sábado, 13 de julho de 2019

Feliz Dia Mundial do Rock!


Hoje é o Dia Internactional do Rock. Milhares de pessoas no mundo inteiro se reúnem para celebrar este que é um dos ritmos mais antigos e contagiantes do mundo. Mas como essa data surgiu? E como foi escolhida?

Tudo começou com um festival que marcou uma década: o Live Aid, de 1985, organiado por Bob Geldof, da banda Boomtown Rats (do sucesso I Don´t Like Mondays). Algum tempo antes, em 1984, ele havia organiado um supergrupo (banda onde todos os componentes são estrelas por si mesmos) chamado Band Aid, que reunira os principais músicos e artistas britânicos e irlandeses. Geldof e Midge Ure, do grupo Thin Lizy, organizaram a banda para levantar dinheiro e ajudar a combater a fome na Etiópia. A música lançada, Do They Know It's Christmas?, foi lançada em 25 de novembro de 1984 e superou as esperanças dos produtores de se tornar o número um do Natal naquele lançamento. A gravação original trazia nos vocais nomes como Simon Le Bon e Nick Rhodes, do Duran Duran; Boy George, do Culture Club; Bono e Adam Clayton, do U2; Phil Collins; Paul Young; e muitos outros.

Três re-gravações subseqüentes da canção para arrecadar mais dinheiro para a caridade também lideraram as paradas, primeiro com a versão Band Aid II em 1989 e a versão Band Aid 20 em 2004 e finalmente a versão Band Aid 30 em 2014.

O Live Aid foi um concerto beneficente de dois palcos realizado no sábado, 13 de julho de 1985, e uma iniciativa de angariação de fundos baseada em música. O evento foi anunciado como uma jukebox global e foi realizado simultaneamente no Wembley Stadium, em Londres, Inglaterra, Reino Unido (com a participação de 72.000 pessoas) e no John F. Kennedy Stadium, na Filadélfia, Pensilvânia, Estados Unidos (com cerca de 100.000 pessoas).

No mesmo dia, os shows inspirados na iniciativa aconteceram em outros países, como a então União Soviética, Canadá, Japão, Iugoslávia, Áustria, Austrália e Alemanha Ocidental. Foi um dos maiores enlaces de satélite de escala e transmissões de televisão de todos os tempos; um público estimado de 1,9 bilhão de pessoas em 150 nações assistiu à transmissão ao vivo, quase 40% da população mundial.

A repercussão foi variada. Os shows forma um sucesso, mas o dinheiro arrecadado foi canalizado para as ONGs na Etiópia, mas muitas delas eram ligadas ao governo etíope de Mengistu Haile Mariam, que dirigia de uma forma brutal e que fez a Primeira Ministra do Reino Unido, Margaret Thatcher, querer desestabilizar. No final tudo foi gasto pelo ditador em em armas.

Muitos não compareceram, dentre eles Michael Jackson, Bruce Springsteen e Prince, que enviou um vídeo de 4 The Tears In Your Eyes. Um Deep Purple reunido também deveria aparecer da Suíça via satélite, mas desistiu depois que o guitarrista Ritchie Blackmore se recusou a participar. Os Eurithmics deveriam tocar de Wembley, mas cancelaram depois que Annie Lennox sofreu sérios problemas de garganta. Deep Purple (menos Blackmore, que deixou a banda em 1993) apareceu na sequência do Live 8 de Geldof 20 anos depois, se apresentando na etapa de Toronto do evento enquanto Lennox aparecia nos shows de Londres e Edimburgo. Foreigner e Yes forma apenas algumas das bandas que acabaram sendo rejeitadas porque não havia mais como encaixá-las.

Apesar de ser chamado de Dia Mundial do Rock, a data é comemorada apenas no Brasil. Ela começou a ser comemorada em meados dos anos 1990, quando duas rádios paulistanas especializados em rock (a 89 FM e a 97 FM) começaram a mencionar a data em sua programação. A proposta foi aceita pelos ouvintes e, em poucos anos, tornou-se popular em todo o país. No entanto, esta data é completamente ignorada no resto do mundo.

Outros países e localidades não têm uma data específica para celebrar este estilo musical. Nos Estados Unidos, a nação onde nasceu, poucas pessoas comemoram a ocasião em nove de julho, em homenagem ao programa American Bandstand, que era apresentado por Dick Clark, que ajudou a popularizar o rock and roll por lá.






Sérgio Pereira Couto é o âncora do programa Coletivo de Letras (@coletivodeletras), jornalista e escritor de dupla nacionalidade (brasileira e portuguesa). Autor de 50 livros, oito dos quais romances, explora em suas obras ficcionais e não ficcionais os bastidores de assuntos como sociedades secretas, teorias de conspiração, história do rock e ciência forense. Autor dos bestsellers "Sociedades Secretas" e "Mentes Criminosas", além de ter publicado romances policiais como "Help! - A Lenda de um Beatlemaníaco", "O Círculo do Medo" e "O Tesouro dos Cátalos", dentre outros.

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