Finalmente
conseguimos conferir a exposição Batman 80 Anos, que está acontecendo no
Memorial da América Latina até 15 de dezembro de 2019.
Claro
que amamos!
E
primeira boa notícia: ouvimos várias das pessoas que trabalham na mostra que
está sendo estudada a prorrogação da exposição. Seria muito bom (mesmo porque
queremos ir de novo!), mas mesmo assim, se ainda não conferiu, vá; VALE MUITO A
PENA!
Não
é a toa que o Batman é, sem dúvida e com todos os méritos, o maior super-herói
e principal personagem da DC Comics. Criado por Bob Kane, ele estreou na
Detective Comics 27, de maio de 1939, e o que veio depois é história!
Se
você, ao contrário de nós, não é fã do personagem e seu universo, há sem dúvida
inúmeras histórias para conhecer melhor a complexidade ímpar. Poderíamos
sugerir Batman: O Cavaleiro das Trevas de Frank Miller (a original de 1986, por
favor); Batman Ano Um, do mesmo Miller; a saga Silêncio; a fase de Neil
Adams...
Mas,
nestes tempos por vezes um tanto chatos em que vivemos, em que alguns que não
gostam de quadrinhos querem impor sua visão para as histórias que nós fãs
apreciamos e amamos, há entre estes aqueles que dizem que o alter-ego de
Batman, o bilionário Bruce Wayne, não passa de um burguês que gosta de bater em
gente pobre e desfavorecida. Então eu sugeriria a leitura, em Batman: Gotham
Knights 32, da história 24/7, que aqui no Brasil saiu como 24 Horas em Batman
11 da Panini, de outubro de 2013.
A história bem curta, somente 22 páginas, narra um dia
da vida de Bruce Wayne.
Não
há grandes batalhas nem a presença de qualquer dos vilões da vasta galeria de
nosso herói. Entre compromissos para as Empresas Wayne, a comemoração de um
casal LGBT por mais um ano desde que o Batman os salvou de meliantes, um
policial levando a esposa grávida para passar a noite, pois os boatos dizem que
sua vizinhança é alvo da patrulha do Morcego naquele horário, duas tramas se
destacam.
Um
encontro de ladrões antes de um “serviço” termina com um deles, vindo de outra
cidade, perguntando se o colega é maluco ou idiota, já que Gotham é a cidade do
Batman e ele de jeito nenhum “trabalha” ali.
Na
cena mais emocionante, Bruce Wayne entra no elevador de sua empresa onde está
um estagiário chamado Cody. O rapaz diz que foi aceito na universidade e ali
gostaram de sua arte, mas ele não tem dinheiro para bancar os estudos. Bruce
tira da pasta que carrega um formulário de um programa estudantil da Wayne
Enterprises e entrega para o rapaz, pedindo que o convide para a formatura.
Pronto.
Provei para vocês que ninguém, no Universo DC, é mais altruísta e complexo do
que Bruce Wayne!!! Ou o Batman!
A
Expo, ah, a Expo! Após passar pela entrada da Mansão Wayne já somos recebidos
por um grande salão, a mesa posta com lagosta, pratos, guardanapos... até nos
darmos conta de que os “pratos” são edições que vão desde a Detective Comics 27
até as histórias atuais. Sim, demore o quanto quiser ao dar a volta na mesa, e
preste atenção aos guardanapos, que trazem textos apresentando cada edição.
Aliás,
antes mesmo de entrar na Expo já somos recebidos pela fachada do prédio com o
logo da mostra, um Batman com a capa tremulante ao vento no telhado, e
estacionados na frente três carros. Os icônicos Batmóveis de 1966 e de 1989,
além do Coringamóvel.
Preciso
acrescentar mais? Como o restante do que está exposto, vale passar minutos a
fio tirando fotos e selfies.
Voltando
ao amplo salão da Mansão Wayne, temos um Alfred em tamanho natural que fala
conosco, contando um pouco sobre o que é ser o Batman. Ao lado dele há uma
prateleira com várias estatuetas de fases de nosso mordomo preferido, nos
quadrinhos, animações, séries e filmes. Dali meu preferido foi o da venerável
Série Animada dos anos 1990,
a melhor encarnação do Batman fora das HQs.
Na
sala de estar nos fundos do salão temos uma lareira encimada com a foto do
casal Thomas e Martha Wayne. Na mesa de centro outros objetos icônicos, o
telefone vermelho e o busto que oculta o botão de entrada da Batcaverna, ambos
da série clássica de 1966. Que, aliás, tem cenas exibidas em uma tela em uma
das paredes. Entre os dois objetos o jornal do filme de 1989 com a notícia do
assassinato dos Wayne.
Destaque
para uma estante entre um ambiente e outro, com obras clássicas autografadas, e
possivelmente o item mais importante de toda a Expo. Um exemplar do livro
Batman and Me com desenho e autógrafo de Bob Kane. (Pausa para o Renato babar)
Fazem
ideia do que é estar diante de um item como esse? BOB KANE! O criador do
Batman, somente isso!
Sim,
arrepiante, até mesmo agora, escrevendo estas linhas.
Ao
longo das paredes que formam a biblioteca da Mansão (incluindo a Barsa, quem
teve?) estão expostas ainda outras edições clássicas com histórias do Batman em
várias línguas. Ao lado da porta de entrada há uma armadura samurai, uma das janelas
da outra parede é animada, onde surgem morcegos de tempos em tempos, e de novo,
vale a pena ficar ali um bom tempo conferindo cada capa e cada detalhe.
Falando
na Batcaverna, aliás, na parte externa também temos uma instalação onde as
fotos nos clássicos postes onde nossos heróis deslizavam para sua base de
operações são praticamente obrigatórias!
O
segundo ambiente é a Batcaverna, com o destaque total para outro exemplar do
Batmóvel de 1966. Falando nas inúmeras versões do carro mais famoso dos
quadrinhos, uma das paredes traz vitrines com miniaturas de vários deles, além
de estatuetas cobrindo várias fases de nosso herói. Alguns exemplares
disponibilizados no Brasil pela Eaglemoss estão presentes, com destaque para a
versão tanque da clássica e inimitável O Cavaleiro das Trevas de Frank Miller.
E um item que tenho a satisfação de também ter em minha estante, aliás!
Vale
a pena comentar que, na entrada de cada ambiente, há uma placa detalhando suas
características e histórias. E também símbolos de pés no chão com a melhor posição
para fotos. A Batcaverna ainda tem outras vitrines com itens de memorabilia, um
incrível holograma com várias das armas e equipamentos do herói, o
Batcomputador com muitas telas onde são exibidas várias de suas produções (vi
entre outros a abertura da Série Animada e o sombrio e magnífico episódio Chillof the Night, da série Batman – Os Bravos e Destemidos) e uma cadeira onde
tirar fotos.
O
salão seguinte é dedicado a Robin, e com isso me refiro ao título, pois vários
personagens já usaram o nome. O primeiro, claro, Dick Grayson, o atual Asa
Noturna, e para mim o grande destaque foi a estatueta com Batman e a Robin de
Carrie Kelley, de novo de O Cavaleiro das Trevas. Impossível não ficar
admirando essa obra de arte por um bom tempo.
Gotham
City é o próximo ambiente, trazendo mais integrantes da Bat-família como
Batgirl, Caçadora e Canário Negro (a formação original das Birds of Prey), mais
a Batwoman e outros personagens. Destaques: o Comissário Gordon, um mapa
interativo de Gotham, e um Batsinal que acende a intervalos regulares, mais um
excelente ponto para fotos.
Encha-se
de coragem, ou talvez um pouco de loucura, e entre no Asilo Arkham, a próxima
atração! Adoramos uma antessala onde se pode admirar a mesa de Amadeus Arkham,
o psicólogo que fundou a instituição que recebe os indivíduos criminalmente
insanos da cidade.
Antes de prosseguir erga
os olhos e confira telas onde se pode acompanhar a movimentação nesse setor da
Expo. Nós dois armamos uma bagunça quando ficamos zanzando e procurando as câmeras
para aparecermos nas telas! Entre os personagens inesquecíveis ali abrigados
estão Charada, Pinguim, Duas-Caras, Hera Venenosa, Bane, Morcego Humano, Senhor
Frio (amei as action figures expostas destes dois) e muitos outros. E como
outros personagens, ao apertar de botões eles falam frases marcantes, como todo
o resto muito bem feito!
A
Má que não curte rosa amou o ambiente seguinte, o apartamento de Selina Kyle.
Vários itens da charmosa anti-heroína estão expostos, incluindo action figures.
Fiquei um bom tempo admirando minhas preferidas, a do clássico vestido roxo com
capa verde e botas, e a do traje também roxo com longas botas e luvas. Se nem o
Batman resistiu a seus encantos, como eu conseguiria, não é mesmo?
Detalhe:
se atendemos ao telefone, Selina fala conosco; além de um espelho para fotos e
uma poltrona confortável demais que a Má adorou!
Outra
vilã e anti-heroína é o tema da sala seguinte. Arlequina surgiu na já
mencionada série animada, e já ali dava mostras de toda a complexidade e
dualidade que a fizeram uma das personagens mais queridas da DC atualmente.
Posamos com suas hienas, admiramos suas action figures e os também já clássicos
martelo e bastão de beisebol. E só avisando, a Má fez um bastão que já usou em
alguns eventos...
Hahahahahahahahahaha...
claro que pela risada já perceberam quem é o destaque do próximo salão, né? O
Coringa é o mais misterioso e o maior inimigo do Batman, e esse espaço faz jus
ao Príncipe Palhaço do Crime. Eu e Má tiramos fotos reproduzindo a linda imagem
dele com Arlequina desenhada por Alex Ross, posamos no espelho e na poltrona, e
apreciamos cada detalhe desse Salão do Riso. O Fuscoringa, ou Fusca-Coringa, as
miniaturas com destaque para uma com marca Super Powers, uma de Jack Nicholson
no filme de 1989, e outra enorme e detalhada de uma luta contra Batman. E um
Peixe-Palhaço, claro! Na bizarra parede coberta de bonecas se pode ler com alguma
dificuldade “Você é a piada”, e cuidado com um bloco de pedra perto da entrada.
Talvez devesse ter escrito isso no começo do parágrafo...
No
último salão surge o Cavaleiro das Trevas, outro Batsinal e mais artes de
vários autores. Destaque para a frase na parede: “Criminosos são supersticiosos
e covardes. Então meu disfarce deve ser capaz de levar terror a seus corações.
Devo me tornar uma criatura da noite. Eu devo me tornar um morcego”.
Arrepia!
Depois
de uma última olhada para a estátua de nosso herói a título de despedida,
saímos para o ar livre diante de um mural com várias artes relacionadas ao
universo de Batman. Um morcego vitruviano, um robin (passarinho) vestido de
Robin, artes com Batgirl, Mulher-Gato, Arlequina, O Cavaleiro das Trevas... e
depois, claro, a tortura que é visitar a Bat-loja.
Queremos, aliás,
agradecer o carinho, a atenção e o profissionalismo de TODOS os funcionários,
pois todos nos fizeram sentir muito bem vindos a todos os ambientes e a Expo em
si. Desde a entrada e explicação da exposição, todas as entre-salas que nos
ajudaram a tirar fotos legais, segurança antes da loja que foi um amor (segundo
a Má), vendedoras, caixa e pessoal de imprensa. Obrigado!
Depois
de mais uma sessão de fotos com os Batmóveis na parte externa, e deixar alguns
tostões na Bat-loja, declaramos por encerrada a visita a Batman 80 A Exposição. Amamos! E
recomendamos muito!
Faltou
dizer uns detalhes da praça de alimentação onde os Flying Graysons tem uma
tenda com música e os food-trucks para aproveitarmos. Repleto de posters com
referências ao nosso querido 80tista!
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