sábado, 2 de junho de 2018

Cultura pop e a causa LGBT


Com a chegada da parada LGBT em São Paulo no próximo domingo, o grupo Omelete mandou uma lista de sete vezes em que a cultura pop apoiou a causa LGBT.

Maaaaas nós do Corujice Literária gostaríamos de adicionar mais algumas. Portanto aqui vão nossas três contribuições para a lista do Omelete.






Estavam com saudades da MiniMá? Ela vai voltar a aparecer mais aqui no blog!
  

8- George Takei


O ator, mais conhecido pelo personagem Hikaru Sulu em Jornada nas Estrelas, tem há muito tempo defendido direitos iguais e a diversidade sexual. Sempre com muito bom humor, como quando leu trechos do livro “50 tons de cinza”.


Vale destacar o fato de que Sulu foi mostrado como gay no mais recente Star Trek, visto que está estabelecido que o personagem foi casado e tem uma filha, Demora Sulu (Jacqueline Kim), que no filme Generations ocupa o posto de Timoneira da Enterprise B.


Porém, o próprio Takei foi um dos que criticaram esse fato, em vista de o passado do personagem estar bem estabelecido.




9- Buffy, A Caça Vampiros


Na quarta temporada a melhor amiga da protagonista, a bruxinha Willow (Alyson Hannigan de “How I met your mother”) iniciou um relacionamento com Tara (Amber Benson). As meninas protagonizavam cenas muito românticas em pleno final dos anos 90, em uma série que também marcou época pelo protagonismo feminino, com a principal personagem Buffy (Sarah Michelle Gellar). Após o desaparecimento de Tara, Willow chegou a ser vilã da sexta temporada, e depois arrumou outra namorada no apoteótico final da série.




10- Star Trek

A série foi pioneira na defesa das liberdades e da diversidade. Em 1966, quando estreou, em plena Guerra Fria, trazia um russo (Chekov) na ponte de comando, e Uhura, uma mulher negra como oficial de comunicações, em plena época de luta pelos direitos civis. Aliás, deram o primeiro beijo inter-racial da TV americana no primeiro ano de A Nova Geração, em um episódio em que a tripulação da Enterprise-D perde as inibições, a oficial de segurança Tasha Yar seduz o andróide Data (isso que é diversidade!).


Star Trek: TV's First Interracial Kiss


Em Deep Space 9, Jadzia Dax protagonizou o primeiro beijo gay da série. No episódio Rejoined, da quarta temporada, Jadzia se encontra com a também Trill Lenara Kahn, e os simbiontes de ambas haviam tido um relacionamento enquanto estavam em seus hospedeiros anteriores. Depois de muito suspense, envolvendo a tradição da espécie, os sentimentos são liberados e elas se beijam, o que teve muita repercussão na época.




Discovery manteve o pioneirismo com o relacionamento entre o engenheiro Paul Stamets (Anthony Rapp) e o médico Hugh Culber (Wilson Cruz), como sempre em absoluta naturalidade.



11- Além de todos os personagens citados e os que possivelmente esquecemos de mencionar, vale lembrar que a cultura pop também atiça a criatividade dos fãs em fanfics (desenhos ou textos) que surgem cada vez mais pelo mundo. Entre eles só conseguimos lembrar de:
- Castiel e Dean (Supernatural)
- Batman e Robin
- Sherlock e Watson
- Soldado Invernal e Capitão América
- Mulder e Krycek (Arquivo X)
- Krycek e Skinner (Arquivo X)
- Alec e Malec (Shadowhunters)
- Harry Potter e Cedrico Digory

Agora sim, vamos à lista do pessoal do grupo Omelete.

 Sete vezes em que a cultura pop apoiou a causa LGBT


No próximo domingo, dia 03 de junho, acontece uma das maiores manifestações mundiais em prol da diversidade: a Parada do Orgulho LGBT de São Paulo. E o pessoal do site Omelete preparou uma lista para relembrar sete acontecimentos da cultura pop que apoiaram a causa.
Confira:

1 – Casamento homoafetivo nos quadrinhos
O primeiro super-herói abertamente homossexual dos quadrinhos, o Estrela Polar, apareceu na edição 51 de Os Surpreendentes X-men se casando com o seu namorado Kyle. Na HQ, eles se uniram em grande estilo em pleno Central Park, em Nova York, onde o casamento entre pessoas do mesmo gênero foi legalizado no mesmo ano, 2012.

A capa de Surpreendentes X-men 51 (Foto: Divulgação)

2 - Graphic Novel apoia vítimas de ataque homofóbico
Na noite do dia 12 de junho de 2016, o americano Omar Mateen, que disse agir em nome do grupo terrorista Estado Islâmico, entrou armado com um fuzil e uma pistola automática na boate LGBT Pulse, localizada em Orlando, nos Estados Unidos, e fez 49 vítimas, no que foi considerado o maior ataque a tiros da história do país. Meses depois, o quadrinista Marc Andreyko produziu a graphic novel Love is Love, com o objetivo de levantar fundos para as famílias das vítimas. O projeto foi premiado pelo Eisner Awards 2017 na categoria Melhor Antologia e estima-se que a obra arrecadou mais 200 mil dólares.

Capa Love is Love (divulgação)

3 – Sense8 na Parada de São Paulo
A série Sense8 (Netflix) foi cancelada, mas vai deixar um legado muito importante para a comunidade LGBT. A produção, que contava com personagens gays, lésbicas, bissexuais e transexuais, trouxe todo o elenco principal para a Parada do Orgulho LGBT de São Paulo em 2016, onde gravou algumas cenas e participou ativamente do protesto pelos direitos da comunidade. Além, é claro, de levar o público ao delírio.

Atores da série Sense8 na Parada Gay de São Paulo (Foto: Amauri Nehn / Brazil News)

4 – Ian McKellen e a representatividade gay no cinema
O ator Ian McKellen, que viveu o Magneto em vários filmes da franquia dos X-Men e Gandalf de Senhor dos Anéis, se assumiu gay publicamente há 30 anos e desde então se tornou um ativista pela representatividade LGBT em Hollywood. Recentemente, o ator fez declarações polêmicas em relação ao filme Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald, sobre o personagem Dumbledore (Jude Law) não ser explicitamente gay no filme. Na declaração ele disse: ..."Homens gays não existem (para Hollywood). 'Deuses e Monstros', eu acho, foi o início de Hollywood admitir que há gays, mesmo que metade de Hollywood seja gay", criticou ele. Ele também disse em entrevista que deseja ver um James Bond gay e acha que produções do gênero de super-heróis deveriam ter personagens LGBT.


(Foto: Associated Press)


5 – Oscar de Melhor Filme para Moonlight
Moonlight, dirigido por Barry Jenkins, foi o primeiro filme com um protagonista explicitamente gay a abocanhar a estatueta máxima da premiação em 2017. Dividido em infância, adolescência e fase adulta, o filme conta a história de um homem chamado Chiron (Alex R. Hibbert, Ashton Sanders e Trevante Rhodes) e seu processo de reconhecimento da própria sexualidade enquanto enfrenta paralelamente problemas ligados à segregação racial. Filmes sobre histórias LGBT chegaram a ser indicados à categoria, como Clube de Compras Dallas, Milk - A Voz da Igualdade ou O Segredo de Brokeback Mountain, mas historicamente se restringiram a ganhar categorias como Direção, Roteiro Adaptado ou, principalmente, prêmios de atuação para atores heterossexuais que assumiram personagens LGBT.

 
(Foto: ABC)

6 – RuPaul's Drag Race e a popularização da arte drag
Em sua 10ª temporada, além dos três especiais All Stars, o reality show comandado por RuPaul foi, ano a ano, se consolidando como um fenômeno de audiência da televisão e da internet. A estreia da 9ª temporada, por exemplo, foi assistida nos EUA por quase 1 milhão de pessoas e mais de uma centena de drag queens já passaram pela atração. A competição levou aos mais diversos públicos uma forma de expressão artística que, apesar de amparada em raízes muito antigas, foi criada pela comunidade LGBT como forma de subverter noções ligadas à masculinidade e à heteronormatividade compulsória.

 
(Foto: Divulgação LOGO)

7 – Personagem gay entre os cinco X-Men originais
Em 2015, na edição #40 da All-New X-Men, a versão mais jovem do Homem de Gelo, um dos cinco primeiros alunos do Professor Xavier, assumiu ser gay. O personagem foi enviado para o presente junto dos outros quatro companheiros originais (Ciclope, Fera, Anjo e Jean Grey) e a novidade, é claro, influenciou na vida do Bobby Drake adulto, que nunca havia revelado sua orientação sexual. Após a novidade, o personagem mais velho ganhou sua publicação solo - a primeira da Marvel centrada em um personagem LGBT - e deu seu primeiro beijo em outro homem na edição #6 de Homem de Gelo.

(Foto: Reprodução Homem de Gelo – edição 6)


Material para reprodução jornalística com o créditos para Omelete.com.br


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