Em
21 de outubro último aconteceu a Jedicon São Paulo edição 2017, um evento muito
especial graças às comemorações pelos 40 anos da estreia de Guerra nas Estrelas
Episódio IV – Uma Nova Esperança. Sim, entreguei a idade ao escrever aqui o
título original em bom português, antes que os “gênios” do marketing decidissem
que o melhor era uniformizar em todas as línguas. Bem, Jornada nas Estrelas
segue o mesmo caminho, infelizmente, tudo é Star Trek, e devem ser muitos os
fãs que não têm ido conferir os filmes ultimamente por isso.
Bem,
em um país onde já ouvi de um funcionário de megastore “sabe como é, é muito
Star, Star Trek, Star Wars, Stargate”... Enfim! Foi um grande prazer estar no
estande dos autores com Giulia Moon e Walter Tierno, além da presença também do
sempre atuante Eddy Khaos. O evento teve até Jornal da Jedicon, e os
participantes ganhavam ainda pôsteres com a belíssima arte de Luke Ross,
artista de mão cheia com quem conversamos rapidamente durante a festa.
Uma
coisa bacana foi a quantidade de meninas de várias idades vestidas como a Rey,
incluindo as amigas Judith Arantes e Marcia Anasazi. Infelizmente não vi
nenhuma como Jin Erso, mas o melhor filme Star Wars do século foi bem
representado por um sensacional Chirrut Imwe, que inclusive venceu o concurso
de fantasias, além do sensacional Baze Malbus de nosso grande amigo Roberto
Moriama, um dos mais versáteis cosplayers do Brasil! Já o vi de Predador
(quando quase me fatiou em um
Dia do Fã, hehehehe), Trooper e Japonês da Federal, este
último aplaudido de pé no Dia do Fã de 2016, se é que me entendem.
Ah,
estão se perguntando? Sim, Rogue One é o melhor filme Star Wars desde 1983, com
certeza!!! Entre tantas qualidades, a Estrela da Morte aparecendo em todas as
ocasiões é aterrorizante, enquanto o Starkiller é somente uma afronta às leis
da Física. E é básico na criação literária e cinematográfica (tenho experiência
na primeira, e menos na segunda) dar um certo backgroud ao personagem. Alguém
me explica então como, sendo filho da Leia e do Han, aquele mimizento do Kylo
Ren virou um... mimizento? O melhor do filme é descobrir que existem Troopers
com cérebro, foi sensacional ver aqueles dois perceberem o ataque de chilique
do outro e darem meia volta! Até o Jar Jar Binks é mais bem resolvido, pô!
Treta,
treta, treta!
Bom,
voltemos ao evento. Estandes com inúmeras opções, colecionáveis, artes, livros,
quadrinhos, bugigangas nerds e tudo que se pode encontrar no evento mais nerd
da Paulicéia! Só lamento que diante de tantas opções em bonecos Funko os
preços nem façam menção de cair. Pois é, isso é a ação do grande monstro que
interfere indevidamente em nossas vidas e nos deixa mais pobres com seus
impostos, não é mesmo? Assim temos um perverso mecanismo que impede o
funcionamento da básica lei do bom e velho capitalismo, aquela da oferta e
procura. Com tanta oferta, os preços deveriam ficar mais camaradas, mas...
Infelizmente dos Mini Pop, os chaveiros, havia poucas opções, e caras. De
destacar uma sensacional e grande caixa Funko com Jabba, Leia Slave e Crumb, e
fico feliz que a Funko não se rendeu à certa patrulha que quer acabar com nossa
liberdade de amar nossa Princesa Leia.
Mas
em termos de livros e quadrinhos as opções estavam mais equilibradas, e a Comix
tinha inclusive os fabulosos encadernados capa dura da Disney com belos
descontos. Pena não poder aproveitar, pois na semana seguinte iria sair o
Autorama – Manual do Automóvel, mais um a resgatar a memória dos magníficos
Manuais da Disney (dos quais em breve falaremos novamente aqui, claro).
Fantasiados,
que mais? Ah, claro, um rapaz estava como Luke montado em seu tauntaun, e
presenciamos o trabalho fantástico que foi ele se preparar, merece os maiores
parabéns! Havia um pequeno Luke em seu tauntaun também, é emocionante ver a
próxima geração de fãs e nerds sendo formada, pais, vocês estão fazendo seu
trabalho certo! Uma garota estava circulando com uma grande marionete de K-2SO,
o droide mais sarcástico e divertido da galáxia, vimos circulando alguns
Guardas Vermelhos, e como sempre ele, Darth Vader, é a atração principal,
parando o tráfego nos corredores e juntando uma multidão para tirar fotos.
As
atrações no palco, como sempre, variadas, divertidas e sensacionais. Um
bate-papo com crianças a respeito do Episódio VII? Muito legal! Pena não ter
acompanhado a apresentação de Flávio Teixeira, artista da Maurício de Sousa
Produções, autor de Coelhada nas Estrelas, a melhor sátira e homenagem a Star
Wars do Universo, mas sei que foi estupenda. Por sinal ainda aguardamos as
sequências de Coelhada para o Futuro e Senhor dos Pincéis dentro da coleção
Clássicos do Cinema da Turma da Mônica, falou?
E
no palco não poderia ter faltado a mais que merecida homenagem à inesquecível
Carrie Fisher, claro!
Fiquei
maravilhado, como amante desde sempre de miniaturas, com uma maravilhosa
Millennium Falcon de mais de um metro, incrivelmente detalhada. Visitamos as
salas de nossos amigos do Battlestar Galactica e do Star Trekkers, e outras
fantasias de que gostei muito foram uma Padmé e um Anakim com um R2-D2 feito de
papelão. E o primeiro que falar cospobre eu arrebento, vai fazer o seu antes de
criticar o trabalho dos outros! Por sinal, um Homem-Aranha Jedi estava bem
divertido. A Hasbro estava com uma exposição quase ao lado de nosso stand de
autores, e por vezes ficávamos devaneando diante dos belos colecionáveis.
Falando em stand de autores, me bateu uma imensa nostalgia da edição 2010
quando, por minha iniciativa, consegui que os amigos do Conselho Jedi SP nos acolhessem,
nós autores fantásticos, em uma enorme mesa logo na entrada do evento. Muitos
autores estiveram presentes na ocasião, e todos os livros lançados no evento
esgotaram. Tivemos até bate-papo no palco, e estar no palco da Jedicon, posso
afirmar com certeza, é algo emocionante e inesquecível!
Bons
tempos...
Os
troopers estavam em profusão, como sempre, e um momento muito divertido foi
vê-los acompanhando o ritmo da música de outro amigo, Caio Gaona, também
conhecido como Geek Batera. Sua interpretação de inúmeros temas de vários
universos de nossa boa, velha e querida Ficção Científica é sempre um show à
parte! Como um show que sempre acontece é a convivência pacífica entre os
vários fãs de vários universos, então não causa estranheza ver uma Leia Slave ou
uma Padmé caírem nos braços de um Comandante Rikker, de Jornada nas Estrelas –
A Nova Geração. Como sempre, nossas “torcidas organizadas” nerd dão um exemplo
de convivência bem dentro do ideal vulcano do IDIC, Infinita Diversidade,
Infinita Combinação. A sociedade lá fora bem que poderia aprender conosco...
Assim
foi mais uma Jedicon, um evento já tradicional que acontece desde 1999, onde o
melhor de tudo é encontrar os amigos e ter aquele papo nerd ao vivo. Poucas
coisas podem ser melhores do que isso. O pessoal do Conselho Jedi SP está de
novo de parabéns, e estamos já na contagem regressiva para a Jedicon 2018.
E
claro... que a Força esteja com vocês, hoje e sempre!
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