Conhecer Tito
Prates num evento de Agatha Christie, a Dama do Crime, foi ótimo. Os poucos
minutos de papo junto com a palestra que podia, creio que falo por todos, durar
mais umas duas horas com essa sumidade caracterizada de Poirot foram incríveis.
Tito Prates é
escritor policial, mistério e terror, Embaixador Brasileiro de Agatha Christie
Ltd. desde 2014 e diretor da ABERST – Associação Brasileira dos Escritores de
Romance Policial, Suspense e Terror. Esse último eu confesso que gosto, mas
leio pouco, quando o faço é sozinha, no meio da noite e depois passo a
madrugada sem dormir. Fora comer compulsivamente enquanto leio. Ao final da
leitura de “O Antiquário Portenho – Objetos de Benção e Maldição” eu já tinha
devorado uma barra de chocolate e um pacote de amendoim (fora o tablete de
Menthos escrevendo essa resenha), isso porque o livro tem “apenas” 83 páginas e
eu tive que parar algumas vezes no meio por medo... A leitura levou uma semana
e a recuperação emocional um pouco mais.
O autor nos
leva a Buenos Aires querida, no bairro de San Telmo. Pelo agradecimento, o
arranjo fotografado para a capa realmente existiu em um antiquário e isso me
pegou muito. A história se divide em contos e, a cada capítulo, descobrimos o
passado de cada uma das peças com a recomendação de não serem vendidas, caso
contrário as “consequências serão nefastas” – como é dito na quarta capa.
São doze casos
onde o autor conta o motivo de estarem ali, aquisições e devoluções.
Pessoalmente me apavorei em alguns contos “O boneco de pau”, “Bleu de Chine” e
“Os militares de mármore” arrepiaram mais. Os outros iam me dando medo, mas
esses três citados acima me deixaram com muuuito medo.
Cada
conto/capítulo traz uma história escrita de um jeito diferente, hora pelo dono
do antiquário, hora pelo antigo dono da peça. Com isso, o autor pode brincar
com várias facetas e se divertir ao fazer isso.
Gosto e apoio
muito a literatura nacional por me ver andando em um bairro ou avenida e saber
que o personagem também passou ali e poderia estar perto de mim no momento.
Neste caso, fui com o livro a Buenos Aires, quando estive em 2010; Pueblo no
Novo México que visitei em 1998 e São Paulo, onde moro. Essa conexão com o
leitor é ótima! Nos faz entrar no livro.
No final das
contas, “O Antiquário Portenho” me surpreendeu. O epílogo uniu pontas de todos
os capítulos e não só amarrou tudo, mas Tito Prates deu laço em cima! A última
frase me pegou de tal maneira que não dormi, além de ficar assustada uns dias
depois. Imaginação é TUDO! Gostei da placa de aviso para maçaneta que ganhei (precisei usar).
Livro
fantástico. RECOMENDADÍSSIMO!!!!!!!
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