Conforme
previmos no nosso Guia de Sobrevivência, chegamos ao Anhembi no sábado, 4 de
agosto, e de longe dava para ver o estacionamento lotado! Sim, por uma série de
fatores, entre os quais morarmos do outro lado da cidade, preferimos ir de
carro. Felizmente não aconteceu como o penúltimo dia da Bienal 2012, em que
este escriba foi autografar uma antologia (A Fantástica Literatura Queer Volume
Laranja da muito saudosa Tarja Editorial), e o estacionamento estava fechado,
pois não cabia mais carro nenhum! Nessa ocasião tive que estacionar do outro
lado da avenida Santos Dumont, ou seja, o exercício foi grande.
Enfim,
paramos, entramos como autores com nossos cadastros confirmados, e realmente
estava muito, muito, muito lotado! De novo lembranças do Guia da Sobrevivência,
e sem desistir jamais conferimos alguns estandes antes de a Má correr para a
primeira das filas de autógrafos, do Raphael Montes, da editora Companhia das
Letras. Eu dei algumas voltas por estandes próximos, depois voltei, entrei no
estande da Companhia e logo dei de cara com o maravilhoso A Máquina do Tempo da
Suma (mas esse fica para o post descrevendo o dia 9).
Ah,
sim, como não ficar maravilhado com o estande da Harper Collins? Em um canto a
maleta do Newt Scamander, de Animais Fantásticos e Onde Habitam (sim, adoramos
o filme ao contrário de uns poucos mimizentos por aí, e até adquiri o
livro-maleta, belíssimo, da própria Harper). Em outro canto, ainda melhor, a
fachada da casa do Bilbo, fazendo todo mundo se sentir no Condado! Mas
evidentemente as filas para fotos, em pleno sábado, estavam quilométricas, e
decidimos deixar para mais tarde.
A
Má conseguiu senha para autógrafos de Mauricio de Sousa e Ziraldo, e também
para o Marcio Sérgio Cortella. Como a hora se aproximava, decidimos que eu
permaneceria na fila do Moura, e ela iria garantir seu lugar nesses outros
compromissos. É bom ir à Bienal com par!
Depois
de uma longa fila finalmente o Raphael autografou o livro da Má, conversamos
rapidamente, batemos foto e eu logo fui ao encontro dela, encontrando-a na fila
do Espaço Bic. A fabricante de canetas esferográficas montou um enorme espaço
cercado, onde as pessoas lá dentro podiam sentar em pufes e acompanhar
palestras e apresentações em um palco. E como a cerca era baixa, as pessoas
foram igualmente podiam conferir o que os convidados diziam.
Demorou
um pouco, mas Ziraldo e Mauricio de Sousa apareceram, para delírio da multidão
que os aguardava. Falaram sobre livros, leitura, e o projeto em comum, MMMMM
(depois a Má confere o número exato de M's...), em que as turmas do Menino
Maluquinho e da Mônica se encontram.
É
sempre muito especial encontrar o grande Mauricio de Sousa, e lembro com
carinho quando compareci, em 2007, ao lançamento da Biografia em Quadrinhos, do
qual fiz a cobertura para o site Aumanack (abração para a Soleil e o Alan). Ele
é sempre uma simpatia, o que a Má pôde conferir e me contou depois, claro que
emocionada. É sempre muito especial se encontrar com uma figura tão extraordinária
quando o Mauricio, e o Ziraldo também!
Finalmente
fomos almoçar, lá pelas 16 horas, depois fui dar uma entrevista para meu amigo
Wendell Stein do canal Fórmula Nerd, e a Má correu para mais uma fila, dessa
vez do Cortella. A encontrei lá, ficamos papeando com outras pessoas, e eu me
lembrei que tinha que correr e comprar o presente dela! Daí saí de fininho e
fui ao estande da Aleph, que estava absolutamente lotado, e pior, bem diante de
uma coluna de sustentação do Pavilhão do Anhembi. Havia outra fila no estande
ao lado, e lógico que tinha gaiato querendo passar bem onde estávamos
aguardando.
Tem
gente que parece que faltou à aula de física onde se aprende que dois corpos
não podem ocupar o mesmo lugar no espaço simultaneamente. Depois de procurar na
mochila onde havia guardado a Manopla do Infinito, e lamentar não ter trazido
ao menos um dos livros do mestre Lovecraft para invocar o Grande Cthulhu (nesta
eleição não vote no mal menor, vote no mal maior de todos!), lembrei do Guia de
Sobrevivência, respirei fundo, pensei no número 42 e vamos que vamos.
Tudo
se resolveu, A Jornada do Escritor do Christopher Vogler na mochila, escondido
para a Má não ver até dia 9, mais uma fuçada com fotos na Aleph (a vitrine
deles estava ótima, vejam na nossa galeria de fotos), e retorno. O Cortella fez
uma excelente apresentação, mostrando como a filosofia nos ensina a pensar e
questionar (algo que faz muita falta no Brasil de hoje), e a Má entra no setor
de autógrafos, atrás do palco do Espaço Bic. Eu aguardo na Praça de Alimentação
lá perto, olhando o movimento e descansando os pés já doloridos.
A
Má retorna, e visitamos mais estandes. Ao longo do dia dei algumas voltas,
entrando aqui e ali em algum estande mais interessante. O da Panini,
infelizmente, não tinha qualquer notícia quanto à publicação dos quadrinhos
Disney, que algumas fontes afirmam ser uma certeza. É sério, bate uma tristeza
entrar em uma banca ou megastore e não ver, no espaço de quadrinhos,
personagens tão queridos como Donald, Tio Patinhas, Pateta, Mickey... A Panini,
por sinal, estava absolutamente abarrotada de gente, com destaque para O Maior
Gibi do Mundo, outra realização da Mauricio de Sousa Produções. Achei e conferi
o encadernado A Era de Ouro, que estava na minha lista de compras, porém o
achei muito pobre de extras, e como consegui em outro ano, no Festival Guia dos
Quadrinhos, os fascículos originais, preferi investir em outras coisas.
Lá
na Comix achei o livro descrevendo a carreira do grande Carl Barks e mais uns
quadrinhos Disney que queria, já de noite com a Bienal bem mais vazia tiramos
as fotos que queríamos no estande da Harper Collins. Visitamos os estandes da
Martins Fontes e da Federação Espírita, vimos mais algumas coisas, e
literalmente fechamos a Bienal, saindo quando já passava das 22 horas. Se
gostamos? Claro, que dúvida!
Mais fotos? É só clicar aqui.
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