quarta-feira, 17 de junho de 2020

QUADRINISTA: MARIO KOICHI


Contato: @gkoichi/mario.gsk6@gmail.com

OBRAS: Ansiedade - por coletivo Paralelo.lelo


1. Como e quando você começou a se interessar pelas HQs?

Posso dizer que desde bem pequeno eu já me interessava. É até um pouco difícil de dizer exatamente quando, pois eu era bem novo. Para você ter ideia, eu tenho flashes de memória onde eu abria as revistinhas da Turma da Mônica e tentava interpretar as histórias só olhando as imagens, porque na época eu ainda não tinha aprendido a ler.


2. Lembra qual foi o primeiro quadrinho que te cativou?

Foram justamente os gibis da Turma da Mônica. Quando aprendi a ler foi uma maravilha. Passava boas horas sentado no sofá, comendo salgadinho e lendo. Adorava o bom humor das histórias e das situações exageradas.



3.  Como os quadrinhos influenciaram sua vida?

Além do entretenimento, a maior influência que tive foi saber que aquilo era um trabalho. Isso definiu muito bem o que eu queria fazer quando crescesse. Acho que tudo o que eu faço na carreira profissional hoje, foi porque um dia eu abri uma HQ e soube que era possível trabalhar desenhando.

4.  Na hora de ler, qual gênero de HQ prefere?

Gosto muito de histórias voltadas para o humor. Esses são meus preferidos. Logo depois, vêm as HQs que são voltadas para ação e porrada hahaha!


5.  Qual seu quadrinho favorito? Por quê?

Scott Pilgrim, porque une tudo o que eu gosto em um lugar só. Traços bonitos, humor, ação, e faz muitas referências ao universo dos games, outra coisa que sou super fã. Até então nunca tinha lido uma HQ que misturava esse universo tão incrível na história, achei genial. Li pela primeira vez quando eu tinha uns 16 anos, quando um amigo me emprestou todos os volumes.



6.  Quando e como começou a desenhar? Acompanhou algum curso/livro?

Desenho desde pequeno também, era meu principal hobby. Nunca fiz cursos que ensinam a desenhar. Sempre fui aprendendo sozinho, praticando e observando. Só comecei a fazer cursos recentemente, mas esses são voltados para quem já desenha e quer se tornar melhor.


7.  Como surgiu seu personagem?

Meu personagem surgiu quando eu estudava Comunicação Visual na Etec Albert Einstein em São Paulo - SP. O projeto do segundo semestre foi criar uma HQ. O personagem criado para esse projeto é o personagem que uso até hoje nos meus trabalhos pessoais.




8.  Onde busca inspiração para criar?

Busco em todo tipo de conteúdo de entretenimento, como livros, HQs, games, filmes, animações. Encontro inspiração também em situações do dia-a-dia, em músicas, ou simplesmente olhando as coisas ao meu redor acontecendo. Às vezes eu tenho ideias olhando para uma pessoa esperando um ônibus, por exemplo. 


9. Na hora de trabalhar/criar, tem alguma mania?

Eu tenho uma mania muito chata, que é dar atenção demais a algumas coisas que geralmente outra pessoa não notaria. É aquela coisa: Quando a criação é sua, você enxerga todos os defeitos. Esse tipo de mania às vezes me faz gastar muita energia para corrigir um erro pequeno e irrelevante. Tenho tentado ser menos exigente comigo mesmo.


10. Qual a maior dificuldade encontrada na hora de criar?

São muitas, mas acho que a maior dificuldade é transmitir alguma emoção ou ideia exatamente do jeito que eu quero. Na minha cabeça a ideia é uma, mas quando vai pro papel, se torna outra. Na verdade, acho que isso é uma coisa que nunca vai parar de acontecer. Em certas ocasiões é até bom, porque você pode acabar se surpreendendo com a sua própria criação. Pode sair uma ideia melhor do que você estava imaginando.


11. Existe algum tema que se recusaria a usar nos seus trabalhos? Por quê?

Qualquer coisa que possa ofender alguém. Acho que a arte é uma coisa que pode transmitir tanto mensagens positivas quanto negativas. A gente nunca sabe o quando nossa criação pode impactar alguém. Eu sempre tento passar algo positivo, então qualquer tipo de coisa que possa afetar alguém de alguma forma ruim, eu evito fazer.

12. O que vem por aí?

Muitas ilustrações hahah! Eu tenho me dedicado cada vez mais a produzir projetos pessoais. Podemos fazer tantas criando, é até difícil pra mim escolher uma dessas coisas e se focar. Mas penso em fazer uma nova HQ com meus amigos também. Produzir em conjunto foi uma experiência muito boa.
É isso, muito obrigado pela entrevista! Fiquei muito feliz de compartilhar minhas ideias com vocês!

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