Aconteceu
neste domingo, 01 de dezembro, na Casa de Cultura do Butantã, situada na Av.
Junta Mizumoto 13, a
primeira edição da Butantã Gibi Con. Voltado principalmente para os artistas da
cena independente da produção nacional de quadrinhos, o evento foi para nós uma
grata surpresa, e de antemão fazemos votos que seja somente a primeira de
muitas edições!
A
Casa da Cultura do Butantã é um espaço impressionante, e as mesas dos artistas
estavam espalhadas pelo pátio coberto dianteiro, pelo amplo salão interior,
pelos corredores externos e na ampla área traseira descoberta (onde foram
instaladas coberturas de lona, claro). Apesar da distância até o local foi
muito fácil chegar, e fomos extremamente bem tratados por todos, ostentando
nossos crachás de imprensa do Corujice Literária! Somos chiques ou não?
Uma
ótima surpresa foi a enorme variedade de temas, gêneros e estilos entre a
enorme quantidade de quadrinhos expostos. Desde as obras mais simples estilo
fanzine, até autênticas graphic novels. E, no momento em que escrevo estas
linhas, me surpreendo ao constatar, no site oficial do evento, uma revista
oficial que pode ser conferida em PDF no link.
Outra
coisa que muito nos encantou foram os pôsteres feitos por vários dos artistas
participantes, e que podem ser conferidos e baixados aqui.
Essa
maravilhosa diversidade da produção nacional, indo de super-heróis a
autobiográficos, de autorais a satíricos, de terror a eróticos, comprova mais
uma vez o talento e a capacidade dos artistas brasileiros.
E
aqui faço um parêntese para uma opinião do Renato: nas semanas anteriores ao
evento as redes sociais ligadas aos quadrinhos pipocaram com uma disputa de
natureza política, e quero dizer que concordo inteiramente com a opinião de
alguns amigos que encontramos no evento. Isso só contribui para dividir e
enfraquecer a cena dos quadrinhos brasileiros. O evento foi lindo, estava
lotado, e é uma prova do que a união pode fazer. Eu sou autor também, me
preocupei em estudar outros formatos além da literatura, e somente uma coisa importa
em uma obra, sejam quadrinhos, contos, livros, séries de Tv ou filmes de
cinema: uma boa história.
Quadrinhos
com boas histórias. É isso o que importa.
E,
felizmente, é isso que temos transbordando na cena dos quadrinhos nacionais,
dos quais vimos uma excelente amostra nesse evento incrível que foi a Butantã
Gibi Con. Além, claro, de rever bons amigos, como Cris Eiko, Tom Dutra, Will,
Germana Viana, Renata C B Lzz, Carlos Baku, Walter Junior e Estevão Ribeiro.
Além, claro, da presença sempre marcante do editor da Mauricio de Sousa
Produções, Sidney Gusman!
Por
sinal, vale lembrar que Germana e Renata estão em Gibi de Menininha, que já
comentamos aqui no Corujice Literária.
Já
Walter e Carlos nós tivemos a honra de conhecer na exposição Super-Heróis do
Brasil, e os entrevistamos para o Corujice Pop:
Lembrando
que Walter é autor de Eu, Vilão que já apresentamos aqui no CorujiceLiterária.
E
ainda conhecemos mais artistas, cujas obras eu não pude deixar de trazer para
casa. São eles Junior Cortizo, autor de A Tribo, história em duas partes
repleta de ação e muita pancadaria, que eu fiz questão de trazer para casa. E
também Alexandre Dal Gallo, cuja capa de Quack Ranger imediatamente me chamou
muito a atenção, por sua notável semelhança com os evronianos, invasores
alienígenas que estão entre os maiores inimigos do Superpato. E o Alexandre me
disse que realmente é fã dessa série de ficção científica e inspirou-se nela em
uma trama repleta de kaijus, muita ação e grandes batalhas. E o maior
super-herói da Disney não é a única referência da trama!
“Do
que o Renato está falando?” alguém deve ter perguntado. Bem, kaijus são
produções de monstros gigantes surgidas pela primeira vez no Japão. Pense em
Godzilla, Ultraman, etc. E se você não conhece o universo de ficção científica
do Superpato está esperando o que para conferir no Escritor com R? Vai lá.
Carlos
e Walter ainda nos presentearam com Tribunal (que é muito legal e logo terá
resenha aqui), e o livro de terror 7, do segundo. Outra obra que trouxe para
casa, sugerida pelo primeiro, foi Os Invictos de Tavares Reis, mais uma
produção brasileira de super-heróis que tem uma linda arte em preto e branco.
Tudo isso será resenhado aqui também, assim que o autor aqui conseguir se
organizar.
A
organização da Butantã Gibi Con está de parabéns por um evento fantástico que
já deixou saudades. E sentimos mais ainda dos amigos que encontramos, fazendo
votos de encontrá-los em breve. E Cris Eiko, queremos Quadrinhos A2 número 6,
hein?
Um
viva para os quadrinhos nacionais, e parabéns aos artistas brasileiros, que com
muita imaginação e talento seguem contando ótimas histórias!
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