quarta-feira, 15 de julho de 2015

ESPECIAL QUADRINHOS: Entrevista Rebeca Prado





Rebeca Prado Santos, 24 anos, ilustradora. 
Nasci em Belo Horizonte e me formei em Artes Visuais com especialização em Cinema de Animação pela UFMG. Hoje sou ilustradora, quadrinista e professora de desenho.

Contato:

OBRAS
A Raposa e as Uvas, 2014, independente
Baleia #1, 2014, independente
Baleia #2, 2015, independente
Navio Dragão, 2015, independente

1.               Como e quando você começou a se interessar pelas HQs?

Eu sempre gostei de ler, qualquer gênero. Mas nunca fui muito apegada a quadrinhos especificamente. Gostava de mangás na adolescência mas mesmo assim lia mais livros de literatura. Comecei a me interessar mais profundamente com uns 19 anos, mais ou menos. Aí passei a estudar com afinco e correr atrás do prejuízo.

2.               Lembra qual foi o primeiro quadrinho que te cativou?

Sim! Retalhos, do Craig Thompson. Comprei no FIQ de 2009


3.               Como os quadrinhos influenciaram sua vida?

Tudo pra mim é um roteiro em potencial. Sou formada em Cinema de animação também, então essa história de juntar histórias e imagens sempre fez parte do meu cotidiano.
 
4.               Na hora de ler, qual gênero de HQ prefere?

Eu não me importo muito com o gênero, desde que o roteiro seja legal e os personagens me cativem. Sou meio chata com isso, acho importante ter empatia com a história. O gênero é algo secundário.

5.               Qual seu quadrinho favorito? Por quê?

Ultimamente minhas certezas duram pouco. No momento, meu quadrinho favorito é Macanudo. Amanhã pode não ser mais.

6.               Onde busca inspiração para criar?

Em tudo! Principalmente nas pessoas.

7.               Na hora de trabalhar/criar, tem alguma mania?

Hahahahaha! Essa pergunta é super pegadinha, né? Eu tenho umas manias mega estranhas. Trabalho bem em silêncio, quando estou no computador. Mas, para desenhar e pintar, eu deixo sempre rolando uma série menos complexa ou, se for pra ouvir música, eu deixo tocando essas musicas mais Techno ou um rap. É impressionante, porque minha playlist de trabalho é completamente diferente do que eu realmente curto ouvir nos outros momentos do meu dia.

8.               Existe algum tema que se recusaria a usar nos seus trabalhos? Por quê?

Usar ou apoiar? Usar, nenhum. Mas apoiar, vários. Qualquer tema que ofenda alguém, ou que vá contra o que eu acredito e defendo.

9.               O que vem por aí?

Esse ano é o ano do Navio Dragão! Vou me dedicar ao livro, curtir o momento e tentar descansar um pouco. Mas já estou preparando novos projetos para os próximos dois anos. O Baleia #3 está quase pronto

10.            Existe preconceito por parte dos criadores/roteiristas/desenhistas de HQs?

Olha, felizmente meus amigos mais próximos desse meio são muito esclarecidos e queridos. Mas já vi várias manifestações de preconceito disfarçadas de comentários “inocentes” e de brincadeiras.

11.            As mulheres ainda sofrem preconceito por gostarem de quadrinho?

As mulheres sofrem preconceito por muita coisa, né? Felizmente estamos correndo atrás e mostrando que nossa presença agrega conhecimento, representatividade, novas perspectivas e estimula ainda mais a produção. Quadrinhos são tão legais, acho injusto excluir qualquer parcela dos admiradores e autores.

12.            Como isso pode mudar?

Acho que a gente tem que abrir o coração, admirar e aprender que diversidade é uma das coisas mais legais do mundo.


13.            Algum recado para os leitores?

Sobre quadrinhos? Hum...quem ainda não começou a se enveredar pelo universo das histórias em quadrinhos, este é um excelente momento! O mercado nacional está lindo, os títulos clássicos estão se reestruturando e estamos cheios de eventos! Agora, sobre a vida...pare tudo o que você estiver fazendo agora e vá comer churros. No final é isso que importa.



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