Novamente o Corujice vai
para o MIS – Museu da Imagem e do Som, dessa vez para conferir a exposição “Musicais
no Cinema”. Logo na entrada somos brindados por uma parede frontal com um
painel bem Hollywoodiano repleto de lantejoulas douradas e
cantores/atores/dançarinos incríveis e #MUSICAISNOMIS em letras ao melhor
estilo Broadway. Entrando mais um pouco uma parede branca com grafite puramente
preto, arte melhor explicada abaixo e com detalhes que só Cleber Papa, o
Diretor Cultural, poderia nos contar. Quando forem lá, procurem pelos diamantes
pequeninos, escondidos pela obra!
PAREDE EM MOVIMENTO - OTAParede em Movimento é o projeto do MIS que celebra a arte urbana, extrapolando os limites das galerias e convidando diferentes artistas para ocupar a fachada lateral do Museu com obras inéditas. Nesta terceira edição do projeto, traz este mural criado pelo grafiteiro, artista e pesquisador Otávio Fabro (Ota).A proposta de Ota parte da interseção entre imagem, som e arquitetura, propondo uma intervenção que alude não só às ondas sonoras, mas também a discussões acerca do entendimento humano através da arte.
Sobre o artista - @otaviofabroMestre e doutor em Artes Visuais pelo Instituto de Artes da Unesp, Ota é grafiteiro desde 1998, com forte atuação em projetos sociais. Como artista, mescla questões conceituais e sociais, contribuindo para a vanguarda da arte contemporânea brasileira.
I'm
singing in the rain
Just
singin' in the rain
Bateu vontade de cantar e dançar junto, né??? Até mesmo fazendo a matéria ficamos com vontade de rever o filme, visitar novamente o MIS e curtir bons filmes musicais.
Já falamos aqui no Corujice Literária,
experimente assistir um filme com o som no mudo. Não tem a menor graça, né?
Confira, por sinal, nossas coberturas dos concertos no Teatro UMC nos arquivos
do blog. No cinema os efeitos sonoros, a trilha sonora, tudo é cuidadosamente
montado (geralmente, claro...) para criar uma combinação única com a história
sendo contada, tornando a experiência muito mais envolvente.
What a feelingWhat a feeling I am music nowBein's believin'. I am rhythm nowPictures come alive, you can dance right through your lifeWhat a feeling, you can really have it allWhat a feeling, pictures come alive when I callI can have it all I can really have it all(quem não lembra da icônica cena de Flashdance???)
Nesse
quesito, os musicais ocupam um lugar a parte na indústria cinematográfica, como
produções nas quais a música é parte essencial da história. Não somente da
trilha sonora, mas também da trama como um todo. Os leitores já devem ter
identificado, aliás, os filmes dos quais fazem parte os trechos de música com
os quais abrimos este artigo, não?
A
tarde de quarta-feira, 15 de janeiro, começou muito bem com uma sessão do
psicodélico The Rock Horror Picture Show. Absoluto clássico que tornou o Dr.
Frank-N-Furter um dos personagens mais icônicos e pirados da história dos
musicais. Vamos dançar?
Depois,
subindo as escadas do MIS, passamos por um corredor com uma coleção de pôsteres
de musicais estrangeiros e brasileiros. Por sinal, o acréscimo de produções
nacionais é uma adição à mostra, originária da França. Uma pequena sala e já
damos de cara com o clássico dos clássicos, Cantando na Chuva!
Nas
paredes várias fotos da produção, incluindo anotações para as coreografias, e
em um telão vários filmes que homenagearam a clássica cena de Gene Kelly.
E sim, tem até a antológica versão da animação
robôs, com Manivela!
Em
um cubículo no meio daquele espaço, fechado com cortinas pretas, os visitantes
maiores de idade podem conferir a versão apresentada no filme Meu Amigo Hindu
de 2015, dirigido por Hector Babenco e que tem no elenco Willem Dafoe, Maria
Fernanda Cândido, Reynaldo Gianecchini, Selton Mello e Bárbara Paz. E é a
personagem interpretada por esta última que faz uma nova versão de Singing In
The Rain, mas como está só com um vestido transparente, essa parte é proibida
para menores, falou?
E
claro, é imperdível aproveitar o poste ali colocado para imitar o grande Gene
Kelly! Toda a exposição, aliás, é um prato cheio para fotos e selfies.
Conferimos
uma grande sala com telões onde é explorada a cronologia dos musicais, e depois
um corredor com camarins, nos quais estão postadas réplicas de prêmios Oscar
para serem colocados em posições ali marcadas. Isso libera vídeos que podem ser
acompanhados sobre vários filmes, inclusive mostrando os Ghost Singers,
cantores que frequentemente dublavam os atores cujas vozes eram consideradas
pouco adequadas para as cenas musicais.
E
de novo, tirar fotos com o Oscar nas mãos é bom!
Entre
os casos de ghost singers apresentados estão o de Audrey Hepburn em My Fair
Lady de 1964, e o de Debbie Reynolds no próprio Singing In The Rain.
Amor
Sublime Amor, de 1961, ocupa toda uma parede com várias fotos da produção.
Chama a atenção um storyboard do prólogo.
O
primeiro musical que vimos é Não Fuja da Raia, onde podemos até, graças a um
telão de corpo inteiro, ter aulas de sapateado com a própria Claudia Raia. E batendo
uma claquete o visitante pode inclusive gravar sua performance!
Descendo
as escadas há uma instalação com um cocar de bananas de Carmen Miranda para
tirar fotos, e depois todo um setor dedicado à legendária atriz e cantora,
inclusive com objetos e peças de roupa que ela usou em seus filmes. Para passar
muito tempo admirando com certeza!
Outra
sala nos leva a filmes como A Noviça Rebelde e Super Xuxa Contra o Baixo
Astral, e em um telão várias cenas icônicas de musicais são exibidas. Só
preferiríamos que a de Elsa, em Frozen, fosse com o som original... Deu até
para virar Mary Poppins e cantar Supercalifragilisticexpialidocious
Mas o momento em que sentamos e ficamos ali
hipnotizados, claro, foi com Zé Carioca e Pato Donald em O Samba!
Ao
lado há um corredor com vários filmes nacionais, incluindo os de Roberto Carlos,
Bete Balanço, Cazuza, Elis e muitos outros, vale muito para conhecer a história
das produções brasileiras. O mesmo para outro setor descrevendo várias
produções do Cinema Novo.
Bem
no centro desse espaço está um setor dedicado aos figurinos, trazendo roupas e
objetos do filme Rocketman. E em telas se podem conferir cenas da cinebiografia
do inimitável Elton John.
Um
amplo salão redondo nos recebeu ao som de What a Feeling (sim, entramos
dançando, vocês assistiram Flashdance, né?), traz nas paredes fotos de filmes
como Núpcias Reais, Nasce uma Estrela e outros, e no centro um tablado perfeito
para dançar, globos espelhados, luzes, ladeado por figuras de deuses como Lisa
Minelli, Fred Astaire e outros, todos disponíveis para fotos. Imperdível também
para fazer filmes aproveitando as músicas que tocam ininterruptamente.
No
final da escadaria temos a silhueta de Dorothy e seus amigos para nos levar a
Oz, outro espaço ótimo para fotos, e uma tela exibindo o famoso The End em
vários idiomas.
A
exposição Musicais no Cinema é absolutamente imperdível para os fãs da Sétima
Arte, mostrando que os filmes podem e devem sim ser divertidos, musicais e
feitos acima de tudo para entreter contando boas histórias. É para isso,
afinal, que existem os filmes e esses artistas fantásticos! Não deixe de
conferir!
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