Onde Kombi Alguma Jamais Esteve
Gilson Luis da Cunha
SINOPSE
E se o destino da espécie humana
dependesse de um octogenário moribundo, ranzinza e sem o ensino fundamental? A
má notícia: Agora depende. A boa: Ele é
um casca-grossa altamente motivado, dotado de uma tecnologia bilhões de anos
mais avançada do que a humana, de muito tempo livre, e da mais absoluta falta
do que fazer. Arrancado (contra sua vontade) das garras da morte e lançado num
conflito de proporções cósmicas, esse velho "mais grosso que dedo
destroncado" e que adora ser grosso, e seu amigo, um jovem estudante de
filosofia e da paranormalidade, terão que superar suas diferenças para vencer
diabólicos adversários, que já eram antigos quando a própria Terra era jovem,
antes que seja tarde demais...
O AUTOR
1) Fale um pouco sobre como foi
seu começo como autor.
Sempre fui fascinado por ficção
científica. No início dos anos 80, tentei escrever um romance no gênero. Mas a
história era fraca e, mais importante, os personagens não me convenciam. Me
faltava tanto experiência de vida quanto domínio da estética do gênero. Quando
entrei para a UFRGS, em 1986, vi um anúncio sobre uma antologia de conto e
poesia formada só por estudantes da universidade, a Escreva-se: Antologia
Universitária, da Ed da UFGRS. Foi nela que estreei, com dois contos, em 1987.
2) Quais suas principais
influências no desenvolvimento de sua narrativa?
São muitas. Mas destaco, em
língua inglesa, Douglas Adams, Harry Harrison e Robert Sheckley. No Brasil,
tenho uma grande afinidade com o estilo de Luis Fernando Veríssimo, Millor
Fernandes e Jovane Nunes.
3) A qual gênero literário você
se dedica e por quê?
Ficção científica, pois o
considero o mais completo, o mais versátil e universal. Nele podemos encontrar
todas as narrativas que encontramos na literatura mainstream, mas com uma
estética e um senso de encantamento que, frequentemente, está ausente da maior
parte dos textos “realistas”. Pode-se discutir a condição humana, do mesmo modo
que nas tramas tradicionais, mas com um leque infinito de possibilidades
narrativas.
4) Apresente seu livro e diga o
que o levou a se tornar autor com ele. Como faço para adquirir seu livro?
Onde Kombi Alguma Jamais Esteve é
uma comédia dramática de aventura. Conta a história de Alfredo, um motorista
aposentado, gaúcho do interior do Rio Grande do Sul, que, graças a um
experimento paranormal do qual participou, involuntariamente, quarenta anos
antes, acaba ressuscitando num corpo especialmente clonado para ele, por uma
raça de alienígenas que acham que ele é o sujeito certo para uma tarefa: salvar
a humanidade de outra raça alienígena, os tarv,
que desejam moldar a humanidade a sua imagem e semelhança, influenciando
pontos chave da história humana. Para evitar isso, os “cabeçudos”, como Alfredo
os chama, o equipam com novas e extraordinárias habilidades físicas e mentais,
além de uma tecnologia bilhões de anos à frente da nossa. Um desses “presentes”
é o upgrade de sua Kombi, que, depois de passar pelas mãos dos aliens, agora
pode viajar no tempo e no espaço, além de ser capaz de cruzar as barreiras
entre universos alternativos. Alfredo se adapta como pode a essa nova vida.
Contudo, um dia, séculos depois de começar a servir aos cabeçudos, durante uma
missão na Área 51 ele conhece Otávio, um jovem ufologista e ativista político
que foi aprisionado na instalação americana devido a sua ligação com os
posadistas, uma exótica organização que mistura elementos de trotskismo com
discos voadores, e que foi, em parte, responsável pelo incidente que deu origem
ao novo e aperfeiçoado corpo. Juntos, Alfredo e Otávio descobrirão uma trama
que envolve humanos e tarv em uma conspiração cujo alvo pode não ser exatamente
quem eles imaginam. A bordo de Cremilda, sua Kombi, agora convertida em nave
multidimensional, ambos partirão numa jornada pela pré-história e pelos séculos
XIX e XX, sem saber que a verdade terá consequências devastadoras sobre o
passado de Alfredo.
O livro está sendo lançado pela
editora Estremoz e pode se adquirido aqui:
O livro também será lançado em
Portugal com o título de “Onde Pão de Forma Alguma Jamais Esteve”. Em Portugal,
a famosa van da Volkswagen é conhecida como Pão de Forma.
5) Como você analisa o
comportamento do mercado literário nacional de hoje?
Bastante confuso, principalmente
no que diz respeito as grande livrarias.
6) Como é sua rotina de escrita e
o que faz para se preparar para ela?
Aproveito cada momento livre. E
bebo muito café. Sou um cara sonolento pela manhã. Produzo mais à tarde. Mas,
quando a inspiração vem, preciso ouvi-la. Isso significa que, se for 3 da manhã
e eu tiver uma ideia boa o bastante, terei que acordar e pegar o laptop.
7) Você trabalha exclusivamente
com escrita ou também flerta com outras mídias? Mesmo que não faça isso, qual
seria sua mídia alternativa e por que? Eu só lido com livros. Mas adoraria
escrever roteiros para cinema e TV. Tenho um roteiro de episódio piloto de uma
série de comédia que fiz para um concurso da Amazon, faz alguns anos. Está
disponível em :
Gosto de roteiros pela
possibilidade de traduzir texto em imagens. Acho isso fascinante.
8) Você acompanha, lê ou
incentiva o consumo de outras obras nacionais? Por quê? Sim, há vários autores
que admiro e cujas obras recomendo, como Simone Saueressig e Gerson
Lodi-Ribeiro. Eles escrevem ficção científica e fantasia com uma apelo bem
brasileiro, mas são universais.
9) Como foi sua experiência como
autor independente e como se vê agora como autor publicado?
Acho que é uma única batalha,
chegar ao público via autopublicação ou por editoras. Contudo, não é fácil.
Sempre há algo que pode ser melhorado. É um aprendizado constante.
10) Como você encara o papel dos
blogs literários na divulgação das obras?
Acho muito importante, dada a
relevância da internet no dia-a-dia dos leitores. Para muitos, o primeiro
contato com uma obra pode ser através de uma resenha num blog, ou conversando
nas redes sociais.
11) Quais são seus projetos
futuros?
Há outras histórias, passadas no
universo de Onde Kombi Alguma jamais Esteve, que eu gostaria de contar. Uma delas está vindo aí:
a noveleta O Horror Indizível, que será parte da coletânea Guerras Cthulhu
Space Opera, o segundo volume da série de histórias baseadas em HP Lovecraft,
organizada por Maurício RB Campos. No momento, estou escrevendo uma comédia de
aventura que usa a estética das histórias em quadrinhos, levando humor
anárquico a tramas que normalmente funcionam
como épicas. Também tenho uma romance de história alternativa sobre uma
guerra dos farrapos que se passa num Rio Grande do Sul ecologicamente muito
diferente do que conhecemos, pois, nesse universo, a última era glacial
terminou pouco antes da construção das pirâmides.
12) O que espera alcançar com a
publicação de seu livro?
Saber que consegui entreter e
divertir os leitores. A literatura de entretenimento é cada dia mais necessária
no mundo em que vivemos. Ter a consciência de que pude fazer algo para tornar o
cotidiano dos leitores mais leve e divertido é minha maior ambição.
13) O mercado literário nacional
está em crise?
O mercado livreiro, das grande
livrarias, talvez. Quanto à literatura, sempre haverá alguém interessado me
ler. A questão é encontrar seus leitores.
14) Como é o seu relacionamento
com seus leitores nas redes sociais?
Bastante agradável. Hoje mesmo um
leitor me deu um retorno sobre o andamento de uma história e me pediu uma continuação.
Acho genial esse recurso, que permite conhecer os gostos e opiniões dos
leitores. De certo modo, temos uma vantagem com que os escritores do passado
jamais sonhariam.
15) Quais autores nacionais você
indicaria e por quê?
Além dos já citados, recomendo
Thiago Lee, autor de O Homem Vazio,
Maurício RB Campos, autor de Incompatível, Danny Marks, autor de
Sobreviventes, e Ursula MacKenzie, autora de Portal de Capricórnio. Todos eles
escrevem dentro dos gêneros de fantasia ou ficção científica. Num drama mais
realista, recomendo José Waeny, autor de Memórias de um passado Perdido.
16) Mande uma mensagem para os
leitores do Corujice Literária:
Sigam seus instintos. Não há
livro perfeito ou imune a críticas. Há apenas os livros que nos apaixonam e
aqueles que não nos chamam a atenção. Se você sente que gostou do início, vá
até o fim. A crítica literária pode ser muito bem informada. Mas, no final, é
você quem dirá se o tempo gasto com uma história valeu a pena. Muito obrigado
por sua leitura.
CONTATO
Site do autor – www.gilsonluisdacunha.com.br
Arquivo de artigos de cultura pop
– www.gilsonluisdacunha.tk
Sobre a editora
Fundada em 2013,
a Estremoz Editora tem por principal objetivo descobrir,
divulgar novos autores e satisfazer os nossos leitores, que já contam com um
público de 29.000 leitores fidelizados. Leva os livros dos autores pelas
diversas escolas de Portugal (em breve do Brasil) e já realizou naquele país
mais de 600 atividades ligadas à leitura em colégios.
Publica em todos os estilos literários e, além de se
expandir para o Brasil, está em países como Espanha, França e Inglaterra. Em
breve lançará uma seleção de 25 autores brasileiros dos mais variados gêneros.
Os principais lançamentos daqui e de Portugal podem ser vistos e adquiridos no
site www.estremozeditora.com.
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