domingo, 26 de janeiro de 2020

Musicais no Cinema no MIS







Novamente o Corujice vai para o MIS – Museu da Imagem e do Som, dessa vez para conferir a exposição “Musicais no Cinema”. Logo na entrada somos brindados por uma parede frontal com um painel bem Hollywoodiano repleto de lantejoulas douradas e cantores/atores/dançarinos incríveis e #MUSICAISNOMIS em letras ao melhor estilo Broadway. Entrando mais um pouco uma parede branca com grafite puramente preto, arte melhor explicada abaixo e com detalhes que só Cleber Papa, o Diretor Cultural, poderia nos contar. Quando forem lá, procurem pelos diamantes pequeninos, escondidos pela obra!






PAREDE EM MOVIMENTO - OTA
Parede em Movimento é o projeto do MIS que celebra a arte urbana, extrapolando os limites das galerias e convidando diferentes artistas para ocupar a fachada lateral do Museu com obras inéditas. Nesta terceira edição do projeto, traz este mural criado pelo grafiteiro, artista e pesquisador Otávio Fabro (Ota).
A proposta de Ota parte da interseção entre imagem, som e arquitetura, propondo uma intervenção que alude não só às ondas sonoras, mas também a discussões acerca do entendimento humano através da arte.

Sobre o artista - @otaviofabro
Mestre e doutor em Artes Visuais pelo Instituto de Artes da Unesp, Ota é grafiteiro desde 1998, com forte atuação em projetos sociais. Como artista, mescla questões conceituais e sociais, contribuindo para a vanguarda da arte contemporânea brasileira.


I'm singing in the rain
   Just singin' in the rain
Bateu vontade de cantar e dançar junto, né???  Até mesmo fazendo a matéria ficamos com vontade de rever o filme, visitar novamente o MIS e curtir bons filmes musicais.







            Já falamos aqui no Corujice Literária, experimente assistir um filme com o som no mudo. Não tem a menor graça, né? Confira, por sinal, nossas coberturas dos concertos no Teatro UMC nos arquivos do blog. No cinema os efeitos sonoros, a trilha sonora, tudo é cuidadosamente montado (geralmente, claro...) para criar uma combinação única com a história sendo contada, tornando a experiência muito mais envolvente.


What a feeling
What a feeling I am music now
Bein's believin'. I am rhythm now
Pictures come alive, you can dance right through your life
What a feeling, you can really have it all
What a feeling, pictures come alive when I call
I can have it all I can really have it all
(quem não lembra da icônica cena de Flashdance???) 

            Nesse quesito, os musicais ocupam um lugar a parte na indústria cinematográfica, como produções nas quais a música é parte essencial da história. Não somente da trilha sonora, mas também da trama como um todo. Os leitores já devem ter identificado, aliás, os filmes dos quais fazem parte os trechos de música com os quais abrimos este artigo, não?

            A tarde de quarta-feira, 15 de janeiro, começou muito bem com uma sessão do psicodélico The Rock Horror Picture Show. Absoluto clássico que tornou o Dr. Frank-N-Furter um dos personagens mais icônicos e pirados da história dos musicais. Vamos dançar?





            Depois, subindo as escadas do MIS, passamos por um corredor com uma coleção de pôsteres de musicais estrangeiros e brasileiros. Por sinal, o acréscimo de produções nacionais é uma adição à mostra, originária da França. Uma pequena sala e já damos de cara com o clássico dos clássicos, Cantando na Chuva!

            Nas paredes várias fotos da produção, incluindo anotações para as coreografias, e em um telão vários filmes que homenagearam a clássica cena de Gene Kelly.




            E sim, tem até a antológica versão da animação robôs, com Manivela!





            Em um cubículo no meio daquele espaço, fechado com cortinas pretas, os visitantes maiores de idade podem conferir a versão apresentada no filme Meu Amigo Hindu de 2015, dirigido por Hector Babenco e que tem no elenco Willem Dafoe, Maria Fernanda Cândido, Reynaldo Gianecchini, Selton Mello e Bárbara Paz. E é a personagem interpretada por esta última que faz uma nova versão de Singing In The Rain, mas como está só com um vestido transparente, essa parte é proibida para menores, falou?


            E claro, é imperdível aproveitar o poste ali colocado para imitar o grande Gene Kelly! Toda a exposição, aliás, é um prato cheio para fotos e selfies.

            Conferimos uma grande sala com telões onde é explorada a cronologia dos musicais, e depois um corredor com camarins, nos quais estão postadas réplicas de prêmios Oscar para serem colocados em posições ali marcadas. Isso libera vídeos que podem ser acompanhados sobre vários filmes, inclusive mostrando os Ghost Singers, cantores que frequentemente dublavam os atores cujas vozes eram consideradas pouco adequadas para as cenas musicais.

            E de novo, tirar fotos com o Oscar nas mãos é bom!





            Entre os casos de ghost singers apresentados estão o de Audrey Hepburn em My Fair Lady de 1964, e o de Debbie Reynolds no próprio Singing In The Rain.

            Amor Sublime Amor, de 1961, ocupa toda uma parede com várias fotos da produção. Chama a atenção um storyboard do prólogo.

            O primeiro musical que vimos é Não Fuja da Raia, onde podemos até, graças a um telão de corpo inteiro, ter aulas de sapateado com a própria Claudia Raia. E batendo uma claquete o visitante pode inclusive gravar sua performance!






            Descendo as escadas há uma instalação com um cocar de bananas de Carmen Miranda para tirar fotos, e depois todo um setor dedicado à legendária atriz e cantora, inclusive com objetos e peças de roupa que ela usou em seus filmes. Para passar muito tempo admirando com certeza!











            Outra sala nos leva a filmes como A Noviça Rebelde e Super Xuxa Contra o Baixo Astral, e em um telão várias cenas icônicas de musicais são exibidas. Só preferiríamos que a de Elsa, em Frozen, fosse com o som original... Deu até para virar Mary Poppins e cantar Supercalifragilisticexpialidocious









            Mas o momento em que sentamos e ficamos ali hipnotizados, claro, foi com Zé Carioca e Pato Donald em O Samba!




            Ao lado há um corredor com vários filmes nacionais, incluindo os de Roberto Carlos, Bete Balanço, Cazuza, Elis e muitos outros, vale muito para conhecer a história das produções brasileiras. O mesmo para outro setor descrevendo várias produções do Cinema Novo.



            Bem no centro desse espaço está um setor dedicado aos figurinos, trazendo roupas e objetos do filme Rocketman. E em telas se podem conferir cenas da cinebiografia do inimitável Elton John.


            Um amplo salão redondo nos recebeu ao som de What a Feeling (sim, entramos dançando, vocês assistiram Flashdance, né?), traz nas paredes fotos de filmes como Núpcias Reais, Nasce uma Estrela e outros, e no centro um tablado perfeito para dançar, globos espelhados, luzes, ladeado por figuras de deuses como Lisa Minelli, Fred Astaire e outros, todos disponíveis para fotos. Imperdível também para fazer filmes aproveitando as músicas que tocam ininterruptamente.













            No final da escadaria temos a silhueta de Dorothy e seus amigos para nos levar a Oz, outro espaço ótimo para fotos, e uma tela exibindo o famoso The End em vários idiomas.




            A exposição Musicais no Cinema é absolutamente imperdível para os fãs da Sétima Arte, mostrando que os filmes podem e devem sim ser divertidos, musicais e feitos acima de tudo para entreter contando boas histórias. É para isso, afinal, que existem os filmes e esses artistas fantásticos! Não deixe de conferir!





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