quinta-feira, 13 de agosto de 2020

QUADRINISTA: ED OLIVER



1. Como e quando você começou a se interessar pelas HQs?

Ed- Meu avô. Ele comprava quadrinhos como uma forma de me incentivar a ler livros, entre ler e começar a criar minhas próprias histórias foi um caminho natural para mim.

2. Lembra qual foi o primeiro quadrinho que te cativou?
Ed- As coleções Disney sem dúvida o universo mais fantástico que conheci até hoje nos quadrinhos, numa época sem internet Carl Barks nos fazia visitar outros terras, conhecer o mundo através de suas histórias!

3. Como os quadrinhos influenciaram sua vida?
Ed- Em todos os sentidos, os quadrinhos de super heróis me inspiravam a fazer o bem, e as hqs me fizeram escolher a profissão de ilustrador, com ela fiz amigos também para toda a vida.


4. Na hora de ler, qual gênero de HQ prefere?
Ed- Gosto de trabalhos que possuam mais profundidade no geral as chamadas hqs de autor trabalhos como de Lourenço Mutarelli, Danilo Beyruth, Daniel Clowes e Love and Rockets, sou muito fã de Marcelo D´Salete e Guilherme Petreca e claro, a nova produção da Disney Italiana! 

5. Qual seu quadrinho favorito? Por quê?
Existem pelo menos uma dezena de trabalhos que eu considero essenciais mas creio que Lobo Solitário é a coisa mais maravilhosa que li em forma de quadrinhos, foi a única hq até hoje que me fez derramar algumas lágrimas. Ele é uma aula de narrativa, ambientação, arte e história, muito além da superficialidade da indústria dos quadrinhos atual. 


6. Quando e como começou a desenhar? Acompanhou algum curso/livro?
Ed- Eu comecei a desenhar mesmo antes de falar, eu era a típica criança que preferia ficar desenhando em casa que sair para a rua, ler ao invés de jogar futebol isso moldou minha visão de mundo. Mais tarde eu fiz um curso na escola Recriarte em São Paulo para aprender sobre materiais e técnicas. Hoje além dos quadrinhos eu trabalho fortemente na área de publicidade e faço arte para capaz de CD e material para bandas de Heavy Metal no Brasil e Exterior!

7. Como surgiu seu personagem?
Tormenta e Máscara Noturna foram criados para a editora SM/Júpiter2 que fundei com José Salles, com eles provamos que super heróis nacionais vendiam sim ao contrario do que diziam, éramos humilhados via mídias sociais, Orkut na época no entanto Máscara Noturna, Tormenta e Raio Negro vendiam cera de 3 mil exemplares cada, mais que muitos dos títulos de outras editoras de super heróis grandes no Brasil, com isso pudemos gerenciar a editora e conseguimos lançar 70 títulos de autores nacionais e mais de 7 mil páginas de quadrinhos, mas claro isso não interessava à mídia e críticos de quadrinhos no Brasil divulgar e como não seguíamos a cartilha política vigente nos anos 2000, até dos prêmios fomos esquecidos, mas a memória dos leitores não pode ser apagada né? Assim criamos uma leva de fiéis leitores fãs que nos seguem até hoje! Depois disso ainda criei o Veredicto, Marvin, Rudeboy e Eterna que podem ser conhecidos pelo meu site o www.iconescomics.com.


8. Onde busca inspiração para criar?
Ed- Em temas brasileiros, filmes de ficção e livros, é engraçado quando digo que não leio Marvel e DC as pessoas estranham, dizem: ( Ué, mas você faz quadrinhos de super heróis e não lê estas editoras) o caso é que Marvel e Dc sempre estarão em nossos corações pela sua importância icônica, mas desde os anos 90 deturparam tanto sua produção que hoje, você não entende quem é quem o que é o que tudo é feito e desfeito de mês a mês, uma prova da falência criativa destas editoras o que é uma pena... Não é nem questão de saudosismo pois eu também atuo como editor e conheço todos os meandros da produção dos quadrinhos, é uma questão de coerência editorial. Assim, nos meus quadrinhos eu busco a essência destes personagens e diferenciar nosso material, a Reprodukt editora alemã através de meu agente na europa vai publicar a partir de agosto o Tormenta e se der certo o Marvin será a próxima aposta. Nos EUA consegui uma proposta para vender a saga do Máscara Noturna no formato digital!

9. Na hora de trabalhar/criar, tem alguma mania?
Ed-  Música, não consigo e concentrar se não houver uma trilha que imprima um ritmo de fundo, assim coloco geralmente minhas bibliotecas de música ou então documentários.

10. Qual a maior dificuldade encontrada na hora de criar?
Ed-  Acho que o início mesmo a hora de colher e organizar o material e referências na hora de  começar, mas depois que deslancha aí fica fácil.  


11. Existe algum tema que se recusaria a usar nos seus trabalhos? Por quê?
Ed-  Acho que o início mesmo a hora de colher e organizar o material e referências na hora de  começar, mas depois que deslancha aí fica fácil.Veja, como trabalho com Publicidade ou Design gráfico, eu ja me acostumei a encarar os mais variados temas e prazos malucos que você imagina, mas pessoalmente se me fosse oferecido um trabalho digamos político e eu visse que como é costume hoje a mensagem do trabalho fosse uma revisionismo histórico como se tem tornado comum nos livros didáticos e quadrinização de temas históricos, eu recusaria absolutamente. 

12. O que vem por aí? 
Ed-  Acho que o início mesmo a hora de colher e organizar o material e referências na hora de  começar, mas depois que deslancha aí fica fácil.Vem Tormenta por aí na Alemanha e Europa via Reprodukt, estou apostando no mercado lá fora e tenho recebido algumas propostas de parceria de outros artistas nacionais, não podemos parar por causa da Quarentena! 
Sucesso e obrigado ao Corujice Literária e todos os seus leitores e seguidores!!!!

Ed Oliver Contatos: edoliverstudio@gmail.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário