidas, vi alguns sabres de luz e chaves de fenda sônica misturadas, como se fossem tubinhos ou canetas diferentes – ahhh esses meros mortais ingênuos...
Quando vi que a “dona entediada” era uma antiga amiga de escola, papeamos um pouco sobre as lembranças da época. Ela comentou que estava ali só porque o namorado não conseguiria chegar a tempo e ela se ofereceu para organizar tudo. Ela pegou algumas coisas da coleção dele e montou a mesa coloridinha como ele montaria. Eu resolvi ajudar a separar sabres de chaves de varinhas, mal sabia ela qual a importância de cada peça ali. Por Odin, ela havia feito a maior bagunça!
Terminamos, ela agradeceu e fui tirar algumas fotos. Foi aí que tudo degringolou... Ela tinha um cubo que se assemelhava a um Tessaract, lindo e perfeito, que reagia estranhamente ao flash da minha câmera. Quando eu tirei a foto sem flash, ele pareceu ser a fonte de luz que me faltava para uma melhor qualidade na imagem. Porém foi além: suas luzes mudavam conforme eu fotografava, formando um padrão. Ela, claro, não deu bola quando eu mostrei as imagens na tela do celular, mas aproveitou que eu estava ali me divertindo para ir ao banheiro, deixando o stand sob meus cuidados. Me realizei e fiquei um bom tempo ali, fotografando tudo em paz.
Só então algo chamou minha atenção por trás da mesa: uma maleta prateada – semi envolta em uma toalha bordada com 42 – parecia implorar para ser aberta. Não resisti e me estiquei para alcançá-la.
Clic. Trancada...
Clic. Ainda trancada...
Clic, clic, clic, clic... Eu queria abri-la a qualquer custo e estava quase apelando para Mjölnir, mas acabei dando ouvidos ao meu lado nerd, pois sabia que não era digna de erguê-lo. Peguei uma chave de fenda sônica e, enquanto ria da minha própria razão, apontei-a para a fechadura. Após alguns instantes zunindo, a maleta abriu.
Sim! Ela abriu! O cubo havia começado a pairar por perto, mas o mais interessante ainda estava por vir... De dentro da maleta, saíram simplesmente: Doc. Brown, um outro doutor que não deve ser nomeado e um tal de Szalinski. Saíram andando e falando, em suas versões de 15 centímetros.
- Por Scott! O que houve?
- Acho que tivemos alguns problemas com a máquina do baixinho, aí...
- Onde estamos? Quando estamos?
- Quem comeu a minha banana?
- Isso é impossível! Não se fazem mais viagens como antigamente...
- Sabia que ser miniaturizado pela máquina do Szalinski seria uma má idéia... mas nãããããoooooo, vocês insistiram!
Quando deram conta que eu estava acompanhando o papo, olharam em volta.
- Era para ser um trabalho de ciências do meu filho. Era importante demais! Eu sei que precisava ter mais precauções quando vocês dois apareceram! Aliás, apareceram só porque deu vontade de um café? Como me acharam?
- Elementar, meu caro. – Disse uma figura de capa, chapéu e cachimbo – Houve uma perturbação na curva espaço-temporal que foi sentida à uma grande distância! Eu mesmo vim de Londres para investigar.
- Está nos seguindo desde quando? Foi atingido pela máquina também?
- Não, apenas comi um cogumelo estranho, derrubado por uma loirinha de vestido azul que corria atrás de um coelho.
- Oi, alguém está me vendo? O que aconteceu aqui? Esses CGs estão se superando! Acho que essa era a idéia do namorado dela ao fazer a maleta!
- Como assim? Esse era para ser o trabalho do meu filho!
- Querida, que dia é hoje?
- 21 de Outubro de 2015, claro.
- 21 de Outub...por Scott! Rápido, peguem seus pertences! Isso vai ser incrível!Ao ver todos correndo pelas vitrines, comecei a me levantar e olhar ao redor. Parecia impossível que com essa bagunça toda, não se formava um aglomerado de nerds. Quando um deles me chamou a atenção.
- Qual seu nome?
- Rose.
- Rose, obrigada por ter tornado isso possível, não sei como sairíamos da maleta sem você. Agora temos que ir.
- Não mesmo, Sherlock! Eu quero saber tudo que está acontecendo aqui.
- Então vá, pegue o que achar necessário, eu espero você aqui para partirmos.
- Um de vocês vem comigo por garantia!
Agarrando o “Doutor que não deve ser nomeado” pela gola do casaco, fui escolher meus itens.
- A chave de fenda e uma daquelas coisas compridas ao lado...
- Sabre de luz?
- Isso mesmo, escolha um deles. Não temos muito tempo...
- Varinha, anel verde, kriptonita, toalha...
- Nada para comer?
- Feijõezinhos de todos os sabores e bolos de caldeirão.
- Nenhuma banana à vista?
Estávamos quase voltando, quando falamos juntos:
- O casaco!
- Agora corra, Rose!
Voltando para a maleta, deixei o Doutor e nos unimos aos outros. Doc Brown explicou em poucas palavras que alguém fora responsável por prendê-los ali após miniaturizá-los, pois sabia que a data era importante demais para as realidades se misturarem, trazendo implicações espaço-temporais potencialmente catastróficas. Sherlock pediu que eu pegasse um HotWheels que estava exposto e tirasse da embalagem. Isso partiu meu coração, ahh o som de rasgar aquele invólucro sagrado.
- Agora, segure o cubo.
- Por que?
- Ele é nosso combustível. Vamos miniaturizar você.
- Como assim, Sherlock?
- Elementar minha cara, é só usar a varinha e usar o feitiço certo.
- Por que ela não nos volta ao tamanho normal, então?
- Por Scott! – disse Doc Brown com a mão na testa – Não tinha pensado nessa possibilidade!
Peguei todos, colocando-os na maleta juntamente com seus pertences e os itens que eu escolhi, saí do prédio direto para um beco. Um homem de capa amarela nos seguia, mas não dei bola. Reuni todos no chão e lancei um feitiço
- Engorgio!
Quando dei por mim, estavam todos do meu tamanho. Inclusive os HotWheels que eu levei para lá. Deram um jeito de passar o DeLorean pelas portas da Tardis e logo estavam todos naquela caixa azul. O Doutor estendeu a mão para mim, em um convite irrecusável, dizendo simplesmente:
- Venha, Rose!
Olhei em volta e reparei que não havia nada a perdes, seguindo os heróis nessa aventura. Ao entrar ouvi o debate.
- Para quando? Para onde?
- Podemos ir ao futuro...
- Não, já estive lá. Muito chato.
- Que tal 300 anos no passado?
- Nahh, as músicas eram terríveis.
- Rose?
Todos se viraram para mim, aguardando uma resposta.
- Podemos tentar o futuro, temos combustível para quanto tempo?
- Com essa belezinha aqui? Muitas e muitas viagens! – Disse Szalinski erguendo o cubo.
- Então não importa, passado ou futuro. Não importa. Vai ser uma ótima aventura!
O homem de capa amarela entrou na cabine conosco, retirou o chapéu à La Tracy e disse somente “É apenas lógico”, fazendo uma saudação Vulcana, que foi repetida por todos, como boas vindas.
Depois de apertar, girar, zunir e zunir mais ainda, a cabine azul sumiu do beco, com gritos de comemoração. Deixando para trás qualquer rastro de normalidade e vida comum que eu conhecia até então.
Allonsy!
Texto por Marcia Lins Zotarelli :)
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