sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

Resenha Quack Ranger Alexandre Dal Gallo

 



 

            O advento da internet foi sem dúvida uma das maiores bênçãos que a humanidade já concedeu a si mesma. Se há alguma esperança de construir um melhor futuro para nossa espécie, ela está no compartilhamento de informações e conhecimento, conferindo oportunidades a um número crescente de pessoas que, de outra forma, não teriam a chance de produzir e mostrar seu talento.

            Essas facilidades, no tocante a encontrar velhos programas de TV e aquele livro ou quadrinho praticamente desconhecido, entretanto, por vezes diminuem um pouco da magia que minha geração sentia. As crianças e jovens de hoje, por exemplo, certamente nunca irão experimentar emoções como as que vivemos. Como assistir Ultraman ou Ultraseven na TV, por exemplo!

 

Ultraman - Abertura Brasil

 

UltraSeven Tema de Abertura.


 

Ultra Seven na Rede Record!


 

            Sem falar no King Kong original de 1933!

 



 

            Quando passava algum filme do Godzilla, então, era a glória!

 

Godzilla ('54): Attack on Tokyo clip - Classic Japanese Monster Movies

 

Ghidorah, the Three-Headed Monster (1965): In the Heat of Battle clip - Classic Japanese Monsters


 

 

            Migrando agora para os quadrinhos, uma de minhas maiores alegrias nesse setor foi a oportunidade de conhecer o magnífico universo de ficção científica com que a Abril nos presenteou no final dos anos 90, com o lançamento da série As Novas Aventuras do Superpato. Infelizmente foram somente seis números, enquanto lá na Itália, onde foi concebida, a saga terminou com 50 edições publicadas. Por meios alternativos tive acesso a todas as histórias, que resumi em meu blog Escritor com R no especial Superpato Novas Aventuras em 2019, celebrando os 50 anos do maior herói de Patópolis em 2019. Se não conferiu, corra lá.

 


            O que eu nunca, jamais, nem sequer conseguiria imaginar é que um talentoso artista brasileiro criaria uma história em quadrinhos que na prática é uma homenagem a tudo isso que mencionei acima. Eu e a Má conhecemos o Alexandre Dal Gallo na Butantã Gibi Con no final de 2019, antes que outra invasão, desta vez infelizmente real, prejudicasse todo nosso planeta. Por sinal, o Alexandre participou do especial de quadrinistas aqui no Corujice Literária, confira.

            O que me chamou imediatamente atenção para a capa de Quack Ranger, trabalho mais conhecido do Alexandre, foi precisamente a imagem do herói do título, que tem uma semelhança assombrosa com a casta mais elevada da civilização de Evron.

 


            Estes alienígenas sugadores de emoções são os principais inimigos do Superpato no universo de Novas Aventuras, e o Alexandre nos contou que foi mesmo essa a inspiração para o visual de Quack Ranger. Além, claro, de todos os filmes e seriados Tokusatsu que já assistiu, que deram aquela bagagem necessária para a trama e todo o visual da história. Tem até um Otaku, fã de anime e cultura oriental, ali no meio na multidão enquanto Quack Ranger enfrenta o Kaiju Tamandora.

            Sim, herói pato gigante enfrentando um monstro gigante ao melhor estilo dos velhos filmes de Godzilla e seriados de Ultraman e Ultraseven. Sério, o que há para não gostar!?

            Em tempo, confiram nossa cobertura do Butantã Gibicon.

 


 

             A história não se preocupa em fugir dos clichês que tanto amamos nessas tramas, e com relação a clichês, eles existem para serem usados, e só pode reclamar deles quem não tem talento para bem aproveitá-los nas histórias. E isso o Alexandre sem dúvida tem! O colossal Kaiju Tamandora (que visualmente lembra um tamanduá, e tem uma explicação deliciosa para o nome, dada pelo autor, que evidentemente vou deixar para conferirem na HQ) chega de surpresa à Terra e começa a tocar o terror. As forças militares são impotentes para detè-lo e, quando toda esperança parece haver minguado, eis que surge nosso herói: Quack Ranger!

 

           O combate entre os dois é épico, com direito a poses, golpes especiais e muitas palavras em ideogramas japoneses devidamente traduzidas. O incentivo das pessoas a Quack Ranger também está lá e claro que depois de muitas dificuldades nosso herói derrota o oponente! Depois vêm as surpresas, pois Quack Ranger é muito mais que um mero destruidor de kaijus.

            Quack Ranger foi produzido graças à internet, com campanha de financiamento coletivo e só lamento não ter conhecido esse fantástico trabalho nessa época, pois teria adorado contribuir também! Mas ter meu exemplar autografado pelo Alexandre é quase tão bom quanto, e reler a história para compor este artigo foi puro prazer. Essa HQ é mais uma prova da incrível e maravilhosa diversidade dos quadrinhos brasileiros, com histórias para todos os gostos que deliciam os mais diversos públicos de fiéis leitores dessa arte.


 

            Recomendo fortemente que leiam Quack Ranger e para isso contatem o Alexandre nos links abaixo. Por sinal, vendo sua galeria de arte, a quantidade de kaijus ali presente daria tranquilamente para várias sequências de Quack Ranger. Que tal? Quadrinhos de heróis e monstros gigantes, o que há mesmo para não gostar!? Até a próxima!

 



Alexandre Dal Gallo contatos:

 

https://www.instagram.com/alexandredalgallo/?hl=pt-br

 

https://www.facebook.com/alexandredalgalloart/

 

https://www.artstation.com/alexandredalgallo

 

Quack Ranger campanha Catarse: https://www.catarse.me/quackranger

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