domingo, 13 de julho de 2014

Resenha: O Amante - Marguerite Duras

 O Amante - Marguerite Duras


Foto: Divulgação


ISBN: 8540501449
ISBN-13: 9788540501447
Ano de Lançamento: 2012
Editora: Cosac Naify

Sinopse: Considerado o livro mais autobiográfico da escritora, dramaturga e cineasta Marguerite Duras (1914-1996), O amante, escrito em 1984, recebeu o Prêmio Goncourt, o mais importante da literatura francesa e se consagrou como sua obra mais célebre. O romance narra um episódio da adolescência de Duras: sua iniciação sexual, aos quinze anos e meio, com um chinês rico de Saigon. Se as personagens e fatos são verídicos, a escrita os transfigura e transcende; não sabemos em que medida a história é verdadeira. Os encontros amorosos são, ao mesmo tempo, intensamente prazerosos e infinitamente tristes; a vida da família contrapõe amor e ódio, miséria material e riqueza afetiva. A presença da mãe, sua desgraça financeira e moral, do irmão mais velho, drogado, cruel e venal, e do irmão mais novo, frágil e oprimido, constituem uma existência predominantemente triste, e por vezes trágica, de onde Duras extrai um esplendor artístico que se reflete em sua própria pessoa - personagem enigmática, quase de ficção.

"Um dia, eu já tinha bastante idade, no saguão de um lugar público, um homem se aproximou de mim. Apresentou-se e disse: 'Eu a conheço desde sempre. Todo mundo diz que você era bonita quando jovem; venho lhe dizer que, por mim, eu a acho agora ainda mais bonita do que quando jovem; gostava menos do seu rosto de moça do que do rosto que você tem agora, devastado.'"

Resenha:
O livro narra a história da própria Marguertite Duras. Passando por sua infância, com idas e vindas entre os irmãos, a mãe, o amante, a vida. Ela conta suas experiências na escola, passa bastante pelo drama com os irmãos e a preferência da mãe pelo irmão mais velho. É um livro bem curtinho, essa versão da Cosac tem um posfácio sobre a autora e a obra. O livro se tornou filme "L' amant" em 1992. Não consegui colocar o trailer aqui, mas fica a indicação.

Eu não consegui me entender muito com o livro, embora tenha sido uma leitura muito diferente do que estou acostumada. A autora cria frases gigantescas, com 5 ou até mais vírgulas explicando a cena. Algo como essa passagem:
"Mas é pelo jeito como nós, os filhos, estamos vestidos, como uns infelizes, que reconheço um certo estado que às vezes já acometia minha mãe e cujos sinais de prenúncio nós, na idade que temos na foto, já conhecíamos, esse jeito, justamente, que de repente ela tinha, de não conseguir mais nos lavar, nem nos vestir, e às vezes nem sequer nos alimentar."
São frases exageradamente grandes, com uma quantidade abusiva de vírgulas que me faziam reler o texto mais de uma vez. Duras vai e volta no tempo, depois de algumas páginas descrevendo o que estava acontecendo na balsa, ela volta alguns anos, avança outros e volta pra balsa. Eu realmente me perdi na leitura.

A leitura foi um tanto enrolada por ir e vir entre vírgulas e tempo, mas é um livro curto. Dou 1 corujinha. É um estilo que realmente não me atrai e ainda não sei se verei o filme, mas para quem quiser fica a dica: biografia de Duras pela Cosac. Mesmo não sendo meu estilo eu li para o clube de leitura que acontece essa 3ª feira da Saraiva do Shop. Paulista as 15h. Quem quiser está mais que convidado a aparecer por lá! Dá uma conferida na página do grupo!







Um comentário:

  1. Eu não gosto de biografias, muito menos de autobiografias, acho que são sempre muito pretensiosos. Eu já tentei ler, mas nunca consegui ir muito longe. Esse livro é que eu leria mesmo, porque se romances autobiográficos já são chatos, imagine um que fale da adolescência e da iniciação sexual de uma pessoa???!!! kkkkkk
    beijos

    blogfalandodelivros.blogspot.com.br

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