Gibis e Ideias. |
Em
11 e 12 de março aconteceu, no Naniwa-Kai - Espaço Osaka, lugar já bem
conhecido da comunidade nerd, o Gestival Gibis e Ideias.
A
festa se deu nos moldes do Gibi SP Festival, e foi muito legal! Vários
expositores, quadrinhos novos e usados, artistas expondo seus trabalhos, e
muito bate-papo no palco. Receita perfeita para agradar ao fã de quadrinhos.
Gibis e Ideias. No centro e à direita Junior Batson. |
Gibis e Ideias. |
O bate-papo foi comandado pelo editor Edson Rossato, e foi ótimo! Falamos da célebre divisão dos episódios, entre mitológicos (focados em alienígenas, OVNIs e a conspiração governamental para acobertá-los) e os monstros da semana. Destes, evidentemente Tooms foi lembrado, e naquela semana eu e Má tínhamos assistido Chinga (o da boneca, título em português Feitiço, segunda temporada, escrito por Stephen King) e o antológico Vampiros, que é um dos mais hilários e divertidos da série.
Gibis e Ideias. |
Comentei
sobre meus favoritos, O Ser do Espaço, um pequeno filme de 45 minutos que
introduziu os melhores coadjuvantes de toda a série, os Pistoleiros Solitários!
E também a trilogia Anasazi, Caminho da Cura e Operação Clipe de Papel, que
representa para este casal nerd editor de seu blog Corujice Literária uma
lembrança sentimental muito preciosa! O Edson lembrou muito bem que este último
título é de uma operação militar secreta que realmente aconteceu, lançada pelos
Estados Unidos nos meses finais da Segunda Guerra Mundial.
Comentamos
a respeito da possibilidade de que esse universo fascinante poderia ter
continuado até hoje. Seja com a ótima série dos Pistoleiros, seja com
coadjuvantes legais como a agente Leyla Harris, da 8º e 9º temporadas, e que
era fã de Mulder e Scully (lembram como ela perguntou a eles a respeito de seu
retorno da Antártida, fato ocorrido no ótimo filme Resista ao Futuro?) e também
a dupla Liz Einstein e Kyd Miller, praticamente versões mais jovens de nossos
heróis, da 10º e 11º temporadas.
Mas
como sempre comentávamos, o Chris Carter cheira muita parafina de prancha de
surfe, e tem ideias idiotas como matar personagens ótimos, inventar supersoldados
e outras bizarrices, além de forçadas de barra que destoavam das primeiras e
estupendas 4 temporadas. Ah, é, e esquece o que já fez com a mitologia
também...
De
destacar a presença do também amigo Carlos Quintino, do Arquivo-X Brasil, e foi
ótimo quando ele perguntou a respeito de outra divisão: shippers e noromos.
Shippers eram os que torciam por um envolvimento amoroso entre Scully e Mulder,
e os noromos, de no romance, pelo contrário.
Arquivo-X
foi uma série pioneira, entre outras coisas, por mostrar que um homem e uma
mulher podem sim ser amigos e ter um relacionamento muito profissional. Sempre
considerei que o romance iria atrapalhar essa dinâmica tão perfeita não só entre
personagens mas também entre os atores. Mas eu e muitos outros fãs também
sempre curtimos aqueles momentos mais ternos, um gesto de dar as mãos aqui, uma
palavra, toque ou olhar depois de uma situação de perigo, e especialmente as
provocações entre os dois. Há até uma expressão em inglês, UST, sigla de Tensão
Sexual Não Resolvida.
O
papo foi ótimo, e de novo agradeço aos amigos que tão gentilmente me
convidaram!
Depois,
claro, vamos passear e talvez adquirir mais itens para a coleção. E, no estande
do Comic Hunter, encontrei alguns Martin Mystère e Dylan Dog que vinha há
tempos procurando.
Creio
que devo destacar que esses são personagens da casa italiana Sergio Bonelli, e
que as aventuras de Martin Mystère podem ser descritas como uma mistura entre
Indiana Jones e Arquivo-X. Tomei conhecimento deles quando o também amigo Paulo
Werner, editor da revista OVNI Pesquisa, me pediu um artigo sobre ele para a
edição 13. Li algumas HQs disponíveis online e me apaixonei por esse universo.
Desde então tenho buscado bastante material, incluindo aqueles novos publicados
pela Mythos Editora. Conheci também Dylan Dog, que se dedica a monstros,
assombrações e assassinos seriais (e que dirige um Fusca!), além do herói do
Velho Oeste Zagor.
Em
breve, aqui no Corujice Literária, apresentaremos algumas resenhas desses.
Depois,
no estande da Editora 85, achei outra HQ interessantíssima, um crossover entre
Mr. No, outro personagem da Bonelli, com Martin Mystère. A Editora 85 vem
publicando material Bonelliano que não sai pela Mythos, e estamos aqui na
torcida para que dêem continuidade ao herói de ficção científica da casa
italiana, Natham Never.
Em seguida,
completando o loot que pode ser conferido nas fotos, conheci o André Freitas,
do @yescabrita, que tinha uma grande coleção de Conan o Bárbaro disponível. O André
participou da HQ O Rei Amarelo e também de O Despertar de Cthulhu, ambas da
Draco. Também é autor de Vida Selvagem (vejam as fotos) e com ele peguei o
Almanaque Conan O Bárbaro 2, da Abril. Essa foi uma aquisição sentimental, pois
lembro de um exemplar igual pertencente a queridos amigos de infância, que li e
me marcou muito.
Com
as garotas da @marlinjoke peguei dois cadernos para a Ma, que tinha compromisso
nesse sábado e não pôde ir comigo.
Também encontrei o amigo Roberto Moriama, “causando” com colegas devidamente trajados dentro do universo Star Wars.
E conversei ainda com o editor Levi Trindade, da
@hyperioncomics , que tem bastante material interessante. Chariot: a
Supermáquina, tem um visual muito legal e parece muito bacana!
O
legal é que a Má fez questão de ir também no domingo! Fomos e encontramos os
amigos Mauricio Muniz e Manoel de Souza, que protagonizaram um bate-papo sobre
os 40 anos das revistas do Homem-Aranha e do Incrível Hulk pela Abril. História
que está devidamente detalhada no fabuloso livro O Império dos Gibis da Editora
Heróica, do qual tive o imenso prazer de participar da campanha. Podem conferir
meu nome entre os demais apoiadores!
Gibis e Ideias; |
Mais
passeios, mais conversas, outras pequenas aquisições (incluindo o Martin
Mystère 14 da foto do loot), e finalmente encerramos o passeio.
O
Gibis e Ideias foi um excelente evento, um ótimo começo para o que esperamos seja
uma série de encontros. O Junior comentou comigo que teve uma ajuda preciosa do
Wilson, organizador do Gibi SP Festival, na organização da festa. Um evento
complementando outro, como deve ser!
Agradecemos
imensamente ao Junior Batson e a todos os amigos que encontramos no Gibis e
Ideias, e desejamos todo o sucesso para vocês. Foi um enorme prazer, e já
estamos ansiosos pela próxima edição!
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