1
- Como e quando você começou a se interessar pelas HQs?
Desde pequena tive contato com gibis como turma da Mônica e mundo
Disney, mas foi na minha adolescência, quando peguei o primeiro gibi do
Batman em minhas mãos, que descobri o universo dos super heróis e aquilo
me encantou! Depois não parei mais de colecionar. Cheguei a ter mais de
1.200 revistas na minha coleção.
2
- Lembra qual foi o primeiro quadrinho que te cativou?
O gênero que mais gostava era sem dúvida de super heróis, porém o
primeiro que mais me cativou foi o romance autobiográfico “No Coração da
Tempestade” - de Will Eisner (hoje com o título corrigido para “Ao
Coração da Tempestade”). Tive até minha versão autografada pelo próprio,
quando saiu a edição de capa dura pela Editora Abril.
3
- Como os quadrinhos influenciaram sua vida?
Os quadrinhos me despertaram um grande interesse por aprender e por
fazer arte. Também levantaram diversas reflexões sobre os temas que eram
lidos neles. Com certeza foi fundamental principalmente na minha
adolescência, por me influenciar positivamente e me ajudar a lidar com
os momentos difíceis. Sendo assim me deram lições de altruísmo, de
generosidade e de superação, além de me fazerem entender mais sobre
temas importantes como o racismo e política. Eu simplesmente amava
mergulhar nas histórias das graphic novels.
4
- Na hora de ler, qual gênero de HQ prefere?
No passado meu gênero preferido sempre foram as HQ’s de super heróis,
porém atualmente tenho interesse em quadrinhos autorais, que esbanjam
criatividade tanto na arte como na narrativa.
5
- Qual seu quadrinho favorito? Por quê?
Posso responder que é o último que eu li? Rs... Acredito que minha
resposta sempre será essa, pois me apaixono a cada novo exemplar que
tenho a oportunidade de ler. O último dele foi “Sheets” - de Brenna
Thummler, porém recomendo fortemente “Ms. Marvel: Questões Mil”.
6
- Quando e como começou a desenhar? Acompanhou algum curso/livro?
Sempre gostei de desenhar. Na escola minha matéria preferida era
educação artística. Só mais tarde, na adolescência, quando tentava
produzir minhas próprias tirinhas, minha mãe me matriculou numa escola
de arte com um curso voltado a quadrinhos. Também assistia a muitas
palestras e ia a eventos de artistas. Depois que ingressei na faculdade,
não fiz mais nenhum curso, pois me formei em engenharia e não tive mais
contato com esse universo. Fui voltar só no ano passado, com o curso de
melhoria de desenho do Hiro Kawahara, que me ajudou muito e desde então
não parei mais de buscar cursos para me aprimorar.
7
- Como surgiu seu personagem?
Minhas personagens são inspirados em minhas filhas, pois busco
guardar os momentos fofos e engraçadinhos que vivencio com elas em forma
de ilustração, onde assino por @comicmami, na página de mesmo nome no
Instagram. Fiquei muito tempo sem desenhar, durante e depois da minha
graduação, e a vontade de voltar foi despertada após me tornar mãe.
8
- Onde busca inspiração para criar?
Em praticamente tudo que vivencio, desde o dia a dia com minhas
filhas, idas a exposições e museus, viagens (que acabam sendo sempre
culturais), muitos livros e séries.
9 - Na hora de trabalhar/criar, tem alguma mania?
Falo sozinha e também com os objetos! Rs
10
- Qual a maior dificuldade encontrada na hora de criar?
Sempre sofri de ansiedade num nível bem alto e venho tentado lidar
com isso na hora de criar. Inclusive, a Ansiedade foi tema da HQ que
lancei no início do ano com o coletivo Paralelo lelo, onde na minha
história explorei essa questão.
11
- Existe algum tema que se recusaria a usar nos seus trabalhos? Por
quê?
Prefiro falar de temas leves e que inspire as pessoas de forma
positiva. Além disso não gostaria de fazer algo que não tem a ver com
minhas convicções.
12- O que vem por aí?
Além das minhas publicações no Instagram, estou com dois projetos
bacanas em andamento, que são ilustrações para um livro infantil e um
quadrinho autoral. E pretendo trabalhar em mais um novo tema de HQ com o
coletivo Paralelo lelo.
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